Tudo o que eu posso dar a ela

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Caralho maluco....!

Foi mal o linguajar aí, mas puta que o pariu hein. Nunca pensei que planejar um pedido de casamento fosse tão problemático.

Quer dizer, já 'tava ligado que eu não levava o mínimo jeito pra escolher as coisas. E do meu lado só tinha sujeito pra atrasar a minha vida - e quando eu falo isso, eu estou falando de sujeito pessoa, e sujeito kwami.

Vamos lá: tentei pedir ajudar pro Nino e foi como se eu tivesse falando com uma porta de tão burro ( eu até me identifiquei porque nós dois éramos dois tapados ) depois fui pedir pra namorada dele, a Alya, e a madame não aceitou que eu fizesse uma festinha particular com a my lady, ah não. Aquela desgramada, queria que eu fizesse uma puta de uma festança na minha mansão já que segundo ela, eu não passava de uma almofadinha desgraçado.

TÁ! DESGRAÇADO TUDO BEM, mas almofadinha?! Porra meu irmão, eu sou o fucking Chat Noir... e e não passo de um grande... almofadinha tarado. APAIXONADO sim, e rico também né, criado com leite com pera, e muito tarado na minha mulher fodasse.

Ah mano, mandei aquela diaba pro inferno. Festão de casamento ok. Isso já 'tava nos meus planos, aliás eu já estava pensando num festão tipo num sítio, com várias comidas, piscina a vontade, geral muito pelado - quer dizer, ANIMADO - dançando, essas coisas... agora o pedido de casamento eu queria uma coisa a DOIS e prontoacabô.

Ninguém queria me ajudar.

Nem os meus amigos e muito menos "os bicho". O Plagg desistiu de primeira, me mandou catar coquinho e foi comer queijo, já a Tikki teve o descaramento de me dizer que não era pra tarar a ladymari depois do pedido, que era só pra gente ficar de boa e de conversinha.

Ai meu pai....

Ai meu pau!

Um problema. Esse povo realmente não me entendia nem um pinguinho. Então eu desisti de pedir ajuda e resolvi seguir os meus próprios instintos felinos - aqueles mesmo que me fizeram entender que eu era o cara amado da minha maravilhosa Marinette quando eu li o diário dela, sem ela saber - ou seja, eu 'tava era muito fodido.

Daí então, eu lembrei que a Mari comentou comigo que ela se lembrava de uma parada que eu fiz quando a gente era mais novo, que foi tipo um encontro por cima de um dos telhados de Paris com pétalas e almofadas espalhadas no chão.

Exatamente. Eu também lembrava desse lance. Um lance muito TRISTE diga-se de passagem. Naquele dia eu me senti tão na merda... um pouco trouxa, um pouco corno, um pouco passado para trás... porque fiquei esperando que ela viesse e ela não veio, e quando aconteceu, eu descobri que estava apaixonada por outro... Que era eu.

E vocês já sabem, que eu... FUI MUITO CEGO E BURRO PARA PERCEBER ISSO!

Ela também né, mas só pouquinho. 'Vamo combina: nós dois fomos completamente cegos e tapados para perceber que as pessoas que a gente sempre procurou para amar e ser amado, 'tavam bem ali na nossa frente o tempo todo.

Enfim, águas passadas, temporadas passadas. O lance era que nós estávamos juntos, e eu estava indo em busca de mais, de que ela ficasse grudada comigo para sempre através das amarras do matrimônio.

Por tanto, vacinado pra não passar COVID pra ninguém e mais do que decidido, na noite pela qual eu programei que seria finalmente o pedido de casamento, eu me transformei em Chat Noir, e fui até a casa dela. Ainda morava com a Alya, apesar de eu ter sugerido que nós fossemos morar juntos, tudo bem. ( Ela tinha me dito que se fosse morar comigo acabaria grávida antes da hora, e eu não pude deixar de concordar, porque era uma verdade verdadeira).

Uma chance pra você gatinho (Ladynoir)Onde histórias criam vida. Descubra agora