49| Ponto ou vírgula

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Meu coração palpita em meu peito enquanto eu puxo Derek pelo estacionamento, em um minuto ele estava ao meu lado e em outro ele estava em cima de Hunter

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Meu coração palpita em meu peito enquanto eu puxo Derek pelo estacionamento, em um minuto ele estava ao meu lado e em outro ele estava em cima de Hunter. Eu só vi sangue e sangue não vou negar que isso me assustou.

Nunca vi Derek levantar a voz com ninguém na maior parte do tempo, sua voz é passiva, mas quando ele estava em cima de Hunter eu vi um diferente Derek. Um que só queria machucar e machucar, uma pitada de satisfação vibrou por meu corpo. Entretanto, eu sei muito bem que não se resolve briga batendo. Nunca.

Sou a prova viva disso.

Eu olho para os dois lados e vejo Ben comprando pipoca em uma barraquinha, deixo Derek plantando onde ele está e vou em sua direção disparando:

— Surgiu um problema, fique com o meu carro me devolve amanhã à tarde.  — Ben franze o cenho.

— Mas...

Não ouço o que ele diz, eu disparo pelo estacionamento com a adrenalina a todo vapor em meu corpo. Derek está dentro de seu carro preto, com a cabeça caída para trás respirando fundo. Eu entro no banco de motorista dando ignição em seu carro, giro o volante rapidamente e disparo pelas ruas frias e escuras de Town River.

Meu peito sobe e desce freneticamente, eu noto os nós de seus dedos com sangue e questiono ainda olhando para frente:

— Ele... — engulo em seco — Ele te machucou seriamente em algum lugar?  — a preocupação é evidente em minha voz.

— Não. — sua voz saiu fria e distante e um vinco se forma em minha testa.

— Derek...

Não. Não diga nada, eu só quero tomar um banho e esfriar a cabeça. — noto agora que ele trocou a blusa do time por um moletom preto — Só dirija.

Engulo o bolo que se formou em minha garganta e forço meus olhos a não se encherem de água. Passo a língua em meu lábio inferior e falo:

— Não me culpe, Derek. — digo com a voz fraca — Eu tive uma vida antes daqui. Eu era solteira, e eu estava... com problemas. Entretanto, eu podia ficar com quem eu quiser e ter casos.

— E você escolheu um filho da puta. — diz, sarcasticamente.

— É, escolhi. — um gosto amargo toma de conta da minha boca —  Acredite em mim quando eu digo que me arrependo de certas escolhas que fiz no passado, mas você não pode me julgar. Não pode. Você também teve casos e eu não fico no seu pé por isso, fico? Não fico possessiva quando alguma garota olha você como se quisesse te comer ali mesmo. E acredite em mim quando eu digo que isso acontece frequentemente.

Ele suspira fundo olhando para fora da janela. Cerra a mandíbula com força, fazendo a linha do seu maxilar ficar marcada.

Aperto o volante com força.

ARE YOU WITH ME? (FINALIZADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora