*****
EDWARD FERNANDES.
Eu não acreditava no amor. Não pensava que um dia poderia existir alguma coisa em meu peito, que me fizesse sentir dor.
Pensava que era só curtir a vida com bebidas, garotas e sexo. Para que vida melhor do que essa? Só em outro mundo!
Preferia curtir os finais de semana com os meus amigos em festas e baladas. Mas na segunda, eu deveria estar bem apresentável, caso eu não quisesse perder os meus direitos como filho de um milionário.
Pensava que minha vida sempre seria a mesma de curtir. Pensava... até Lara chegar.
Ela é uma garota linda, determinada e muito debochado. Tudo nela me deixou fascinado, me deixou com uma atração que eu não sabia até onde ela poderia me levar.
- Ei gatinho, por quê não aproveitamos esses minutos pra curtir um pouco, hein? - Ana Vitória apareceu do meu lado, deslizando as mãos pelo meu abdômen.
- Você está gatinha hoje. - Foi o que eu disse, antes de examinar a garota.
Ana Vitória é aquele tipo de menina que só pensa em uma transa aqui e depois finge que nem aconteceu. Apesar de as vezes eu falar matá-la, ela é boa demais no que faz na cama.
Somos parceiros. Depois que a hora acaba, cada um vai para um lado. Odeio menina melosa que busca atenção o tempo todo.
- Pensei que era todo dia...- Fingiu demência, soltando um riso em seguida. - Então vamos aproveitar?
Puxei-a pelo braço e fomos pro corredor mais escuro e mais isolado da escola. De lá não podia ver muita coisa, mas a gente devia ser cauteloso ali, por que havia salas próximos aquele corredor.
Quando chegamos lá, ela não perdeu muito tempo e já foi logo me beijando. Podia dizer que era um ato-ismo beijar aquela boca dela, por que não sabia onde ela havia colocado ela. Afinal, Ana Vitória não perde tempo de aproveitar uma noite com garotos experientes.
Ainda não sei como ela ainda não pegou uma gravidez. A garota simplesmente não sabe ficar quieta.
Ela começou a beijar o meu pescoço, descendo os beijos para o meu abdômen. Logo, eu havia afastado-a daquele lugar.
Se quiséssemos privacidade, aquele não era o lugar adequado pra fazer aquelas cenas.
Voltamos a nos beijar loucamente. Instantes depois, a alça da blusa dela escorregou, mostrando o seu belo par de seios.
Comecei a beijar aquela área. Mas tipo, senti como se tivesse sendo observado, mas como eu não queria perder tempo, deixei aquela sensação de lado e concentrei-me no que eu deveria fazer.
Estive bem perto de terminar, quando escutei um barulho no corredor. Levantei a cabeça assustada, vendo somente um vulto de cabelos longos passando por ali.
Não quis pensar, mas eu sabia que era Lara que estava ali. Aqueles cabelos longos, eu reconhecia.
Afastei de Ana Vitória, já me preparando pra correr atrás de Lara, quando a garota do meu lado, segurou o meu braço, me impedindo de continuar.
- Onde vai? - Perguntou, subindo a alça da blusa. - Não vai me deixar aqui não, né?
- Tenho que explicar o que aconteceu, por que se deixar a situação assim, vai dar merda pra gente. - Expliquei, observando seu rosto.
- Tá bom. Depois a gente termina isso.
- Se virou e eu fiz o mesmo, correndo pra ver se ainda podia encontrar Lara por aí.Eu estava com medo de acontecer alguma coisa. Se ela abrisse a boca pra inspetora daqui, meus dias estariam contados. Meu pai é severo quando quer e, tinha também, o fato de que ele não ia entregar uma empresa para um garoto que só pensa em garotas, enquanto não quer nada da vida.
Mas foi doloroso ver, que eu não estava só preocupado com o meu pai, eu estava com medo de perder Lara. Aquele simples pensamento, me fez correr mais rápido.
Eu não tinha Lara pra mim. Então com o fui pensar naquilo? Só não sei como, mas a vontade de explicar tudo me fez correr até encontrá-la no banheiro feminino.
Meu coração se apertou. Pela primeira vez. Ela estava chorando, e eu não entendi pelo quê.
Foi óbvio que ela estava chorando por causa da minha babaquice.
Eu só faço merda!
- Lara? - Aproximei devagar, tentando não demonstrar que eu estava preocupado.
Merda! O que eu estava fazendo? Por acaso alguém já havia visto o GRANDE Edward correndo atrás de garotas que choravam? Por acaso eu amava alguma garota ali? Não! Eu não amava, mas só que Lara era diferente.
Ela mexia comigo de alguma forma. Mas as vezes, percebi que era só um desejo de tê-la e nada mais. Depois que a gente ficasse, agiríamos tudo normal de novo.
- O que você está fazendo aqui? Não ver que aqui é um banheiro feminino? - Soluçou na última palavra.
Cheguei perto dela e pela primeira vez, eu não soube com reagi. Então eu fiz o que o meu instinto disse pra mim fazer: A abracei.
Abracei Lara por trás, colocando o meu queixo no topo da sua cabeça. Seu cheiro era tão... feminino e doce. Quis acariciar-lhe o rosto ou enfiar o rosto naqueles cabelos pretos, mas não o fiz.
- Aquilo que você viu não foi nada demais, Lara. - Comecei explicando, me perguntando no fundo da mente, se Lara não estava nem um pouco preocupada com a aula que está acontecendo neste momento. - Eu não gosto dela.
- Não adianta me dizer nada, Edward. - Ela discordou e depois fungou o nariz. - Eu deveria saber que você é o tipo de garoto que não leva nada á sério. Gosta de sequisso - Ela pronunciou o nome errado, me fazendo ri. - ... garotas, festas e bebidas. Pra quem ligaria? - Tentou sair do meu abraço, mais eu não deixei. - Deixe-me ir. Preciso ir!
- Por quê pensa essas coisas de mim? Sabe que eu não gosto dela. - Resmunguei.
- Eu não ligo! - Exclamou e eu afrouxei os braços, permitindo vê-la se levantando.
- Por quê não liga? - Perguntei, observando as expressões em seu rosto.
- A gente não tem nada, Edward! - Deixei de sorrir quando ouvi aquelas palavras. Meu peito trouxe uma dor dolorida, como se aquelas palavras tivesse o atingido em cheio.
- Lara...- Tentei falar alguma coisa, mas ela parou, olhou pra mim e foi se afastando.
- Não temos nada...- Rescitou, começando a correr pra longe.
Não pude deixar de me culpar por ser um idiota. Mas uma voz lá no fundo me disse que eu não deveria ligar tanto para aquilo. Uma noite, uma garota, logo eu ia tirar aquilo da minha cabeça.
Meu medo era de que aquele pensamento fosse mentiroso e o verdadeiro estar certo. O verdadeiro dizia que eu ainda ia ficar de quatro por aquela garota.
****
VOCÊ ESTÁ LENDO
Idiot - Beijo Raro.
Teen FictionLara Cooper veio da Bahia com a família, para fazer faculdade de psicologia. Até então, as coisas estavam indo super bem, se não fosse um esbarrão que ela havia participado, com um garoto totalmente diferente dos outros. Ele era Edward Fernandes, um...