42 | Principezinho da gangue.

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Victor on

Roberto: o que estamos fazendo aqui mesmo? 

Victor: vim cobrar algumas pessoas que estão me devendo. - digo indo até a minha mesa e pego uma pistola e coloca na minha cintura. Olho para o Roberto que arregalou os olhos. 

Roberto: você pretende matar alguém? - ele pergunta e eu nego com a cabeça. - então por que você uma pistola? 

Victor: é pra assustar. - digo. - E também não ando por aí no morro sem uma arma, vai que algum desgraçado tenta me matar, pelo menos vou ter alguma coisa para me defender. 

Roberto: entendi. - ele diz. - você não me deixa aqui sozinho enquanto estiver cobrando as pessoas não né? 

Victor: vou. 

Roberto; eu não vou ficar sozinho aqui, pode acontecer muitas coisas bizarras enquanto eu estiver sozinho nesta sala. 

Victor: tipo?

Roberto: entrar um cara louco por aquela porta na tentativa de te matar, mas ele acabou me encontrando e me matando invés de você. 

Victor: você sabe que isso tem  0% de possibilidade de acontecer. 

Roberto: você não pode me garantir isso. 

Victor: tanto faz, então pegue e quando sair por aquela porta não saia de maneira alguma do meu lado. 

Abro uma gaveta e tiro uma outra pistola jogo e o Roberto quase não consegue pegar. 

Roberto: Precisava jogar? Você não consegue me entregar como uma pessoa normal? 

Victor: não. - abro um sorriso e ele revira os olhos. - vem, vamos. - passo por ele e abro a porta da minha sala. 

Me retiro e o Roberto se retira em seguida. 

Hoje pela manhã o Gustavo tinha me mandando mensagem pedindo para que eu viesse para o morro para cobrar algumas pessoas que estavam devendo e não queriam pagar de modo algum. Parece que o pessoal daqui tem muito medo de mim é na visão do Gustavo, se eu cobrasse o dinheiro estaria na minha mão em menos de 10 minutos. 

Retiro um papel do meu bolso com os nomes das pessoas que eu tenho que cobrar, o primeiro nome é: Rogério. 

E a primeira pessoa que eu vou na casa cobrar, ele está me devendo desde o mês passado uma quantia bem alta de dinheiro e quando sempre vou cobra-lo ele sempre fala que está sem dinheiro mas uns dois dias eu o vi comprando um carro. 

Obviamente ele não me reconheceu, mas eu o reconheci. Conheço muito bem as pessoas que moram no meu morro. 

Roberto; nunca me imaginei segurando uma pistola de verdade. Porra o principizinho da gangue está segurando uma arma! - ele diz se referindo a si mesmo. 

Ele não é o principezinho da gangue, eu que sou. E invés de o Roberto chamar de grupinho, mas não, ele chama de gangue. 

Será que foi uma boa ideia ter o trazido para o morro? Não, não foi uma boa ideia. 

Roberto: essa arma é de verdade, né? 

Victor; quer testar? Eu atiro bem no meio da sua testa, se você cair durinho no chão, é porque é de verdade. Agora se você não cair, é porque não é. Então quer que eu teste? 

Roberto: posso testar em você? 

Victor: se você testar em mim e também se for de verdade a arma e eu vou morrer, aí você vai ficar sem melhor amigo. 

Roberto; oh, aí não. E então acha melhor não testar em ninguém. 

Victor; ótimo, porque chegamos no nosso destino. - paro na frente de uma porta, olho para o Roberto que estava encarando os seus pés. Eu já sabia o que ele queria fazer. - você quer bater na porta, não quer? 

Roberto: quero. - ele abre um sorriso. 

Victor; então fique a vontade. - digo vendo o mesmo ir dar alguns passos até a porta e bater na porta, ele se vira é para do meu lado. 

Eu duvido achar um melhor amigo que saiba de uma coisa que o seu amigo sempre gostou de fazer, mesmo que ficaram 13 anos sem se ver, só eu mesmo. 

A porta foi aberta por uma senhora que eu acredito ser a mãe do Rogério, ela é uma senhora tão legal, pena que o filho é um vagabundo que não faz absolutamente nada na vida, só fica se drogando o dia inteiro é só se mete em confusão de madrugada. 

Victor; dona Clara, quanto tempo que eu não vejo a senhora. - digo me aproximando da senhora que abriu os braços e me abraçou e eu retribui. 

Dona Clara: você sumiu homenzinho. - ela diz me soltando. - é quem é aquele outro homenzinho ali? - ela aponta para o Roberto. 

Roberto: eu também aceito um abraço, mas claro que só se a senhora quiser. 

Dona Clara: vem aqui. - ela o puxa e o abraça. 

Roberto: por que será que o abraço da senhorinha é tão bom? - ela diz quando os dois se soltam. 

Dona Clara: está me chamando de velha? - ela cruza os braços e olhou indignada para ele. - homenzinho ainda tenho 69 anos é tenho muito o que viver ainda rapaz. 

Roberto: eu? Chamar a senhora de velha? Longe de mim! 

Dona Clara: então eu ouvi errado? 

Roberto: sim. 

Dona Clara: então está me chamando de surda? 

Começo a gargalhar, o Roberto me olha indignado. 

Roberto: para de rir, ele me ajuda Vivi. 

Dona Clara: eu estou brincando, querem entrar? Para tomar um café? Chá? Comer uma fatia de bolo? Torta? 

Roberto: eu aceito!

Victor: eu preciso conversar com o seu filho, ele está? 

Dona Clara: nesse exato momento ele não está, mas querem aguardar ele aqui dentro? 

Roberto; o Vivi que decide. 

Victor: aceitamos. 

Dona Clara: entrem entrem. - ela dá espaço e nós dois entramos. 

O Roberto é um grande fofoqueiro a dona Clara e mais ou menos fofoqueira, juntar esses dois vai ser uma grande tarde de gargalhar. 

Querem apostar quanto? Eu aposto 15 mil. 

●●●
Continua...

Era para eu estar fazendo prova mas aqui estou eu escrevendo capítulo KAKAKKAKAKAKAKAKKA meu pai amado.

Hoje eu decidi que iria começar a dedicar cada capítulo para cada pessoa que eu vejo interagindo. Então vamos começar.

Dedicando o capítulo para a: Galaxy_a1d, obrigada sempre por comentar flor 🤍

Bye bye, até o próximo capítulo...

𝙐𝙈 𝙎𝙄𝙈𝙋𝙇𝙀𝙎, 𝙏𝘼𝙇𝙑𝙀𝙕, 𝘣𝘢𝘣𝘪𝘤𝘵𝘰𝘳 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora