Traumas são dificilmente esquecidos ou superados.
Elizabeth Foster, passou por muitos deles. Entretanto, ela não perdeu sua essência de garota doce, o passado lhe mostrou quanto o mundo pode ser cruel e ser quieta era uma das melhores alternativas...
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Nicotina.
A nicotina é uma substância psicoativa; produz a sensação de prazer. Ela envia sensores para todo o seu corpo, assim, fazendo sua visão ficar mais aguçada assim como faz seu corpo ficar relaxada. Estude isso no primeiro ano.
Agora, vendo uma garota tragar um cigarro eu pensei seriamente em tomar de seus dedos e também dar uma tragada.
Talvez.
E também pensei em chegar ao seu lado e perguntar: como diabos ninguém te viu fumar?
Qualquer coisa para me distrair.
Meu coração batia freneticamente, tão rápido que eu até me assustei. Contudo, quando vi Derek caminhar em minha direção podia jurar que eu ia ter um treco bem ali. Sua voz roca ainda ecoa pela minha cabeça assim como a letra da música, o seu olhar me degustando fazia todas as células do meu corpo borbulhar.
Meu deus.
E quando ele para em minha frente me vejo encurralada entre a árvore atrás de mim e por sua presença marcante. O seu cheiro de colônia masculina, suave, entra no meu sistema.
Como a nicotina.
Derek era como uma droga e eu era uma maldita viciada.
Pisco algumas vezes dissipando os pensamentos e pendo a cabeça de lado sorrindo.
— Gostei da música. — falo tranquila mas o que eu realmente dizer seria: eu amei a música, eu amei sua voz roca, eu amei o significado, eu amei o timbre, eu amei.
— Gostou, huh? — fala colocando uma mão na altura do meu rosto a apoiando na árvore. Minha garganta seca e eu analiso suas pupilas dilatadas e sua respiração quente contra o meu pescoço, subitamente, um arrepio percorre minha coluna.
— Eu amei. — indago com sinceridade. — Obrigada.
Parecendo as palavras certas, um sorriso avassalador cresce em seus lábios e em pouco tempo seu corpo está contra o meu, ele tira a flor dos meus cabelos e a gira em seus dedos.
— Essa era intenção. — sussurra em meu ouvido.
Abro a boca para tentar dizer algo, qualquer coisa, mas não dá tempo já que sua boca se choca contra a minha.
O recebo com o todo o prazer, sua língua desliza para dentro se chocando contra a minha, sinto o seu sabor se misturar com o meu. Meus dedos já estão em seus cabelos sedosos o puxando e suas mãos quentes estão apertando a minha cintura firmemente. O querendo mais perto eu aprofundo o beijo e ele me prensa mais contra a árvore. Meu peito sobe e desce contra o seu e meus dedos exploram sua nuca, ombros e por fim seu abdômen. Uma de suas mãos ainda está presa em minha cintura enquanto a outra está em meu pescoço. Sedente e morta de tesão eu sussurro:
