Traumas são dificilmente esquecidos ou superados.
Elizabeth Foster, passou por muitos deles. Entretanto, ela não perdeu sua essência de garota doce, o passado lhe mostrou quanto o mundo pode ser cruel e ser quieta era uma das melhores alternativas...
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A voz da minha mãe ecoa pela sala, me viro e a vejo sorrindo largamente — Fazia um tempo que você não tocava, Beth. — ela diz se aproximando de nós.
É fazia.
Me levanto ficando ao lado de Derek que está sorrindo gentilmente.
— Oi, chegou cedo. — digo simplesmente.
— A reunião acabou cedo. — fala dando de ombros chegando mais perto ainda sorrindo.
— Mãe esse é o Derek, um amigo da escola. Derek essa é minha mãe.
— Prazer Derek Turner. — Derek diz erguendo a mão para minha mãe que aceita de bom grado sorrindo para ele.
— Kelly Foster. Sua mãe é Liz Turner, não? — pergunta gentilmente.
— Sim, é ela. — ele afirma enfiando as mãos no bolso da calça. Ergo a sobrancelha em questionamento e pergunto:
— De onde a conhece?
— Bom, uma das maiores empresárias daqui não tem como não conhecer... nos encontramos a alguns dias em uma reunião. — diz dando de ombros.
— A senhora que vai fazer o projeto da nova empresa? — Derek pergunta.
— Ah, por favor só Kelly. E, sim, sou eu mesma.
Derek sorri assentindo. Logo eles engatam em uma conversa sobre a empresa, fico calada somente olhando a interação dos dois quando Derek volta para o meu lado e fala:
— Foi um prazer em te conhecer Kelly, mas agora eu tenho que ir para casa. — diz calmamente.
— O prazer foi meu querido. — Minha mãe responde docemente e com um sorriso no rosto.
— Ãhn... eu te levo até a porta. — digo rapidamente envolvendo a mão de Derek com a minha e o puxo para o meu quarto onde ele pega sua mochila e fala:
— Gostei da sua mãe. — diz me acompanhando pela casa.
A conversa deles foi tão natural... e estranho, quero dizer, para mim. Por quê a minha mãe pareceu super empolgada e me lançou um olhar de "Você vai me explicar tudo, mocinha".
— Ela também gostou de você. — digo saindo dos meus pensamentos parando no batente da porta. Derek cruza os seus braços com um sorrisinho de lado.
— Você vai para a festa de Emily? — pergunta casualmente. Não sei, provavelmente sim.
— Acho que sim. — respondo meio duvidosa, tombo a cabeça para o lado esquadrilhando seu rosto. O maxilar marcado, as bochechas levemente coradas, os cabelos escuros caindo despojadamente em sua testa, seus dentes fincados em um canto de seus lábios, a corrente prata em seu pescoço...
— Que bom. — dito isso ele me da um beijo estalado em minha bochecha e se vira indo em direção à sua moto. Assim ele da a partida e quando finalmente não o vejo mais na rua fecho a porta batendo a cabeça no carvalho da porta. Engulo o nó que se formou em minha garganta e mando minha barriga parar de sentir esse frio.
