32| Que merda é essa?

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Lara Cooper

Eu quase não me reconhecia, quando olhei-me no espelho. Eu vestia um vestido longo cinza brilhante, e calcei saltos pretos alto. Meus rosto estava  tapado com uma máscara da mesma cor do vestido, deixando apenas os meus olhos sem tapar.

A maquiagem era leve, pois não queria esconder o pouquinho de sardas que eu tinha.

Cristina havia dedicado muito a essa transformação. O meu cabelo continua solto, somente destacado com algumas pedras brilhantes. Eu usava luva nas mãos, para dar mais o ar de que eu estava com uma fantasia.

- Uau, eu estou... não tenho palavras. - Olhava para aquela pessoa que eu não conhecia. Aquela era a primeira vez que eu havia sido arrumada daquela forma, assim como era primiera festa de verdade que eu iria.

Quando contei para a minha mãe e o meu pai que eu havia ganhado aquele "prêmio" na faculdade, eles deixaram, apesar de eu já ser maior de idade. Para eles, eu continuo sendo uma adolescente ingênua.

- Eu sabia que você ficaria muito gata com essa transformação. Hoje, se Lamar quiser ou Edward, eles terão que correr atrás...- Cristina vestia uma fantasia tradicional: ela estava vestida de mulher gato. Sua roupa era preta e tinha até o rabo na parte de trás. Ela também usou unhas postiças pretas para combinar e o delineador de gatinho.

- Essa fantasia ficou ótima em você, pena que a gente não tenha muito tempo de está falando sobre isso. Vamos! - Olhei de novo no espelho, e virei-me para ir até a porta.

Era hoje. Minhas mãos estavam soadas e elas tremiam de leve.

- Estamos umas gatas! - Ri de Cristina e saímos pela porta, levando dinheiro.

Meu pai levaria a gente até lá, por que ele tinha carro. Com certeza ele ficaria ditando um manual inteiro de como participar de uma festa dessas. Sem bebidas, sem garotos, sem nada.

- Elas chegaram! - Minha mãe disse. - Comece Pedro.

Olhamos para eles. Lá vinha o manual de como não ser estrupadas ou como sobreviver a primeira festa.

- Nunca, jamais receba bebida de outros copos de outra pessoa...- Revirei os olhos.

***

Meu pai estacionou o carro na balada improvisada que o pessoal da faculdade " fizeram." Ela ficava na parte mais isolada da faculdade e eles transformaram-na em uma balada.

- Vocês entenderam o que eu disse. Nada de fazer a coisa errada, viu! Cuide da minha menina, Cristina. - Eu ri do meu pai. Cristina tem a mesma idade que eu, então não teria como ela cuidar de mim.

- Pode deixar. - Ela tirou o cinto e saiu.

- Te amo pai. - Olhei para ele, tirei o cinto e saí do carro, vendo ele dar a ré e ir embora.

- Bora lá, vamos curtir hoje amiga. - Assenti, dando o primeiro passo para entrar na balada lotada.

Quando entramos lá dentro, pudemos ver uma placa em que estava escrito: " Primeira festa da faculdade de calouros."

Dentro daquela casa havia muita gente. Talvez tivesse gente que nem fazia parte da faculdade. Havia um punhado de gente sem fantasia, como também havia gente fantasiado. Ao longe eu vi um garoto com a fantasia do Batman, o que me fez lembrar do meu pai. Vi também, Alerquina, bruxas, fadas, noivas, anjinha, diabinha e etc.

- Ainda bem que aqui não tem ninguém de Gatinha. - Cristina disse, pegando a pulseira que o segurança deu.

Era a pulseira para identificação de quem entrasse ou de que fizesse parte da faculdade.

- Uau! - Exclamei, quando vi aquelas luzes brilhantes.

Uma música soava na caixa. Reconheci a mesma. Era uma música do Gorila Roxo.

Ela não é qualquer uma pra
na mão de qualquer filha da...

