Todo mundo na vida precisa de uma esperança. Uma pequena coisinha que te faz querer levantar de manhã cedo e continuar a caminhar seus mesmo passos, ou até, passos diferentes, quem sabe?
Não precisa nem mesmo ser algo grandioso e magnífico. Às vez...
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Para a sorte de Sarah, ela não precisou passar por nenhuma cirurgia ou algum procedimento mais grave. Apenas fez vários exames e foi medicada e suturada.
Bucky não arredou o pé do hospital nem mesmo para comer, embora não conseguisse se lembrar de quando tinha sido a última vez que colocou algo na boca.
Em sua cabeça, enquanto observava os hematomas de Sarah espalhados pelo corpo e pelo rosto, principalmente, Bucky se culpava imensamente. Afinal, se ele não tivesse feito besteira, não teria tido uma filha. E isso tudo não estaria acontecendo.
Tudo bem, talvez nunca conhecesse Sarah e Matteo não existiria. Mas não teria feito diferença. Afinal, eles nunca se conheceriam…
Se não tivesse sido tão irresponsável e ignorante, Sarah ainda poderia estar pisando em uvas ou vivendo na Itália. Quem sabe não teria casado e montado sua própria família?
Tudo bem… Ela ainda seria uma mutante. Mesmo assim, Bucky não saberia disso. Não tomaria conhecimento da existência de Sarah e nem ela, da dele. Talvez, assim tivesse sido melhor para ela…
Em algum momento, enquanto analisava o monitor cardíaco e esperava Sarah acordar, Bucky pensou, seriamente, em se afastar dela. Afinal, quando ela mais precisou, Bucky não estava por lá para a salvar. Quem garante que não teria uma próxima vez e que, igual nessa, na próxima, ele também não a salvaria?
Ele chegou até mesmo a pegar o celular e discar o número de Lucy para saber se ela ou Frank poderiam ir lá, fazer companhia a Sarah.
Mas a verdade é que não queria ir embora. Não queria deixar Sarah e Matteo. Não queria terminar o que tinham. E embora fosse um pensamento egoísta, Bucky não se importava. Precisava dela ao seu lado.
Observando o rosto sereno dela, Bucky suspirou e encostou os lábios na testa de Sarah, segurando o choro.
Sarah era sua melhor parte. A que fazia com que Bucky quisesse levantar da cama e continuar vivendo. A que fazia ele se sentir vivo e amado. Talvez, Bucky nunca tivesse se sentido assim. Nem mesmo antes de todos os traumas e dores. Ela era sua esperança, a promessa de uma vida melhor. Mesmo que ele não fosse a dela.
Levou duas horas para que Sarah começasse a acordar, ainda tonta e extremamente dolorida. A sensação que tinha, era a de que dormiu por séculos.
O bip incessante de uma máquina fez Sarah perceber, antes mesmo de abrir os olhos (o pouco que conseguiu, devido ao inchaço), que estava em um hospital. Sua visão embaçada captou um movimento à sua esquerda e assim que uma mão gelada tocou a dela, Sarah deixou algumas lágrimas caírem.
