Brenda sorriu e se moveu na direção de Lea. Mas tropeçou em alguma coisa e cambaleou para a frente. Agarrou-se à cama com a mão direita e caiu de tal maneira que a agulha da seringa se enfiou no antebraço do guarda que segurava Lea. Instantaneamente, Brenda empurrou o êmbolo com o polegar, liberando um sibilo rápido e agudo, antes de ele se afastar para trás.
— Que diabos... — gritou o homem, mas os olhos já estavam vidrados.
Lea agiu de imediato. Todas as forças que guardou se renovaram e ela saiu da cama dando um chute na mulher, a pegando se surpresa. Uma mão atingiu o Lança-Granadas, e sua perna atingiu o joelho da mulher. Ela soltou um grito, que foi logo seguido do ruído de uma cabeça batendo contra o chão.
Lea se precipitou para pegar o Lança-Granadas, agarrou-o antes
que ficasse fora de alcance e o apontou para a mulher, que tinha as mãos
na cabeça. Brenda estava do outro lado da cama, a arma do guarda nas
mãos, apontando-a para o corpo desfalecido.— Eu sabia que você estava...
Antes que concluísse a fala, Brenda disparou o Lança-Granadas. Um som agudo percorreu o ar, aumentando em volume uma fração de segundo antes de a arma ser disparada e dar o coice, lançando Brenda para trás. Uma das granadas brilhantes foi disparada, bateu no peito da mulher e explodiu, enviando centelhas luminosas por seu corpo. Ela passou a convulsionar de modo incontrolável.
Lea aterrorizada pelo efeito do Lança-Granadas, ficou surpresa
por Brenda tê-lo disparado sem hesitar. Se precisava de mais alguma prova
de que Brenda não estava comprometida com o CRUEL, havia acabado de
testemunhá-la. Seu olhar se voltou para ela. Brenda a encarou também, com o mais delicado dos sorrisos.— Há muito tempo vinha querendo fazer algo assim. Ainda bem que convenci Janson a me indicar para fazer o procedimento em você. — Inclinou-se, pegou o cartão-chave do guarda
inconsciente e o colocou no bolso. — Esse cartão nos permite entrar em qualquer lugar.Lea tentou conter-se para não abraçar a amiga, mas foi inevitável, estava tão grata por ela ser realmente leal. As duas se abraçaram e Brenda se baixou até a barriga de Lea depositando uma de suas mãos em cima.
— Você está tão grande... Dá última vez que te vi não estava desse tamanho. E eu aposto que você é uma menina. — Sorriu e acariciou, Lea nunca tinha tido um contato assim com outra pessoa. Até mesmo com Minho. — Vamos. — falou enquanto se levantava. — Ainda temos de resgatar, Thomas, Newt e Minho. E, depois, todos os outros. Consegue correr? Pelo menos um pouco?
— Sim... Vamos! — respondeu com determinação.
Correram pelo corredor sinuoso, com Brenda à frente. Isso a fez lembrar de quando ela a guiara pelos túneis subterrâneos do Deserto junto de Thomas. Seguindo-a, pediu que Brenda se apressasse, pois sabia que outros guardas apareceriam a qualquer segundo. Alcançaram uma das portas, Brenda pegou o cartão-chave para abri-la; um breve sibilo soou, e em seguida a porta de metal estava aberta.
Brenda entrou precipitadamente, com Lea em seu encalço.O Homem-Rato estava sentado em uma cadeira, mas ficou em pé de um salto, a expressão logo evidenciando um genuíno horror.
— Que diabos está fazendo aqui?
Brenda já havia disparado duas granadas nos guardas. Um homem e uma mulher caíram ao chão, convulsionando em uma nuvem de fumaça e minúsculas faíscas luminosas. Enquanto isso, Newt e Minho haviam dominado o terceiro guarda; Minho tinha tomado a arma dele. Thomas já estava ameaçando Janson.
Lea apontou o Lança-Granadas para Janson e colocou o dedo no
gatilho.— Passe o cartão-chave para mim, depois deite no chão com as mãos sobre a cabeça. — Lea mantinha a voz firme, mas o coração estava disparado.
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Error 3 [Maze Runner: A Cura Mortal]
Fanfic(Contém cenas que podem causar gatilhos, leia por sua própria conta e risco) As mentiras findaram. Vá. Escape. O tempo já se esgotou. Os antigos Clareanos irão descobrir, além de uma possibilidade de cura para o Fulgor, um plano terrível organizado...