- Eu amo essa música! Vamos beber, Lara. - Fiz que não. Eu não era acostumada a beber. Nunca bebi nada alcoólico.

- Você vai beber, nem que seja uma vodka ou um waice. - Assenti. Waice não fazia mal.

- Me ver um uísque e um dose de vodka por favor.

O barmem era muito bonito. Ele também estava fantasiado, só que era algo totalmente diferente do que se esperava ali. Ele vestia uma calça preta e estava sem camisa. Desviei o olhar para não olhar para aquele peitoral.

- Aqui. Aliás, como é o seu nome gatinha? - Pensei que ele estivesse perguntando para mim, mas não, era para Cristina.

- Cristina, mas pode me chamar de Cris. - Ela disse, bebendo sua bebida da cor rosa.

- Nome bonito. - Cris deu risada, enquanto eu olhava para aquela bebida em minha mão. - O meu é Caleb.

- Bonito.

Abri a tampinha e dei um gole, sentindo um gosto mais ou menos na minha boca. Não era assim tão ruim.

Cris ficou conversando com Caleb, enquanto eu saí de fininho. Queria dar privacidade a eles. Fiquei em um canto observando, mas de repente, um movimento apareceu. Era Edward.

Ao contrário de muitos ali, ele não estava fantasiado. Ele vestia uma calça preta rasgadas nos joelhos, botas pretas, camisa preta e jaqueta de couro. Usava anéis, colares... aquele era o verdadeiro bad boy.

Estava lindo, maravilhoso. Ele não iria me reconhece, tampouco chegaria perto de mim, então não havia o que preocupar. Porém, muitas meninas estavam atrás dele, me deixando com uma dor no peito.

Ele agarrou uma loira pelo pulso e estalou um beijo na bochecha dela, fazendo a loira rir orgulhosa.

Queria dizer que não me importei, mas estaria mentindo se dissesse isso.

Quando vi por mim, já havia bebido aquele waice e roubado um copo de um garoto que passava por ali. Lamar chegou ao meu lado, vestido de príncipe. Tinha até a coroa. Estava lindo.

- Você é a Lara não é? - Eu ri, prestando atenção em seu sotaque.

- Sim, você é a magestade Lamar? - Perguntei, fazendo uma reverência. Eu deveria está bêbada?

- Lara, você está linda! - Ele beijou a minha bochecha como sempre fazia.

- Você também. Vamos dançar? - Perguntei, dando uma requentada no ritmo da música.

Agora era uma música sexy É combinava bastante para aquela ocasião.

Lamar aceitou o meu pedido e puxou o meu pulso, me levando até o meio da pista, onde alguns casais dançavam. Ele colocou a mão na parte nua das minhas costas, por que o vestido não tampava.

- Lara, você... érr... você é muito linda...- Ele disse novamente, me guiando pela pista de dança como se eu fosse uma verdadeira dançarina.

- Obrigada, mas você já me disse isso. - Ele olhou em meus olhos. A cor dos olhos dele era castanho-claro, tão diferente da de Edward que era... não! Eu podia pensar nele! Não agora.

- Preciso dizer de novo. - A medida que ele ia falando as palavras, ele aproximava seu rosto do meu. No fim, nossos narizes estavam quase se tocando.

Lamar usou a mão livre para tocar a minha bochecha, aproximando sua boca da minha. O beijo dele era até bom. Nossas línguas se tocaram de leve, enquanto eu sentia o carinho dele não minha bochecha.

Estava até bom, se não fosse o empurrão que Edward havia dado em Lamar, fazendo o sair de perto de mim.

- Que merda é essa? - Ele olhou para mim e pude ver o quanto ele estava zangado.

- A gente...-

- Cala essa sua maldita boca! - Então Edward partiu pra cima de Lamar, enchendo ele de socos.

Será que seria como aquele dia com Jason?

***

Idiot  - Beijo Raro.Onde histórias criam vida. Descubra agora