Lara Cooper.
Eu acordei com o meu despertador tocando, e eu tive vontade de criar uma nova guerra com ele. Por mais que odiasse despertador, ele me ajudava á acordar cedo e fazer certas atividades no horário certo.
Quando eu o vi, eram 6 horas da manhã, onde eu deveria acordar e meditar um pouco. Sim. Eu gosto de meditar.
A meditação me acalma, me deixa leve e os pensamentos flutuam. Era uma atividade que eu mais fazia no dia, porque eu considerava importante.Levantei da cama com um pouquinho de preguiça mas levantei. Peguei um vestidinho azul e fui para o banho, aproveitando a água fria.
Ok. Eu era estranha e não tenho como discordar disso. Banho de água fria de manhã, pra uns é uma ova, mas pra mim não. É um costume que eu já até peguei o jeito.
Depois de me observar no espelho por alguns segundos, eu amarrei meu cabelo com uma xuxinha que havia em meu braço em um rabo de cabelo.
Meu cabelo é bem clarinho, e não muito curto.Escovei meus dentes e tomei o banho, quase batendo os queixos quando eu sair do banheiro.
Quando terminei, comecei a subi algumas escadas que tinha pra cima do meu quarto, onde podia-se ver quase toda a cidade dali. Era como se fosse uma espécie de sacada.
O sol ainda não havia aparecido, o que era excelente pra mim. De lá, avistei alguns carros e motos passando, provavelmente eram pessoas que iam trabalhar logo cedo.
Sentei-me no chão de piso, cruzando as pernas e fechando os olhos. Comecei a abrir meus sentimentos e pensamentos. Eu sou asmática e tinha uma ansiedade maluca, que as vezes me deixa bem... irreconhecível. Às vezes, fico tão nervosa, que minhas mãos chegam a tremer. Odeio ficar nessa situação.Quando terminei, já eram 7h32. Levantei do chão, com um sorriso enorme no rosto.
Agora só faltava comer, porque eu estava com uma fome danada. Como disse, minha base era comida.
Encontrei minha mãe preparando o café da manhã, enquanto meu pai tentava ajeitar o uniforme de operador dele.- Bom dia, bom dia. - Cantarolei, aproximando dos dois e deixando um beijo nas bochechas de ambos.
- Bom dia. Que humor, hein? - Meu pai disse, ainda tentando ajeitar o uniforme.
- Oh sim. Quando medito, fico de bom humor! - Respondi, colocando café na minha xícara.
Café está na base da minha pirâmide alimentar. Sem ele, eu quase não sou nada.
- Então, ansiosa para a faculdade? - Foi a vez da minha mãe dizer.
- Você já fez essa pergunta ontem, Madalena! - Meu pai disse e riu da minha mãe. - Sangue de Cristo!
- Eu sei seu bobinho. Mas é importante perguntar isso. - Ela disse e apertou a bochecha do meu pai.
- Ansiosa até demais. - Eu disse, dando uma pausa pra dar um gole no café. - Ainda bem que é só de noite, então, pelo menos vou ter tempo de me preparar.
Meus pais ficaram um pouco em silêncio, enquanto eu observava o movimento que a minha mãe fazia pra ajudar o meu pai no uniforme.
- Lara? - Meu pai chamou a minha atenção para si. - Não fique tão preocupada, ok? Você é a nossa princesinha. É inteligente como a sua mãe e tão forte como o seu pai. - Ele disse e eu ri, acompanhando minha mãe.
- Vou fingir que acredito nisso. - Brinquei, agora comendo um pedaço de torta de morango.
- Gente...- Meu pai bebeu um pouco do café, comeu um pedaço enorme de bolo e bebeu café de novo, apressado. - Preciso ir. Amo vocês duas!
- Também amamos você! - Minha mãe respondeu por nós duas.
Então, meu pai foi pro serviço, eu e minha mãe ficamos em casa, sem fazer nada de bom.
Eu já estava estressada. Sem nada para fazer. Ler, não havia livros novos. Só havia alguns livros infantis e bem velhinhos, que não tinha mais nada para ler, a não ser, páginas que eu já havia decorado, de tantas vezes que os li.- Filha? - Escutei minha mãe me chamando. - Tem como você ir na feira pra mim? Preciso de algumas frutas.
- Claro que sim! - Respondi. Eu estava super ansiosa e empolgada. Finalmente eu faria alguma coisa, que não fosse ficar olhando para as paredes. - Já anotou tudo?
Minha mãe fez que sim, indo até o balcão e pegando um papel, em que estava anotado tudo o que eu precisava comprar.
- Ok. Chego já. - Beijei a testa da minha mãe e sai pela porta, feliz da vida.
A feira não era tão longe de casa. Nós morávamos praticamente bem pertinho. Mesmo sendo nova aqui, eu já sabia onde se situava alguns lugares como a feira, a faculdade e alguns outros pontos turísticos.
Andei um pouquinho, aproveitando o dia pra sorrir e refletir um pouco.
Como disse, eu sou bastante estranha mesmo. Costumava sorrir e conversar com diversas pessoas lá na minha cidade. Minha linda Bahia. Lá eu costumava andar perambulando pelas lojinhas e comendo todos os tipícos pratos.
Quando cheguei na feira, comecei a andar um pouco por entre as barraquinhas, que estavam lotadas de gente.
Algumas compravam, outras atendiam pessoas. Outros mais estavam a frente, querendo enfrentar a fila pra comprar. Por mais que fosse uma baita aglomeração, eu gostava.- Olha os melões! - Uma mulher de sotaque italiano bem forte dizia, levando os melões até a altura dos seios e como se estivesse se referindo a eles. - Olha os melões! São os melhores da feira!
Eu ri muito daquilo. Cara, a mulher era boa demais naquilo.
Ele era um mulher jovem, talvez fosse mais velha que eu uns dez anos. A mesma vestia um vestido vermelho, com um decote do tamanho do mundo.Ok. Era bem exagerado mesmo. Mas acho que era para freguesias verem mesmo.
- Bom dia! - Me aproximei da loja da mulher, onde havia uma menina, talvez da minha idade. A mesma era linda e mancava um pouco da perna esquerda. - Eu quero um quilo de cebola, maçãs, uvas, melões...- Me lembrei da mulher.
- Vou preparar! - A moça disse, indo mancando até uma espécie de bancada. Tipo aquelas de feiras.
Ela me entregou a sacola com todas as minhas coisas e eu as peguei com um pouco de dificuldade.
Ainda bem que minha casa não era longe. Entreguei o dinheiro para ela, que recebeu com bom agrado. Sei que ele era muito importante para ela.- Obrigada pela compra. Venha mais vezes! - A mulher disse.
Eu sorri gentil pra ela e fiz que sim, rindo da cena em que a mulher ainda gritava sobre os melões.
Ela agora piscava o olho pra algumas pessoas que passavam.
Quando cheguei em casa rindo, minha mãe até se assustou. Contei tudo pra ela, que riu muito também.***
N/A: estou corrigindo alguns erros da história, e caso você ver que um capítulo está corrigido e outro não, é por causa disso.
Eu passo bastante tempo para revisar.
E demoro também.
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Idiot - Beijo Raro.
Teen FictionLara Cooper veio da Bahia com a família, para fazer faculdade de psicologia. Até então, as coisas estavam indo super bem, se não fosse um esbarrão que ela havia participado, com um garoto totalmente diferente dos outros. Ele era Edward Fernandes, um...