Lara Cooper.
Ao final da aula daquela professora, em que a gente fez aquele teste, fomos liberados para irmos embora. Eu até que me sair bem naquele primeiro dia.
Fiquei orgulhosa de mim mesma por ter feito pelo menos uma amiga com quem conversar, caso contrário, eu estaria voltando para casa triste.
O teste até que não foi um bicho-de-sete-cabeças, como eu escutei a Cris falando, o Edward e outro bando de pessoas falaram.Um monte deles acharam que era difícil e acabaram fazendo o trabalho mau-feito por medo.
Se eles têm medo de fazer um teste desse, por que entraram pra faculdade? Longe de mim!- Cris, até amanhã a noite! - Eu disse e acenei pra ela. Mas Cristina não aceitou e me abraçou. Suspeitei que ela não tinha amigas ali também como eu.
- Vou senti saudades de você! - Ela disse e apertou as minhas bochechas, como se tivesse me achando fofa.
- Ué, a gente se conheceu hoje e você já vai sentir saudades? Você é tapada?
Cristina soltou minhas bochechas e riu da minha pergunta. Até que aquele grupinho de garotos - que o Edward fazia parte -, passou pela gente.
- Claro. A gente é amiga agora, não é? - Ela ficou séria, mas logo aquele sorrisão apareceu no rosto dela.
- Óbvio! - Respondi, colocando as mãos nos bolsos do meu casaco. - Então, agora eu tenho que ir. Meu pai já está a minha espera ali. - Apontei o dedo pro carro do meu pai.
Quando eu olhei pro meu pai, vi que ele estava fantasiado, sorrindo para mim.
Curvei a sobrancelha, olhando para o meu pai, que instantes virou um famoso.- Ele está fantasiado? - Cris perguntou, olhando curiosa para o meu pai.
- Oi meninas. Qual o crime de hoje? Preciso do Robin urgente, caso precisamos de uma luta justa. - Ele disse e Cristina riu.
Caraca! Que vergonha! Todos os alunos que passavam, estavam olhando e rindo do meu pai. Mas tipo, eles estavam era incentivando ele a usar aquela fantasia maluca.
- Pai! - Eu repreendi o mesmo, olhando séria para ele.
- Deixa ele, ué. As pessoas estão gostando, pequena. - Senti raiva quando escutei a voz daquele bastardo do Edward.
Ele estava lá também. Fazendo parte daquela palhaçada. Meu pai, eu não estava com raiva dele, eu queria até rir, mas só que ele estava fazendo gestos e dizendo para todo mundo ali o que o Batman fazia.
- Vamos, filha? - Meu pai teve a decência de perguntar, agarrando a minha mão.
- Vamos. - Peguei na mão dele e acenei pra Cristina de novo, só querendo entrar no carro do meu pai, chegar em casa e cair na cama.
- Foi engraçado! - Então, ele riu. Riu da própria estúpidisse dele.
- O que o senhor tem na cabeça, hein? A mamãe viu isso? - Tentei soar engraçada.
- Viu! Ela disse que isso não se fazia. - Meu pai sentou-se no banco da frente, enquanto eu sentei atrás e coloquei o cinto de segurança. - Mas foi engraçado. Vou tentar vir todo dia com uma fantasia diferente.
- Nem pensar, papai. - Eu desconcordei e olhei seria para ele, mas acabei rindo da pose que ele fez.
Eu sabia que ele não tinha feito aquilo porque queria me causar raiva ou algo assim. Papai é o tipo daquelas pessoas que enfrentam tudo pra arrancar um riso do rosto da pessoa.
Então, ele fez aquilo por que ele me ama e eu não ia ficar chateada com aquilo.- Obrigada, papai! - Eu disse e minha barriga atrapalhou, roncando. Não havia nenhuma hora que eu tinha comido aquela salada de frutas e eu já tava com fome. - Estou com fome.
Meu pai me olhou, como se não tivesse acreditando no que eu disse.
- E o que eu tenho a ver com isso? - Perguntou.
- ESTOU COM FOME! ESTOU COM FOME! - Fiz um mini escândalo no carro, pedindo que o meu pai comprasse uns biscoitos para mim.
Joguei o cabelo no rosto, esperniei as pernas, balancei a cabeça e tudo mais, até que meu pai parou em um mercado - que ainda estava aberto aquela hora da noite -, e saiu do carro.
Veio um sorriso no rosto quando eu vi o meu pai com três pacotes de biscoitos recheados de chocolate. Ataquei todos eles e comecei a comer ali no carro.
Eu sujei o carro com os faleros? Sim! Devorei todos os três pacotes? Sim! Me importei? Não!
Quando o carro parou na frente do portão que tinha no nosso quintal, meu pai acionou o botão em um controle e o portão abaixou a grade.
Meu pai estacionou o carro na garagem de casa e eu desci do carro, vendo que a minha mãe estava lá em pé, vendo a minha reação.- Como foi? - Perguntou, me olhando curiosa.
- Foi bom. - Respondi, tirando a mochila das costas e jogando no sofá de casa. Minha mãe veio atrás de mim, querendo mais detalhes. - A faculdade é linda mãe, tantas coisas lindas. Ah, fiz uma amiga. O nome dela é Cristina.
Minha mãe ficou surpresa com a minha confissão e depois, já estava feliz.
- Que maravilhoso. - Respondeu e, como se soubesse que eu ainda estava com fome, minha mãe trouxe um prato com arroz, bife, salada, batata-frita.
Eu fiquei tão feliz por ver comida de verdade, que acabei esquecendo tudo e indo comer de verdade.
- Por que permitiu que o papai fosse até a escola fantasiado de Batman? - Perguntei. Minha mãe me deu um tapa no braço, por estar falando com a boca cheia.
- Oxe, o Batman a procura do seu Robin! - Acabei rindo e depois entalando com a comida. - Foi uma estúpidisse, mas ver o trabalho que o seu pai estava fazendo para ir te buscar depois do seu primeiro dia de aula, foi a melhor parte.
Ok. Eu realmente não tinha pensado nisso. Só pensei em comida. Meu pai estava fazendo uma baita trabalho para ir me buscar, quando eu contasse tudo sobre o meu primeiro dia de faculdade.
- Eu amo o meu pai. - Falei e prestei mais atenção na minha comida. - Mas ele é engraçado. -
Neste ponto, minha mãe concordou.- Você comeu? - Minha mãe perguntou de novo.
- Sim. Comeu aquela salada de frutas, três pacotes de biscoitos e esse prato aí. - Meu pai interrompeu, falando por mim.
Madalena prendeu a respiração, como se não acreditasse no que estava ouvindo.
***
Seguinte...
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Idiot - Beijo Raro.
Teen FictionLara Cooper veio da Bahia com a família, para fazer faculdade de psicologia. Até então, as coisas estavam indo super bem, se não fosse um esbarrão que ela havia participado, com um garoto totalmente diferente dos outros. Ele era Edward Fernandes, um...