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Devia ter percebido isso desde o princípio, todas aquelas bombas e nenhuma arma convencional eram motivos para ter desconfiado. Vince tinha um plano mais obscuro, iriam matar pessoas inocentes e Lea não podia deixar isso acontecer.
Ela olhou para Minho que pensava o mesmo que ela.

— Sabe onde ele está? Precisamos falar com ele. — Lea falou com cautela, não devia usar a ignorância agora.

— Indo por ali, vai encontrar uma área praticamente dominada por nós. É provável que Vince esteja lá. Mas cuidado. O CRUEL tem guardas
escondidos por toda parte. São sujeitos impiedosos. — Lea desejava mesmo, era encontrar seus amigos. Com ou sem o Braço Direito, sabia muito bem o que tinham de fazer: entrar no Labirinto e tirar todos os Imunes dali, conduzindo-os ao Transportal.

— Obrigado pelo alerta. — Minho falou com um pouco de ironia. Se viraram, ansiosos para saírem dali. A passagem se agigantava conforme se aproximava, escuridão e poeira esperando por ele do outro lado. Não havia mais alarmes nem luzes vermelhas piscando. Entraram.

A princípio, eles não viram nem ouviram nada. Caminharam em silêncio, apreensivos pelo que poderia encontrar diante deles a cada passo. As luzes iam se tornando mais brilhantes à medida que avançava, e localizou uma porta no final do corredor totalmente aberta. Correram para lá e espiou. Viu uma grande sala com mesas enfileiradas, como se fossem uma proteção. Várias pessoas estavam agachadas atrás delas, observando um grande conjunto de portas duplas do outro lado da sala.

Ninguém percebeu a presença deles ao se esgueirarem batente da porta
adentro, ocultando a maior parte do corpo. Lea inclinou a cabeça lá para dentro, de modo a obter melhor visão. Localizou Vince e Gally atrás de uma das mesas, mas não reconheceu mais ninguém. Na extremidade esquerda da
sala havia um pequeno escritório, e considerou que pelo menos umas nove
ou dez pessoas estariam escondidas lá dentro. Esticou-se para ver melhor,
mas não conseguiu reconhecer nenhum rosto.

— Ei! — sussurrou o mais alto que se atreveu a falar. — Ei, Gally!

O garoto se virou imediatamente, mas teve de procurar ao redor por alguns segundos antes de localizar Lea. Gally estreitou os olhos, como se achasse que o próprio olhar poderia denunciá-lo.

Lea acenou para ter certeza de que o havia visto, e Gally fez um sinal para que se aproximasse. Ela tornou a olhar à sua volta, para ter certeza de que estava
em segurança. Depois se agachou, combinou com Minho que deviam ir até la, correram até a mesa tão abaixado quanto possível e parou perto do antigo inimigo. Havia tantas perguntas a fazer que não sabia por onde começar.

— O que aconteceu? — perguntou Gally. — O que fizeram com vocês?

Vince lhe lançou um olhar, mas não comentou nada. Lea procurava as palavras adequadas.

— Bem... Acabei de ter meu filho e quase fui morta. — Gally arregalou os olhos. — Não faça nenhuma pergunta. Olhe, descobrimos onde estão mantendo Imunes presos aqui. Não podem explodir o lugar até conseguirmos evacuá-lo.

— Então vão lá e os tire daqui — disse Vince. — Conseguimos uma vitória espetacular, e não vamos desperdiçá-la.

— Você mesmo trouxe essas pessoas inocentes pra cá! Percebeu a mértila que saiu da sua boca? Seu cabeça de... — Minho foi interrompido por Lea.

Ela soube de imediato que não receberiam nenhum apoio.

— Onde estão Thomas, e todos os outros? — perguntou.

Gally apontou para a sala ao lado.

— Thomas acabou de chegar. Estão todos ali. Disseram que não fariam nada até vocês voltarem.

Lea foi tomado por um acesso súbito de piedade pelo garoto assustado a seu lado.

— Venha conosco, Gally. Vamos deixar esses caras fazer o que quiserem, mas venha nos ajudar. Você não teria gostado se alguém tivesse feito a mesma coisa por nós quando estávamos no Labirinto?

Vince se virou para eles.

— Nem pensem nisso — berrou. — Lea, quando você veio para cá, sabia qual eram nossos objetivos. Se nos
abandonar agora, vou considerá-los
traidores. Vocês serão um alvo.

Lea manteve o olhar fixo em Gally. Notou uma tristeza nos olhos do garoto, que fez seu coração apertar. Também viu algo ali que jamais tinha percebido antes: confiança. Genuína confiança.

— Venha conosco — disse Lea.

Um sorriso se formou no rosto do seu amigo. Ele reagira de um modo que Lea  esperava do Gally que conhecera na Clareira.

— Certo.

Não esperaram pela reação de Vince. Minho agarrou o braço de Gally e de Lea, os três saíram juntos de detrás da mesa, disparando para o escritório ao lado.

Teresa foi a primeira a vê-la e a puxou para um abraço de urso, enquanto Gally observava a um canto, um tanto sem jeito. Os demais também estavam lá: Thomas, Jorge. E até Aris. Lea ficou zonza em meio a tantos abraços, palavras de alívio e exclamações de boas-vindas.

— Onde está Brenda? — Jorge perguntou preocupado. Lea torceu para que ela estivesse bem.

— Está com meu filho. Está bem e segura.

— Filho? — Teresa perguntou. Ela fez que sim com a cabeça e Teresa a abraçou lhes dando parabéns. Era um abraço sincero, de amigas.

Sentiu-se especialmente contente em rever Thomas e lhe reservou um abraço mais longo do que o de todos os outros. Mas, por melhor que parecesse o
momento, não tinham tempo a perder.

Afastou-se.

— Não posso explicar tudo agora. Mas, para resumir, temos de encontrar os Imunes que o CRUEL sequestrou. Em seguida, devemos achar a porta de uma saída alternativa, onde eu soube que um Transportal nos aguarda é onde Brenda está. Devemos nos apressar, antes que o Braço Direito resolva explodir tudo isso aqui.

— Onde Newt está? — Thomas estava quase desesperado.

— Ele está bem, foi para o lugar seguro. Não se preocupe. — ela sorriu ao ver o rosto do seu amigo se tranquilizar.

— Onde estão os Imunes? — perguntou Thomas. — E o que você sabe a respeito? —  acrescentou.

Lea jamais achou que tivesse de dizer as palavras que se seguiram:

— Precisamos voltar ao Labirinto.

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Oii
Tudo bem?

Eu estou sofrendo com esse final 😭

Pergunta aleatória:

Você já fez coisas fora da lei?

Que eu me lembre, ainda não. Mas com certeza já devo ter infringido alguma regra...

Não se esqueça de votar❤️

Error 3 [Maze Runner: A Cura Mortal]Onde histórias criam vida. Descubra agora