Traumas são dificilmente esquecidos ou superados.
Elizabeth Foster, passou por muitos deles. Entretanto, ela não perdeu sua essência de garota doce, o passado lhe mostrou quanto o mundo pode ser cruel e ser quieta era uma das melhores alternativas...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Arranco o carro entre as ruas de Town River, o sol já está se abaixando deixando o céu da cidade em um tom alaranjado. Paro no sinal vermelho respirando fundo.
Ah, merda.
Meu celular toca ao meu lado, atendo pelo o bluetooth do carro pisando no acelerador.
— Alô...
— Cadê você, Elizabeth?! — a voz de Ben praticamente grita do outro lado da linha, ele continua: — O jogo já começou! Eu como um namorado perfeito cheguei no horário certo, e você, minha querida? Cadê a reciprocidade? O amor pelo próximo?
— Eu estou indo! Minha mãe me ocupou o dia todo.
E era verdade, minha mãe queria me mostrar a sua nova empresa ela não parava de falar nisso há dias eu lhe encontrei em sua empresa, mas acabei perdendo o horário. Assim que me dei conta que já era seis e vinte eu voei para o estacionamento.
— E eu não namoro o Derek. — concluo.
— Não namora ainda — ele diz frisando a última palavra — para com essa merda de "ah eu namoro o Derek" porque para mim está claro que vocês têm algo. Agora trata de vir para cá agora! Cu doce do caralho... — ele resmunga antes de desligar.
Bufo brava.
Estaciono o carro na primeira vaga que vejo, pego minha bolsa e saio correndo pela escola indo em direção ao campo de futebol. Algumas pessoas estão andando para lá e para cá para comprar comida, eu passo por algumas pessoas murmurando desculpas. Até que eu esbarro em uma pessoa em especial que segura meu braço:
— Com pressa, Beth? — meus olhos focam em Ryan em uma batalha interna. Esquadrinho o seu rosto, o cabelo num ruivo intenso, o nariz reto com sardas salpicando suas bochechas avermelhadas ele está com a roupa do jogo e, em sua mão, o capacete está pendendo.
— Me solta eu tenho que ir. — esbravejo.
— Pra quê? Está no segundo tempo ainda temos alguns minutos. — ele fala com um sorrisinho de lado.
— Ryan — digo suspirando — Me solta, eu tenho que ir...
— Ver o Derek, hum? Devo dizer que eu estou impressionado por você ter arranjado alguém. Diga-me ele sabe que está pegando uma mentirosa que apanhava de seu próprio pai? Que você o colocou na cadeia? — meu corpo fica estático, minha respiração fica entrecortada. Puxo meu braço da mão de Ryan, dou dois passos para frente o encarando bem perto, o seu sorriso se abre mais. — Uau, agora ela tem coragem de rebater.
— Me deixa em paz Ryan! Deixa o Derek fora disso, agora eu tenho que ir. — passo pelo o mesmo seguindo meu caminho mas meus pés travam no chão quando ele diz:
— Então ele não sabe...Nch, nch, Beth. Que pena eu adoraria ver a cara dele quando souber que sua querida Beth, colocou o próprio pai na cadeia. Queria ver sua cara ao descobrir que você não vale mais que uma puta, que gosta de apanhar. — sua voz ecoa em minha mente, engulo o choro preso em minha garganta.
