17| Como um raio

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Porra de escolha que eu tinha feito

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Porra de escolha que eu tinha feito.

Porra de semana.

Porra de dia.

Eu só conseguia olhar para os seus olhos verdes, as pupilas dilatadas estão encarando os meus olhos minuciosamente. Percebo que em certos cantos de suas írises tem faixas azuis.

Porra de mulher perfeita.

Eu tinha sido um escroto, depois que fizemos a primeira parte do trabalho me vi encantado, por tudo nela. E isso me deixou com medo, pois eu nunca tinha sentido algo do tipo, sempre que eu estava ao seu lado eu tinha uma necessidade imensa de fazê-la sorri e se sentir bem. Por quê sempre que eu via o seu sorriso parecia que um circo estava dentro da minha barriga.

Por isso me afastei. Por quê eu estava com medo; um covarde que não sabia o que fazer em relação aos seus sentimentos. Ademais, sentimentos novos nos dão medo e eu fiquei com receio de que se eu fosse falar tudo aquilo que eu tenho vontade ou fazer o que eu tenho vontade quando estou perto da mesma, o sentimento não seria recíproco e se fosse alguma coisa iria dar errado. Muito errado, e eu estou farto de pessoas saindo da minha vida tão rápido como entraram.

Mas não esperava encontrá-la beijando Luke, nunca me senti assim. Acho que um soco no estômago doeria menos do que ver ela beijando outra pessoa senti raiva, não dela e nem de Luke, senti raiva de mim mesmo por saber que eu poderia estar ali. Eu que poderia estar dançando segurando sua cintura e sentindo seu cheiro.

Com toda a certeza suas palavras me abalaram também, acho que o álcool lhe deu certo fogo e coragem para dizer aquilo. Digo, Beth nunca se alterou ao ponto de erguer o tom de voz, e, quando eu vi sua voz com raiva, desprezo e chateação posso dizer que foi como levar um tiro, um tiro que me mostrou o quão errado eu estava.

No entanto eu caí nas suas tentações, quando a vi subindo as escadas, finalizei o mais rápido que pude a música e corri atrás dela.

Me perguntei se valia a pena, me perguntei se eu merecia conversar com ela depois de tudo que eu fiz a ela. Não resisti, assim que eu vi seus lábios vermelhos meu corpo entrou em combustão e eu a beijei. O melhor beijo de toda a minha vida, o melhor gosto, o melhor toque, a melhor sensação. Senti sua boca doce e quente contra a minha foi tudo o que eu precisava para jogar esses pensamentos para os ares.

Ela é a mais linda, a mais gentil e a mais doce.

E era ela que eu queria.

Mas, quando as palavras "Acho que nada mais pode me machucar" saíram de seus lábios eu olhei naqueles olhos que hora estavam brilhosos e felizes, hora estavam distantes e opacos. Eu tinha percebido como ela ficava inerte às vezes, como ficava distante. Eu queria saber o que ela estava pensando ou revivendo nesses momentos.

Passo uma mecha de seus cabelos para trás de sua orelha, faço círculos entre sua jugular e clavícula.

— O que te machucou? — sussurro. Ela levanta a cabeça me encarando, um sorriso fraco sai de seus lábios.

ARE YOU WITH ME? (FINALIZADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora