Babi on
Babi: Que dia será o casamento da sua tia? - pergunto.
Se for daqui dois meses eu infelizmente não vou poder ir, motivo? Daqui dois meses não vou estar mais em Santa Catarina. Vou estar de volta a cidade que eu nasci e cresci.
Victor: se eu não me engano dia 26 de janeiro.
Merda, um dia antes de eu ir embora.
Babi: eu vou. - digo vendo um sorriso aparecer em seus lábios.
Vejo ele se aproximando e eu jurava que ele iria me beijar, mas o mesmo se inclinou para depositar um beijo na minha bochecha.
Victor: eu não vou te beijar agora porque tem três palhaços olhando para nós dois. - ele disse sussurrando no meu ouvido fazendo os meus pelos do meu braço se arrepiarem.
Inclino o meu copo para o lado e olho para trás vendo os três ali.
Roberto: não escutamos nada, acabamos de chegar. - ele se defende erguendo a sua mão para a altura e eu rio baixinho da sua cara.
Babi; eu posso fazer uma pergunta para vocês? - pergunto e os quatros fazem sim com a cabeça. - Eu sei que os quartos são bem próximos mas quem é aquele que tem mais afinidade um com o outro? Conseguem entender a minha pergunta?
Roberto: eu e Vivi. - o mesmo diz e o Victor que estava do meu lado faz sim com a cabeça.
Gabriel; eu e o Arthur.
Roberto; mas é sério, se eu não fosse um homem. Eu já estaria casado com a Vivi. Eu sei de tudo que aconteceu na vida dele, eu até consigo lembrar os nomes das meninas que o Vivi ficou, e olha que não foram poucas. - ele disse rindo e o Victor olha feio pra ele.
Babi; então foram muitas?
Roberto: foram muitas o que? - ele perguntou e arquei a sobrancelha. - eu disse que foram muitas? Eu falei que foram poucas, bem pouquinho.
Babi: mas você... - tento dizer, mas só tento mesmo.
Roberto: quieta, você está sem argumentos. Mas continuando, eu sou aquele amigo que não pensa nem duas vezes na merda que vai fazer, só se vive uma vez não é mesmo? Qual vai ser a história maluca que vocês vão contar para os seus filhos, se a sua vida inteira ficou trancada dentro de casa? Eu conto sem nenhuma vergonha que eu já passei um dia na cadeia e entrei numa gangue.
Babi; mas qual foi o motivo da sua prisão?
Roberto; eu obriguei um policial a dançar Anitta na frente do supermercado lotado de gente.
Victor: e ele topou?
Roberto: olha, no começo não, achou aquela ideia uma loucura. Mas eu queria realizar um dos meus 500 sonhos, que era dançar alguma música da Anitta com um policial na frente de um supermercado. Aí de tanto eu insistir ele me deu uma opção.
Arthur: qual era a opção?
Roberto: Ele falou que dançaria comigo sim, mas quando a música acabasse ele me levaria para passar pelo menos uma noite na cadeia.
Gabriel; e você topou?
Roberto: mas é claro! Aí só falta realizar os meus 328 sonhos. Ah quero dizer 329, eu acabei de pensar no que eu quero ver acontecendo.
Babi: Eu achava que você era louco, mas agora eu tenho certeza. Quem em sã consciência iria dançar com um policial?
Roberto: como eu disse, só se vive uma vez. Eu tenho um sonho que é impossível de eu realizar, mas eu creio que um dia eu vou conseguir realizar.
Victor: Eu tenho até medo de perguntar qual é esse sonho.
Roberto: e dançar com um hipopótamo.
Babi: desculpe, dançar com o que?
Roberto: dançar com um hipopótamo, eu quero ver ele rebolando a traseira.
Babi; meu Deus que sonho maluco. - coloco a mão no meu rosto e começo a rir baixinho.
Artur: conta a história que você dançou lepo lepo com um grupo de idosos.
Roberto: nesse dia eu estava em Los Angeles para um negócio do meu pai que ele precisava resolver é blá blá blá. Aí eu estava no completo tédio então tinha decidido que iria em uma praça porque eu literalmente odeio ficar preso dentro de um quarto de hotel sem um ser vivo pra conversar. Então lá estava eu sentado em um dos bancos da praça ouvindo músicas aleatórias até começar a tocar lepo lepo e uma senhora que estava passando do meu lado começou a dançar. Aí foi juntando vários idosos, eu lembro que no total eram 20 idosos.
Babi; meu Deus.
Roberto: eu praticamente fiquei a tarde inteirinha ensinando eles a coreografia da dança, os 18 acertavam mas os outros 2 não. Aí mas no final das contas, os 20 idosos conseguiram aprender a coreografia, dançaram direitinho e eu fiquei orgulhoso de mim mesmo por ter ensinado uma coreografia.
Babi: Já pensou ser coreográfico?
Roberto: Já, passou cinco segundos que eu desisti da ideia. Se com aqueles 20 eu passei um pouco nervoso, imagina com mais? Ainda mais crianças que não querem nada com nada e outros que nem queriam estar ali mas só está porque a mãe matriculou. Eu vou xingar todo mundo que eu ver na minha frente. Eu tenho muita paciência, mas não tenho nem pra dar e nem pra vender.
Arthur: eu lembro de um dia que o Roberto fez todos nós irmos para o berço, meu Deus do céu. A minha mãe não sabia se ria da nossa cara porque nós voltamos todo ralado ou se brigava com a gente por ir em uma coisa que ela disse pra não ir.
Babi; qual foi a maior loucura que vocês quatro fizeram juntos?
Victor: foi quando nós fomos na casa do tio Caio e estarmos em uma salinha que tinha várias armas, com a nossa inocência pensávamos que aquelas armas era tudo de brinquedo.
Gabriel: Então o Arthur foi lá, pegou uma pistola se eu não me engano e atirou no ombro do Roberto.
Roberto: eu nunca vi tanto sangue saindo de mim.
Victor: Todos nós entramos em desespero, na minha mente passava " ah pronto, matamos o Roberto. Os quatro vão ser presos. "
Arthur: mas invés de o bastardo ali ficar em desespero porque o braço dele estava saindo sangue para todo lado, o Roberto começou a rir, tipo rir mesmo, até chegar no ponto de começar a gargalhar.
Babi; então enquanto vocês três ficavam desesperados, o Roberto ficou rindo?
Gabriel: exato!
Roberto: mas aí não foi nada de mais, a bala não entrou no meu ombro, ele tinha passado de raspão no meu ombro.
Victor: também lembro do dia que a gente entrou em um hospital abandonado.
Roberto: esse dia foi legal.
Arthur: legal nada, eu fiquei 1 semana sem dormir.
Gabriel: a nossa mãe ficou sabendo que a gente iria em um hospital abandonado então ela mesmo contratou duas pessoas pra fingir que era uma assombração e ficar andando pelo hospital enquanto nós estaríamos lá.
Roberto: eu até hoje não esqueço o grito que o Tutu deu quando um a gente deu de cara com um " fantasma " - ele diz fazendo aspas com as mãos. - o hospital abandonado está lá ou derrubaram as paredes?
Victor: eu acho que o hospital ainda está lá.
Roberto: então vamos lá? Relembrar as aventuras do passado.
Gabriel; bora!
Roberto: eu quero ouvir o gritinho de novo tá Tutu? Eu vou gravar e colocar como alarme no meu celular.
Arthur: vai se foder.
Os meninos riram dele e eu também não consegui segurar a risada.
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Continua...

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𝙐𝙈 𝙎𝙄𝙈𝙋𝙇𝙀𝙎, 𝙏𝘼𝙇𝙑𝙀𝙕, 𝘣𝘢𝘣𝘪𝘤𝘵𝘰𝘳 ✓
Romance𝚠𝚎𝚕𝚌𝚘𝚖𝚎 𝚝𝚘 ⋘ 𝐔𝐌 𝐒𝐈𝐌𝐏𝐋𝐄𝐒, 𝐓𝐀𝐋𝐕𝐄𝐙 ⋙ ⤩┆𝗙𝗔𝗡𝗙𝗜𝗖 𝗕𝗔𝗕𝗜𝗖𝗧𝗢𝗥 ⊵ ʟᴏᴜᴅ ʙᴀʙɪ ᴀɴᴅ ʟᴏᴜᴅ ᴄᴏʀɪɴɢᴀ ⊴ [ 👙] ━ Bárbara e suas duas melhores amigas foram passar as férias em Santa Catarina, Babi não queria se envolver com ninguém n...