O que esperávamos

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É isso aê

Boa leitura e desculpa os erros!

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Depois que a Mari foi para a farmácia, esperei que ela voltasse para ir lá também e comprar um teste de gravidez.

Eu tava que não conseguia me aguentar, porra, parecia que eu tava grávido nessa merda e precisava tirar a prova real.

O que me deixava mais chateado, quer dizer, incomodado, era que ela por si só nem parecia estar ligando. Não que eu quisesse que ela ficasse pilhada como eu, mas poxa, já que estava enjoando e sentindo aquelas coisas estranhas, poderia também querer tirar essa dúvida junto comigo.

E isso me fazia pensar numa coisa que já tava me deixando um pouco nervoso. Toda vez que eu toquei no assunto da gravidez, ela afirmava com todas as palavras que era a menstruação que estava pra descer. Afirmava como se tivesse cem por cento de certeza, mas que talvez, beeem no fundo mesmo, não quisesse ter um filho por hora.

Claro que, por outro lado, ela tinha todo o direito de não querer engravidar, eu jamais iria forçá-la a nada ( ainda que o meu desejo fosse ter um batalhão de filhos na real) eu sempre deixei claro, que era ela que comandava as regras do jogo quando se referia à essa questão.

PORÉM, a situação ali se demonstrou um pouco diferente. Estavamos lidando com a possibilidade do negócio já ter acontecido, então precisávamos descartar todas as opções.

Né não?

Ta. Ta bom, ta bom... eu tava mesmo querendo que desse positivo, mas ao julgar a postura da Mari, que não aparentava não estar mais tão a vontade comigo desde que a agarrei no chuveiro, eu fiquei pensando que precisava ir com muuuita calma com ela, para que a gente não acabasse por ter um momento zoado justamente na nossa lua de mel.

Tratei de esconder bem aquele pacote do teste de gravidez para que ela não visse de jeito nenhum até podermos ter uma conversa tranquila sobre aquilo no hotel. Eu não iria esperar para que voltássemos, nem que fosse depois de termos ido para a praia, jantarmos, feito amor... eu iria pedir para que fizesse esse teste.

Beleza. Com tudo mais que resolvido entre eu e mim mesmo, partimos para a nossa "mini aventura". A viagem foi tranquila até. Fomos de primeira classe é claro, convesando, curtindo bastante, tirando fotos, bebendo champanhe.... o clima tava bom. Acho que pela primeira vez, naqueles anos todos que estive ao lado dela, tudo o que eu queria era que ficassemos em paz. Não precisava fazer amor, nem ficar tarando ela, apesar dela estar linda, sempre linda... eu só queria estar ao seu lado, desfrutando de tudo o que tinhamos esperando por tanto tempo que acontecesse.

Quando chegamos no hotel no dia seguinte, estava cedo, então resolvemos largar as malas no quarto, dar uma garimpada no visual, colocando algo mais leve e fomos passear, dar uma checada nas redondezas.

Cancún era bonita pra caraca, sempre tive vontade de conhecer, e ao lado da Marinette tudo parecia muito mais perfeito, porque ela parecia fazer parte daquele ambiente paradizíaco.

Andamos um pouco pela orla da praia que ficava logo na saída do hotel até um barzinho, onde sentamos para tomar alguma coisa. Eu acabei abrindo todas as minhas brechas pra ela mexer comigo, porque fiquei parado com o olhar em seu rosto, seus cabelos que voavam pelo vento que vinha do mar.

- ... o que foi? - ela me pergunto rindo enquanto bebia do seu drink.

- ... to te admirando my lady.... você... parece que saiu daquelas ondas.

-... como assim?

- Parece que você é uma sereia, que resolveu criar pernas e vir até o meu encontro.

- Olha... um novo elogio. My Lady, princesa, Bugboo... agora é sereia?

- Ah eu tenho vários, uma cartela pra você escolher. Apesar de que o meu preferido, sempre será "my lady", porque tem o my antes de lady, e você é minha.

- Que mentira, você gosta é de me chamar de Bugboo.

- Gostava mais... quando você ficava bravinha comigo. Eu me amarrava te ver saindo com o nariz empinado...

- E com a minha bundinha empinada, resmungando, certo?

- Você me conhece muito bem.

- Uhnnn...

- E do que você gosta que eu te chame?

- ... pra te dizer a verdade?

- Uhum.

-... gosto de... "Senhora Agreste". - novamente ela riu, dando uma risada tão gostosa de ouvir que o meu coração se apertou no peito apaixonado. Parecia até que estavamos vivendo um primeiro encontro. -...é que isso me faz lembrar da época que eu escrevia no meu diário, eu ficava colocando lá... essas coisas.

- As nossas iniciais juntas...

- Adrien por favor... para... não me lembre dessas coisas bregas.

- Brega, cê diz?! Como assim brega? Você esta chamando o nosso amor de brega?!

- Não foi isso que eu quis dizer seu bobo!

- Então ta bom, já que você considera aquelas coisas lindas que você escreveu de brega...!

- Coisas lindas Adrien? Onde " um dia seremos felizes casados e com um hamster" é lindo? É brega sim senhor!

- Oia, você ta me magoando, eu te dei um hamster!

- Sim, o bolotinha solidão. Ele é um bom menino. E o senhor me deu um hamster porque leu o meu diário!

- Eu li sim, e quer saber de uma coisa, gostei muito de ter lido tudo que estava escrito lá, só não li mais porque fiquei muito chocado em saber que você gostava de mim.

- Olhaaaa.. que safado...!! Então você admite!

- Aham, e quer saber de outra coisa, Senhora Agreste?

- Quero.

- Eu vou fazer uma coisa muito brega agora, pra você aprender, o que é ser brega. Se liga só.

- Ai meu Deus... Adrien...Adrien...! Volta aqui, o que vai fazer?!

Ah filhão... ela tinha mexido com a porra do meu ego em todos os sentidos. Tanto o meu Adrien e o meu Chat Noir interior. Como poderia chamar aqueles sonhos de brega, se tudo o que eu queria ter com ela era a mesmíssima coisa... tanto o casamento, quanto os filhos, quanto o hamster!

Eu não podia admitir que ela sentisse vergonha do que sonhamos para nós dois, então, eu resolvi caminhar pela praia, escrevi as nossas iniciais e de onde estava, com ela me olhando e mais algumas pessoas, demonstrei o quanto a amava e o quanto poderia ser brega também.

- Olha aqui meu amooor! Nossas iniciais na areia como você escreveu no seu diáriooo!!

- Adrien! Para seu maluco!!

- Eu te amooooo!! Vem cá gostosa!

Comecei a rir porque o rosto da Mari ficou da cor de um tomate. Provavelmente iria me matar, mas eu continuei fudendo com tudo.

- Vem cá amor! Vem ver o que eu fiz!! Te amo!!

- Ah meu Deeeeus...!! Já vou já vou!!

As pessoas que estavam no bar que dava para a praia começaram a rir e fazer comentários sobre nós dois, mas eu tava pouco me fudendo e queria fazer mesmo showzinho pra aquela gente entrometida, pois no momento que a Mari se aproximou, nem deixei que ela falasse nada, a peguei e dei um beijão na sua boca.

Não ia ter jeito não, a gente ia acabar virando assunto naquele lugar nos próximos dias, porque eu ia causar.

Uma chance pra você gatinho (Ladynoir)Onde histórias criam vida. Descubra agora