Error 3 [Maze Runner: A Cura Mortal]

Sucumbindo

Eles hesitaram, ainda surpresos com o que acabara de acontecer, até que Minho pegou na mão de Lea e saíram do carro seguidos por Thomas.

O planador de patrulha estava a apenas alguns metros de distância. Um painel havia sido aberto na lateral, revelando uma tela da qual o rosto de Janson a encarava. Lea sentiu uma onda de alívio. Era o Homem-Rato, mas ele não estava dentro do planador. Era apenas uma imagem de vídeo. Lea supôs que o Homem-Rato também pudesse vê-los.

— Como mértila você nos achou? — Minho vociferou.

Janson exibia uma expressão quase satânica.

— Bem, custou-me uma quantidade considerável de esforço e sorte,
pode acreditar. Ah... a propósito, de nada. Acabei de salvar vocês das mãos
deste caçador de recompensas.

— Cala a sua boca, vocês que pagam pra eles fazerem isso, seu idiota. — Lea riu com indignação.

— O que você quer? — Thomas perguntou antes que Lea descarregasse toda sua raiva em Janson.

— Serei absolutamente franco. A única razão de não termos vindo para Denver atrás de vocês é porque o índice de contaminação aqui está astronômico. Este foi o meio mais seguro de contatá-los. Insisto que voltem e completem o Experimento.

Lea sentiu vontade de berrar com aquele homem. Por que diabos ele achava que retornaria ao CRUEL? Mas então olhou para o Camisa Vermelha, o corpo a apenas alguns metros de distância, as imagens do ataque ainda bastante claras em sua mente. Tinha de conduzir com cuidado aquela situação.

— Que motivos teríamos para voltar? — Lea indagou.

O semblante de Janson era inexpressivo.

— Usamos nossos dados para selecionar um Candidato Final, e conseguimos dois Candidatos Finais. Você e Thomas foram escolhidos. Precisamos de vocês. Tudo agora depende de vocês.

— Nem que a vaca tussa, cuspa e morda que eu vou deixar Lea e Thomas voltarem pra vocês. — Minho abraçou mais ainda a namorada.

Lea revirou os olhos, se continuassem negando o Homem-Rato iria continuar insistindo e nada sairia bem.

— Vamos pensar. — Lea falou e logo olhou para Thomas que concordou.

— Tenho certeza de que vão. —  O Homem-Rato fez uma pausa. — Há
algo que me sinto obrigado a lhes contar. Principalmente porque imagino que
essa informação vá influenciar em suas decisões. Vão fazê-los compreender que
tem de fazer o que lhe peço agora.

— O que é? — Thomas cruzou os braços e se apoiou no capô do carro.

O rosto do Homem-Rato se contorceu e ficou ainda mais parecido com o de um rato. Parecia ser extremamente prazeroso para ele dar aquela
má notícia.

— É sobre o amigo de vocês, Newt. Temo que esteja enfrentando muitos
problemas.

— Que tipo de problemas? — perguntou Thomas, o estômago se contraindo.

— Sei que tem consciência de que ele está com o Fulgor e que já presenciou alguns dos efeitos do vírus.

Lea fez que sim com a cabeça, de repente se lembrando do bilhete no bolso, que ela fazia questão de o levar para todo lugar.

— Sim.

— Bem, ele parece estar sucumbindo a ela com rapidez. O fato de vocês já terem visto sintomas de raiva e perda de concentração se manifestando antes de ir embora significa que logo, logo ele vai seguir rumo à Insanidade.