𝙐𝙈 𝙎𝙄𝙈𝙋𝙇𝙀𝙎, 𝙏𝘼𝙇𝙑𝙀𝙕, 𝘣𝘢𝘣𝘪𝘤𝘵𝘰𝘳 ✓

03 | Seu estranho.

Babi on

Eu arregalei os meus olhos quando o vi ali de braços cruzados fuzilando esse tal de Adam, o garoto de ontem parecia irritado, irritado sem motivo algum. 

Adam: você é muito estraga prazer - ele diz rindo ao encarar o... Victor! 

Lembrei, é Victor o nome dele. O nome do garoto de ontem é Victor. Mas Victor o que? Eu lembro que ele falou dois nomes. 

Xxx: aqui moça. - ele diz colocando duas águas de coco na minha frente. 

Babi: quanto de ficou os dois? - pergunto pegando a carteira. 

Xxx: R$15.00. - ele diz é entregar uma nota de 10 e uma de 5. - certinho. 

Babi: obrigada. - agradeço pegando as águas de coco. 

Victor: Quer ajuda? 

Babi: Muito obrigada, mas não. - digo sorrindo. - garoto de ontem. 

Victor: você não lembra o meu nome? 

Babi: não. - minto vendo a cara de indignação dele. 

Adam: oh coringa! - escuto uma voz do garoto que queria o meu número chamando um tal de coringa. 

Victor: O que foi? 

Adam: você vai na festa da Tainá hoje? - ele pergunta fazendo eu ter uma pontinha de curiosidade, quem é a Tainá? 

Victor: não sei, por que? 

Adam: é que você prometeu que iria, da última que você falou que iria, você não foi. E ela só prepara essas festa, pra você ir, mas o único problema é que você nunca vai. 

Victor: é que bate uma preguiça na hora de eu ir que eu acabo desistindo. 

Alguma coisa me diz que não é preguiça. Eu me senti mal de ficar ali escutando a conversa dos dois. Então me retirei do local e fui até a Carol que estava de braços cruzados me olhando. 

Quando chego em sua frente é entregar a água de coco pra ela. 

Carol: o garoto que estava do seu lado hoje, é o mesmo garoto que eu e a Milena viram do seu lado ontem a noite. 

Babi: e? 

Carol: não se faça de sonsa bárbara. 

Babi: não estou me fazendo de sonsa, eu estou sendo 100% sincera com o mundo. 

Carol: ah claro. - ela exclamou e me fez rir. 

Tomamos a água de coco e depois jogamos o coco fora, a Carol foi pro mar porque a mesma reclamou que estava muito quente e precisava se refrescar. 

Como estava muito cedo e não tinha muita pessoa na praia, pelo menos nessa praia não tinha muita pessoa. Então me sentei na areia e aproveitei para tomar um banho de sol. Faz um bom tempo que não estava tomando vitamina D, então aproveitei para tomar agora. eu

Se eu pudesse eu me deitaria nessa areia e dormiria nesse exato momento, mas eu não posso dormir, não aqui. 

Xxx: não vai entrar? - escuto uma voz masculina e quando olho para o lado vejo o Victor em pé do meu lado. 

Babi: Jesus tem poder! - digo levando a minha mão até o meu peito. - Nossa senhora, que susto. Não chega mais nesse silêncio não. 

Victor: Ué. - ele diz rindo é se senta do meu lado. 

Quem deu a permissão pra ele se sentar do meu lado? Eu não lembro de ter dado. 

Babi: eu só estou falando é que eu não ouvi você chegando é nem vi você plantado do meu lado.

Victor: eu sou silencioso. 

Babi: deu pra perceber. 

O silêncio tomou conta de nós dois, é não era um silêncio constrangedor, era um silêncio que parecia que nós dois estávamos conversando, mas só que em silêncio. É difícil de entender. 

Percebi que a Carol estava saindo do mar, mas quando ela me viu com uma certa pessoa do meu lado, ela simplesmente se virou é voltou do mar, idiota. 

Victor: eu segui o seu conselho. - ele quebra o silêncio e faz levar a minha atenção a ele. 

Babi: qual conselho? 

Victor: de falar com o meu pai, ontem eu fui sincero com ele. Falei que não queria seguir a profissão que toda minha família fez. 

Babi: advocacia? 

Victor: exatamente. - ele concorda com a cabeça. 

Babi; o que ele disse? 

Victor: Ele falou que eu iria ser o motivo da risada da minha família, que se eles estivessem rindo, eu seria o motivo. É que também eu quebraria uma tradição da família. E por último também iria ser uma vergonha para toda família. 

Babi: Eu sinto muito. - digo é ele me olha e sorri. - Desculpa por falar isso, mas o seu pai é muito ruim com você. 

Victor: não precisa se desculpar não. Eu sei que todo mundo sabe que ele é ruim comigo.

Babi: e a sua mãe? Ela sabe que o seu pai falou isso pra você? 

Victor; não, é também ela não pode saber. Se o meu pai saber que a minha mãe sabe de tudo que o meu pai já fez comigo, ele pode fazer uma coisa com ela e eu não suportaria vê-la sofrendo. 

Estava encarando ele quando o meu olhar vai até o seu corpo que está com alguns arranhões espalhando pelo corpo. 

Babi: ele te bate? 

Victor: o que? 

Babi: o seu pai bate? 

Victor: não... - ele demora para responder. 

Babi: Victor... - o encaro novamente. - então esses arranhões apareceram espontaneamente?

Victor: Sim... 

Babi; o seu pai não pode saber se ele vai bater na sua mãe né? 

Victor: eu nem te conheço direito é você sabe mais do que os meus próprios amigos . 

Babi: eu só fui juntar as peças que estavam na mesa espalhadas. 

Victor: você veio pra praia pra que? 

Babi: tomar um banho de sol. 

Victor: não acha que já tomou bastante banho de sol? 

Babi: Não. 

Victor: pois eu acho, agora vamos entrar no mar. - ele diz ficando em pé. 

Babi: pode ir. 

Victor: você vai vir comigo. 

Babi: não vou não. 

Victor: vai sim. - ele diz me pegando. 

Babi: me põe no chão seu estranho. 

Victor: Vamos entrar no mar.

Babi: eu não estou de biquíni. E eu não vou entrar na água de roupa. 

Victor: O problema é seu. Quem vem pra praia é não colocar um biquíni? 

Babi: eu, porque não iria nem entrar na água.

Victor: pois bem, agora você vai. 

Babi: me põe no chão. 

Victor: já que insiste. - ele me solta mas a única coisa que não eu tinha percebido é que já tínhamos chegado na água então quando ele me soltou, eu caí na água. Disgramento. 

Babi: Victor Augusto! - gritou. 

Victor: lembrou o meu nome? 

Babi: corre, se não eu vou te matar. 

Saio da água, o Victor começou a correr e eu corri atrás deles, pareciamos duas crianças correndo na praia de pega pega. 

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Continua...