Dedo Mindinho

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— Como assim trabalham para o braço direito? — perguntou Lea ainda apontando a arma para a cabeça dele.

— O que acha que quis dizer com trabalhamos para o Braço Direito?
—  repetiu o homem, apesar da pistola na cabeça. — Trabalhamos para a
droga do Braço Direito, ora. Por que é tão dificil de entender?

— Você não deve falar com ela dessa forma. — Minho chutou a perna do homem. — Agora nós conte tudo.

Lea pressionou a pistola na cabeça dele.

— Por que estão capturando Imunes?

— Porque queremos — respondeu ele, lançando um olhar para a arma
abaixada. — É só isso que tem de saber, e pronto.

— Atire nele e passe para o próximo — sugeriu alguém da multidão.

— Está sendo muito corajoso,
considerando que sou eu que tenho uma arma nas mãos. Vou contar até três mais uma vez. Exijo que me diga por que o Braço Direito quer Imunes, ou vou presumir que está escondendo alguma coisa. Um.

— Você sabe que não estou escondendo nada, menininha.

— Dois.

— Você não vai me matar. Posso ver isso em seus olhos. Você é apenas uma garota.

Lea sorriu e se imaginou dando um tiro em sua cabeça, obviamente não faria isso, mas não podia descartar a possibilidade se ele se tornasse uma ameaça.

— Se trabalha para o Braço Direito, então supostamente estamos do mesmo lado. Conte o que está acontecendo.

O sujeito sentou-se com gestos lentos, e os outros três o imitaram, o de rosto ensanguentado gemendo com o esforço.

— Se deseja respostas — disse um deles —, terá de perguntar ao chefe. Realmente não sabemos de nada.

— É isso mesmo — acrescentou o outro guarda. — Somos zero à esquerda.

Minho se aproximou.

— E como chegamos ao chefe de vocês?

O homem deu de ombros.

— Não faço a menor ideia.

Lea soltou um suspiro.

— Cansei desta mértila. — Apontou a arma para o pé do homem.

— Muito bem, não vamos matá-lo, mas em três segundos vai sentir uma dor
insuportável no pé se não começar a falar, e por experiência própria, dói muito. Um.

— Estou lhe dizendo: não sabemos de nada. —  O rosto do sujeito emanava raiva por todos os poros.

— Ótimo — replicou Lea. E disparou a pistola. O homem agarrou o próprio pé,
gemendo de pura agonia.

Ela havia atingido o dedo mínimo – aquela parte específica do sapato e o próprio pé haviam sido dilacerados, substituídos por uma ferida sangrenta.

— Como pôde fazer isso? — gritou a mulher ao lado dele no chão, enquanto se movia para ajudar o amigo. Pegou um monte de guardanapos que tinha no bolso da calça e o pressionou contra o pé dele.

Minho começou:

— Muito bem, enquanto ela está cuidando desse pobre pé, é melhor
que alguém comece a falar. Digam o que está acontecendo, ou Lea com certeza vai atirar em outro dedo. — Lea balançou a arma diante da mulher e depois à frente dos outros dois sujeitos e a entregou para Minho cansada de ficar em pé, se sentou com ajuda de Brenda. — Por que estão sequestrando pessoas para o Braço Direito?

— Já lhe dissemos: não sabemos de nada — respondeu a mulher. — Eles nos pagam, e fazemos o que mandam.

— E você? — perguntou Minho, apontando a arma para um dos guardas. — Quer dizer algo, salvar um ou dois dedos?

Ele ergueu as mãos.

— Juro pela vida da minha mãe que não sei de nada. Mas... — Pareceu se arrepender de imediato desta última palavra. Trocou um olhar com os amigos e empalideceu.

— Mas o quê? Desembuche. Sei que estão escondendo alguma coisa. — Lea perguntou irritada.

— Não é nada.

— Precisamos mesmo continuar com esse jogo? — Minho apontou a pistola direto para o pé do homem. — Vou começar a contar.

— Pare! — gritou o guarda. — Está bem, ouçam. Podemos levar alguns de vocês conosco para que perguntem
pessoalmente. Não sei se vão permitir que falem com quem está no comando, mas quem sabe? Não vou deixar que atirem no meu pé sem uma boa razão.

— Muito bem — concordou Minho, recuando um passo e fazendo um gesto para que o sujeito se levantasse. — Está vendo? Não foi tão ruim assim! Vamos visitar esse seu chefe. Eu, você e meus amigos.

A sala irrompeu em uma profusão de vozes. Ninguém queria ser deixado para trás, e todos desejavam se pronunciar a respeito do que ocorreria.

A guarda se levantou e berrou para que a multidão se calasse.

— Ei, escutem. Estão muito mais seguros aqui! Confiem em mim quando digo isso. Se todos quiserem nos acompanhar, garanto que metade não vai conseguir chegar. Se esses rapazes querem ver o chefe, deixem que arrisquem o próprio pescoço. Uma pistola e um
Lança-Granadas não fazem a menor diferença por lá. Aqui, no entanto, temos uma porta trancada e nenhuma janela.

Quando terminou, um coro de queixas invadiu a sala. A mulher se
virou para Minho e Lea, e tentou falar acima do ruído:

— Ouçam, lá fora é perigoso. Não levaria mais de duas pessoas comigo. Quanto mais gente nos acompanhar, maior a probabilidade de serem vistos. — Fez uma pausa e examinou a sala. — E, se fosse vocês, eu me apressaria. Pelo andar da carruagem, a inquietação por aqui só vai piorar. Logo não haverá mais como conter essas pessoas. E lá fora... — A
mulher apertou os lábios em um gesto de angústia, depois continuou: — Há
Cranks por toda parte. Estão matando qualquer coisa que se mova.

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Oii
Tudo bem?

O que acham que vai acontecer?

Pergunta aleatória:

O que você prefere: cidade, campo, montanha ou praia?

Minha casa fica há 15 minutos da praia, eu amo ❤️ mas amo cidade também.

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