A Ira Do Sol

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A curiosidade cresceu em Lea, arqueou a sobrancelha.

— Como assim?

— Você já sabe a resposta, tenho certeza — disse ela. — Qual é a nossa maior preocupação?

Lea nem precisou refletir, a resposta estava na ponta da língua.

— Que o CRUEL encontre nosso rastro ou arranje um jeito de nos controlar.

— Exatamente. — disse Brenda.

— E...? — Mais uma vez, sentiu um frio no estômago com o suspense.

Brenda se sentou novamente.

— Conheço um cara chamado Hans, que se mudou para Denver. Ele é Imune, assim como nós. E é médico. Trabalhou com o CRUEL e se envolveu com os chefões, portanto conhece os protocolos que envolvem implantes cerebrais. Ele me contou que as experiências do CRUEL eram muito arriscadas; que a organização havia transposto vários limites, chegando a ser desumana. O CRUEL não queria que ele partisse, mas Hans conseguiu escapar.

— Esses caras precisam melhorar o esquema de segurança deles — murmurou Lea.

— Sorte nossa — riu Brenda. — Seja como for, Hans é um gênio. Ele
conhece os implantes que vocês têm na cabeça nos mínimos detalhes. E
sei que foi para Denver porque me enviou uma mensagem pela Rede, pouco antes de eu ir para o Deserto. Se conseguirmos entrar em contato com
Hans, com certeza ele saberá como retirar essa coisa que vocês têm. Ou
pelo menos desabilitá-la. Não sei com certeza como ela funciona, mas, se é 
que alguém sabe, esse alguém é ele. E Hans faria isso com satisfação. Ele
detesta o CRUEL tanto quanto nós.

Era muita coisa para se pensar.

— Se nos manipularem, como vem fazendo, estaremos em uma bela
encrenca. Já vi isso acontecer pelo menos duas vezes. — Alby lutando contra
uma força invisível na Sede; Gally sendo controlado com a faca que ferira
Chuck. Thomas tinha dito que Teresa também havia se esforçado para falar com ele quando a encontrou no prédio abandonado no Deserto.

— Exatamente. Poderiam manipulá-la, obrigá-la a fazer coisas. Não podem vê-la, ouvir sua voz nem nada do tipo, mas precisamos dar um jeito em vocês. Se os tiverem sob observação e decidirem que vale a pena arriscar a vida de vocês, farão isso. E essa é a última coisa de que
precisamos.

Eram muitos problemas para resolver de uma vez.

— Bem, parecemos ter razões suficientes para ir a Denver. Vamos ver o que Minho, Newt e Thomas acham assim que acordarem.

Brenda fez um aceno com a cabeça.

— Ótima ideia. — Levantou-se e se aproximou de Lea, se abaixando e colocando a mão na barriga dela. — Oi, tá bom aí dentro? Sortuda, não está nem um pouco preocupada.

— Você acha mesmo que é uma menina? — Lea sorriu passando a mão na própria barriga.

— Quer apostar? — Levantou a sobrancelha.

— Quero, se não for menina você está me devendo algo. — as duas deram um aperto de mão. — O bebê se mexeu enquanto vocês estavam dormindo. Minho e Newt sentiram, ficaram iguais a dois bobos.

— Ah, que lindo! — Brenda aproximou-se ainda mais da barriga. — Mexe pra mim também, vai. Por favor!

— Faz um tempinho que ele está quieto, acho que está dormindo. — então Brenda se levantou.

— Então vamos deixar a preguiçosa descansar. — se alongou mais uma vez. — Vou acordar Jorge. Está dormindo muito.

Então virou-se e saiu, Lea quis dizer que fazia apenas algumas horas que ele tinha dormido, mas deixou para lá.

Error 3 [Maze Runner: A Cura Mortal]Onde histórias criam vida. Descubra agora