55 | Pula-pula.

3.8K 340 110
                                    

Victor on

Duas horas, já se passaram duas horas que estamos nesse carro é tem muita estrada para chegar no asilo. A estrada está vazia, só tem o meu carro, é o carro do Arthur. Eu até poderia deixar o Roberto dirigir para eu poder dormir mais um pouco, mas aí me lembro que esse carro custou uma fortuna.  

Roberto; você está feliz. - escuto a voz dele e eu o encaro rapidamente. 

Victor: hã? 

Roberto: você está feliz, muito feliz. - ele diz. - oh, você está até sorrindo. 

Victor; Roberto vá direto para a sua conclusão maluca. 

Roberto: não é maluca, eu estou certo. Sabe uma coisa que eu estou estranhando? E que você não tira esse sorriso amarelo do seu rosto. E você nem é dessas pessoas que sorri por nada, raramente você sorri. 

Merda, como uma pessoa pode me conhecer tão bem? Isso deveria ser um crime. 

Victor: eu não posso mais sorrir agora? Eu estou proibido de sorrir? 

Roberto: caralho você está muito estranho. - ele diz. - aconteceu alguma coisa? 

Victor; ...não. - demorei alguns minutos para responder. 

Roberto: mentiroso, eu sei quando você mente. Pode me contar, eu não sou um estranho que você conheceu pela manhã de corrida, eu sou o seu gêmeo. 

Victor: de onde tu tirou que eu e você somos gêmeos? 

Roberto: nascemos no mesmo dia com 1 horas de diferença, na minha cabeça eu sempre te considerei como o meu gêmeo. Sabe isso fez me lembrar uma coisa, lembra quando tínhamos 14 anos e uma menina perguntou se a gente namorava? Só porque éramos muito próximos.

Victor: ainda somos seu idiota. 

Roberto: viu como você está estranho? Você está sendo até fofo...COMIGO. 

Victor; eu te chamei de idiota. Desde quando ser chamado de " idiota " é fofo? 

Roberto: pra mim isso é um elogio. - ele dá ombros e eu olho para ele com sobrancelha arqueada. Quando eu digo que o Roberto não bate muito bem na cabeça, eu não estou mentindo. - mas não mude de assunto, me diga o motivo de toda essa felicidade. 

Suspiro fundo. 

Roberto; tem alguma coisa haver com a Babi né? O motivo da sua felicidade tem um nome que começa com " BA " e termina com  " BI ". 

Victor; você que está dizendo.

Roberto; pare de segredos! 

Aí quer saber eu acho que vou deixar o Roberto dirigir, se eu continuar no volante é perigoso matar nós três. Que Deus esteja no controle desse volante quando o Roberto estiver sentado nesse banco. 

Victor; quer dirigir? 

Roberto; eu? Eu tô falando que você está estranho. Calma, você está com sono? 

Victor: estou, é por isso que você vai dirigir daqui até o asilo. Enquanto tu dirigi, eu vou dormindo. 

Roberto: tá bom então. 

Victor; Roberto pelo amor de Deus não coloque as nossas vidas em risco. - digo indo para um canto e estaciono. 

Nós dois saímos do carro e trocamos de lugar, fechamos a porta e colocamos o cinto.

Arthur; aconteceu alguma coisa? - vejo o carro do Arthur do nosso lado com o vidro do motorista aberto. 

Victor: não, eu apenas estou com sono. Então decidi que o Roberto vai dirigir até o asilo enquanto eu durmo. 

Gabriel; você não tem amor a sua vida mesmo né? - ele diz em um tom brincalhão é o Roberto mostra o dedo do meio pra ele. - enfia no toba. 

Arthur; a Babi está dormindo ainda? 

Roberto: está, aquela está dormindo igual uma pedra. - ele responde. 

Victor; e a Milena é a Carol? 

Arthur; não muito diferente da Babi. - ele fala e pega o seu celular.  - estamos muito longe do asilo ainda, oh meu Deus eu não aguento mais ficar dentro desse carro. 

Victor; ela ainda não conversou com você? - pergunto se ele negou com a cabeça. 

Arthur: eu até tentei puxar assunto com ela, mas ela dormiu. - ele sorriu de um jeito desanimado. - mas vamos, temos muita estrada pela frente. Quer que eu vá na frente pro Roberto me acompanhar? 

Roberto; pode ser. 

Arthur; tá bom. - ele fecha o vidro e sai na frente com o carro. 

Encosto o meu braço no vidro e apoio a minha cabeça na minha mão, estava tentando deixar o meus olhos abertos, mas o sono me vencia. Então, sempre quando não estava prestando atenção, eu estava com os meus olhos fechados quase dormindo. 

Roberto: eu posso te falar a minha conclusão que eu cheguei por você estar tão diferente? 

Victor; fala Roberto. - Talvez ele falando comigo eu consiga ficar acordado. 

Roberto; você está com sono, então se você está com sono é porque você foi dormir tarde. É no morro que não tem absolutamente nada pra fazer. Só estava você é a Babi em uma casa. Rolou alguma coisa? 

Victor; aham. - digo, merda quando estou com sono, eu sou muito sincero. E o desgraçado do Roberto sabe disso e está se aproveitando para saber o motivo da minha felicidade. Mas é um cretino mesmo. 

Roberto; vocês brincaram de pula-pula? 

Victor; pula-pula? 

Roberto; é...ficar pulando...mas é um pula-pula diferente. Um diferente bom, muito bom. Eu mesmo gosto muito de brincar de pula-pula, é muito bom pra se exercitar né? 

Victor; Roberto. - digo em um tom de aviso é escuto ele coçar a garganta. 
Roberto: tá, vocês transaram, certo? - apenas assinto com a cabeça. - pensei que iriam deixar isso pra depois do casamento.

Apenas rio é olho para a estrada, eu já pensei em várias vezes pedir a Babi em namoro mas só a única coisa que me impede de fazer isso é que daqui algumas semanas ela vai embora. E eu não curto muito essas coisas de namoro a distância. Já vi muitos filmes que a Thaiga estava assistindo e na maioria desses filmes nunca funciona namoro a distância. 

Calma, falando na Thaiga. Cadê ela? 

Puta merda, esqueci aquele pingo de gente. 

Roberto; eu acho que vou dar o meu cu. - ele diz fazendo eu olhar com os olhos arregalados. - é brincadeira. Mas é sério, será que se dar o cu ganha bastante dinheiro? Não Roberto, o seu cu é muito valioso pra dar para qualquer um. 

Victor; Roberto. - o chamo. 

Roberto; hum. - ele me olha. 

Victor: Temos que voltar para casa, esquecemos o pingo de gente que os meus pais colocaram o nome de Bianca. 

●●●
Continua...

𝙐𝙈 𝙎𝙄𝙈𝙋𝙇𝙀𝙎, 𝙏𝘼𝙇𝙑𝙀𝙕, 𝘣𝘢𝘣𝘪𝘤𝘵𝘰𝘳 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora