Minho Park E Lea Park

1.7K 163 168
                                    

Não havia mais tempo para Lea pensar em como seria o mundo livre do controle do CRUEL. Agora que haviam decidido encará-lo, seus nervos estavam tensos de expectativa, e o estômago revirava. Estava prestes a entrar em território totalmente desconhecido.

— Estão prontos? — perguntou Brenda. Estavam fora do Berg, aos pés da rampa da porta de carga, a apenas uns trinta metros de uma parede de cimento com grandes portões de ferro.

Jorge bufou.

— Tinha me esquecido de como é aconchegante este lugar.

_ Têm certeza que sabem o que estão fazendo? — perguntou  Thomas.

— Só mantenha a boca fechada, hermano, e deixe as coisas comigo. Vamos usar nosso nome real com sobrenome falso. Tudo que realmente importa pra eles é que somos Imunes; adoram adicionar gente ao registro. Não teremos mais que um dia ou dois antes que nos cacem para prestar algum serviço ao governo. Somos valiosos. Bem, volto a enfatizar: você precisa manter essa sua matraca fechada.

Lea soltou um risinho nervoso e segurou a mão de Minho para tentar se acalmar, o garoto apertou de volta e com o polegar acariciou a pele da menina, mostrando que ele estava ali com ela.

— Você também, Minho — acrescentou Brenda. — Entendeu? Jorge criou
documentos falsos para todos nós, e ele mente como um mestre.

— Não brinca. — murmurou Minho.

Jorge e Brenda se afastaram da nave, Lea hesitou, mas Minho a fez sentir um pouco de confiança. Olhou a parede de cima a baixo. Lembrava-lhe o Labirinto,
e um flash rápido dos horrores que vivenciara naquele lugar lhe atravessou
a mente, especialmente da noite em que quase morreu junto de Minho, Thomas e Alby...

A caminhada pareceu durar uma eternidade, a parede e as portas se
avolumando à medida que o grupo se aproximava. Quando enfim chegaram,
um zumbido eletrônico soou de algum lugar, seguido de uma voz feminina.

—  Digam nome e qualificação.

Jorge respondeu em tom bem alto:

— Meu nome é Jorge Gallaraga — Lea quase riu quando ele pronunciou o sobrenome, era ridículo. — E estes são meus sócios: Brenda Despain, Thomas Murphy, Minho Park e Lea Park. — o casal sorriu um para o outro, gostando do sobrenome. — Estamos aqui para coletar informações e para testes de campo. Sou piloto de Berg certificado. Tenho todos os documentos necessários comigo, mas pode verificá-los. — Tirou alguns cartões de dados do bolso traseiro e os mostrou para uma câmera na parede.

— Espere, por favor — respondeu a voz.

Lea tremia de medo. Estava certa de que a voz acionaria um alarme a qualquer momento. Guardas apareceriam correndo. Seriam enviados ao CRUEL, para o quarto branco ou coisa bem pior.
Esperou, a mente em um turbilhão, pelo que pareceram vários minutos, até que uma série de diques invadiu o ar, seguida de um alto som metálico.
Lea espiou pela espaço aberto que se ampliava e ficou aliviada ao ver que o caminho estreito do outro lado estava vazio. No fim dele havia outra enorme parede com outro conjunto de portas. Estas pareciam mais modernas, e várias telas e painéis se inseriam na parede à
direita.

— Vamos — disse Jorge. Transpôs a porta aberta como se fizesse isso todos os dias. Lea, Minho, Thomas e Brenda o seguiram pelo caminho até o outro conjunto de portas, onde ele se deteve. As telas e os painéis que Lea havia visto de longe pareciam bastante complexos agora que
tinham se aproximado. Jorge pressionou um botão no painel maior e passou
a digitar nomes falsos e números de identificação. Digitou outras informações e depois inseriu os cartões de dados em uma grande fenda.

Error 3 [Maze Runner: A Cura Mortal]Onde histórias criam vida. Descubra agora