Os raios solares entram pela penumbre da cortina. Meus olhos se abrem lentamente e observo os raios amarelados, eu olho para as paredes escuras e me dou conta que eu não estou em meu quarto. Logo as memórias da madrugada viram flashs em minha cabeça e eu me permito fechar os olhos de novo para apreciar um pouco mais.
Sinto um braço enroscado em minha cintura e uma respiração quente e calma em meus cabelos. Seguro o sorriso bobo que se forma em minha boca, pouso minha cabeça em seu peito e ouço seus batimentos calmos. Aprecio o seu torso nu pelo o véu de luz que entra no quarto e ergo a cabeça para ver seu rosto bonito. Os cílios grandes e grossos onde escondem os olhos negros, estão fechados.
Os cabelos escuros caem em sua testa e eu tiro algumas mechas, o nariz reto e fino combina perfeitamente com sua mandíbula retilínea. Os lábios com traços delicados estão um pouco mais avermelhados que o habitual e minhas bochechas coram com o motivo disso.
Quantas horas são?
Tento me levantar, mas seu braço me puxa para ficar mais perto e eu sei que Derek está acordado quando enterra seu rosto em meu pescoço. Dou uma risadinha e beijo sua bochecha questionando:
— Quantas horas são? — minha voz sai rouca, mas carinhosa.
— Meu deus não faz isso. — seu timbre rouco ecoa em meu pescoço, franzo o cenho.
— Fazer o quê? — digo arrumando seus cabelos.
— Não fala com a voz rouca assim, me dá vontade de te comer... e eu acabei de acordar. — sua mão começa a fazer círculos em minha coluna e eu coro violentamente com o comentário.
— A culpa não é minha.
— Ah, eu sei que não é. — sorrio divertida e passo por cima dele ficando sentada em sua cintura. Me estico para pegar o celular na cômoda ao lado.
— Porra, você vai me matar. — com o celular na mão caio de volta para o seu lado. Vejo que já são quase três da tarde e me pergunto que horas fomos dormir.
Vejo duas mensagens da minha mãe avisando que iria voltar para a nossa cidade antiga para resolver alguns problemas, que ficaria fora por alguns dias.
Me pergunto em que problemas, mas logo me contendo que se fosse algo grave ela falaria comigo. Vejo mensagens de Ben e Emily perguntando onde estou. Tarde demais. Ao meu lado Derek volta a cochilar e, dessa vez, ele está de frente. Sei que está acordado pelo o carinho de seus dedos que sobem e descem pela minha coluna.
— São três da tarde. — eu sussurro desligando o celular, me aconchego mais perto dele. Passo meus dedos sobre seus ombros.
— Hmm...
— E minha mãe viajou. — seus olhos se abrem e ele fita os meus.
— Para onde? — questiona, passo o meu dedo na maçã do seu rosto corada naturalmente.
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ARE YOU WITH ME? (FINALIZADO)
RomanceTraumas são dificilmente esquecidos ou superados. Elizabeth Foster, passou por muitos deles. Entretanto, ela não perdeu sua essência de garota doce, o passado lhe mostrou quanto o mundo pode ser cruel e ser quieta era uma das melhores alternativas...