𝙐𝙈 𝙎𝙄𝙈𝙋𝙇𝙀𝙎, 𝙏𝘼𝙇𝙑𝙀𝙕, 𝘣𝘢𝘣𝘪𝘤𝘵𝘰𝘳 ✓

36 | Eu quero o divórcio...

(Roberto na mídia)

Roberto on

Milena: precisamos ir embora! - escuto a sua voz se adentrando na cozinha. 

Pera, o quê? Não, ela não pode ir não. Ela tem que responder a minha primeira pergunta.

Victor; aconteceu alguma coisa? 

Milena; eu esqueci completamente que amanhã bem cedo vai vir uns carinha trazer móveis que eu comprei ontem e eu preciso tirar as caixas que está em uma salinha lá que vai colocar os móveis novos. - ela diz a logo em seguida leva a sua mão até a sua testa. - eu até poderia deixar as meninas aqui, mas eu não vou dar conta de tirar todas aquelas caixas sozinhas. 

Arthur; quer que a gente vá também para ajudar? 

Roberto: eu também posso ajudar? Já lutei com um urso inflável de três metros e meio.

Milena; sério? 

Roberto: sim, e sabe quem ganhou? 

Babi; você? 

Roberto; não, o urso inflável de três metros e meio. E ele também estava com muita vantagem, enquanto eu tinha 1,70 te altura o maldito do urso tinha três metros e meio de altura. 

Milena; não pre... - não deu nem tempo da coitada terminar de falar porque o Tutu a interrompeu. 

Arthur: Você sabe que mesmo falando que não precisa ir, a gente vai né? 

Angelica: ah já que todos vocês vão, eu também vou. O pai de vocês nem chegou e também é um verdadeiro tédio ficar nessa casa sozinha.

Milena; então tá, mais ajuda melhor.

Roberto: me lembrei de uma coisa! - digo atraindo atenção de todos. - vocês sabiam que eu já lutei com um jacaré? 

Victor: inflável? 

Roberto: óbvio que não! Dessa vez foi um jacaré de brinquedo. Gastei muito dinheiro naquele maldito brinquedo pra ele funcionar só 5 minutos ou menos. - cruzo os braços é faço uma cara de indignado. 

Gabriel: é imagino que você não ficou calado. 

Roberto: claro que não, no dia seguinte eu voltei lá e fiz maior auê dentro daquela loja. 

Victor: eu não sei o porquê, mas eu imagino o escândalo que você fez. - ele comenta e eu apenas assinto. 

Roberto: eu lembro que também quase ajudei um colega meu a roubar um banco, mas por minha defesa eu não sabia que ele queria roubar um banco. Eu já passei um dia na cadeia e no mesmo dia eu entrei pra uma gangue, eles têm cara de mal, mas são muito gente boa. E também não posso esquecer do dia que eu dancei lepo lepo com um grupo de idosos. 

Enquanto eu contava as loucuras que já aconteceram na minha vida, eu prestava atenção somente em duas pessoas: O Vivi e a bonitinha. 

Em poucos minutos o Vivi foi na direção dela e quando chegou ao seu lado o mesmo a abraçou de lado repousando a sua cabeça no seu ombro. 

Quando o strogonoff da tia ficou pronto, só foi ela desligar o fogo que eu e os meninos já estavam com o prato na mão atrás dela só esperando ela falar que a gente podia pegar. 

Eu achei uma puta de uma injustiça que os meninos não deixaram eu pegar primeiro, eu fiquei 13 anos sem comer esse strogonoff e eu tenho certeza que nesses 13 anos eles comeram bastante, diferente de mim que não comeu, é outra que eu sou a visita. 

Depois as meninas foram se servir e a tia preparou um prato pro tio antes que nós poderíamos acabar com tudo e não deixasse nada pro tio. Então a mesma foi lá e preparou, colocou o plástico filme e deixou no microondas.

Uma coisa que eu percebi é que não está um clima legal entre a tia e o tio, parece que eles estão se ignorando sabe? Estão evitando ficar no mesmo ambiente, só fala o necessário um com o outro. 

Quando vim pra cá antes de ir para praia e tomar um banho e deixar a minha mala, eu encontrei o tio. Ele me perguntou como eu estava e como foi esse tempo que eu estava em Nova York. Aí quando eu estava saindo da casa para ir para praia encontrei o tio se levantando do sofá e foi para o jardim só porque a tia estava vindo para sala. Eu obviamente achei aquilo bem estranho, mas nem deu pra perguntar porque tive que ir pra praia. 

Estávamos todos comendo e conversando alegremente quando ouvimos a porta principal sendo aberta. 

Os meninos achavam que era o tio, mas já eu pensava que eram ladrões fortemente armados. 

Então eu fiz todos irem para a sala conferir quem era, alguns me xingaram e outro falou que não iria nem ferrando que estava muito bem na cozinha, nesse que não queria ir era a tia. Mas só foi eu fazer carinha de cachorro abandonado que ela também. 

Quando chegamos lá era realmente o tio, mas só que estava muito bêbado. 

Victor: Eu disse que era ele. - o mesmo dá ombros. 

Arthur: todos nós dissemos, mas o Roberto achava que era um ladrão fortemente armado. - o Tutu corrige ele e eu reviro os olhos. 

Roberto; tio? 

Tim; isso é tudo culpa sua! - o mesmo disse depois de um bom tempo em silêncio. 

Roberto: minha? O que caralho eu fiz? 

Angélica: a regra ainda permanece Roberto, sem palavrão na minha casa. 

Roberto: perdão tia que eu amo com todo meu coração. 

Tim; não sua, eu tô dizendo que a culpa é dela! - ele aponta para a Babi. 

Victor: abaixe esse dedo Tim. - ele diz puxando a Babi um pouco para trás dele. 

Tim: eu poderia estar aproveitando a minha vida com a família que eu construí, mas só foi você aparecer que as lembranças do meu passado voltaram que estragou toda a porra da minha vida. 

Angélica: abaixe o seu tom de voz Tim. 

Tim: eu nunca vou amar você o tanto que eu amei a Flaviana. 

Meu Deus. 

Angelica: JÁ CHEGA! - ela grita. - eu quero o divórcio e também quero que pegue as suas coisas e se retire da minha casa. Eu não quero ver você nunca mais, está me entendo? Nunca mais! 

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Continua...