16- Fifthy points to Slytherin

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- O que você tem á ver com a Merlin?! - Saorise ralhou em defesa do amigo, e a discussão no jardim continuava.

   - Silêncio! - Snape finalmente interviu. - Senhorita Merlin...- a garota o olhou receosa. - Senhor Malfoy agiu em sua defesa?

    - Sim, senhor. - Respondeu em alto e bom som e os alunos cochicharam ainda mais.

    Snape olhou em volta e encarou Cedric com ódio antes de voltar ao seu rosto comumente inexpressivo.

   - Não pensem que eu não estou...á par...da situação. Levem Diggory para a ala hospitalar. - Os Lufanos logo se retiraram, com o amigo em mãos e olhares de nojo e desprezo diretamente para os Sonserinos. - Isso foi completamente imprudente e impulsivo... No entanto... 50 pontos para a sonserina e Draco Malfoy, pela fidelidade e bravura ao defender os de sua casa.
     Os cochichos aumentaram e Ella queria enfiar o rosto no chão. Theo lhe afagava as costas tentando tranquilizá-la.

   - De volta ás aulas! Todos vocês! - O professor ralhou, saindo dali enquanto os alunos se separavam.

    Malfoy se jogou em um dos bancos do jardim, se sentindo um animal. Ele nunca, jamais havia brigado com as próprias mãos, muito menos por outra pessoa, mas fugiu de seu controle. Pucey, Crabbe e Goyle tentavam o acalmar inutilmente, o menino apertava suas mãos machucadas com o sangue do inimigo, e se sentia orgulhoso, mas ao mesmo tempo, como um animal incivilizado.

     - Draco...- Levantaram o olhar para a menina parada á sua frente ao lado de Slughorn.

    Draco se levantou, a olhando irritado e frio, afinal, tudo aquilo era culpa dela, ele havia agido como um neandertal, que briga com outro por uma mera mulher, e o pior, ele não se arrependia.

    - Aprenda á lutar suas próprias batalhas, Merlin. - Esbarrou em seu ombro, saindo dali.

     Ella sentiu seus olhos arderem novamente. Sua vida às vezes mudava de uma hora para a outra, literalmente virando de cabeça para baixo, e tudo que ela queria, era acordar desse pesadelo. Theo estava tão surpreso quanto ela, sentia que seu coração poderia pular para fora do peito depois de tantas emoções.

     - Slug...- o olhou com os olhos cheios de lágrimas e o menino entendeu seu olhar, abrindo os braços para uma Merlin chorosa, que pulou em seu abraço.

    Ela não se permitia fraquejar, mas ali, em meio á tanta confusão, se permitiu ser mais uma vez quem ela era antes de tudo, antes da profecia. Ali, no abraço do amigo, ela se permitiu ser humana. Não estava entendendo mais nada, Tom Riddle vivo, Cedric sendo um idiota, Draco não sendo um idiota, Snape querendo lhe mandar de volta para a Inglaterra e a escola inteira sabendo sobre uma noite entre ela e Diggory.

       Se soltou do abraço do dele, respirando fundo e colocando de novo seu rosto intimidador, frio e irônico. Ela foi em direção às masmorras, a próxima aula seria de poções. Droga, ela era tão estúpida! Pra início de conversa, há um ano atrás ela nem sequer deveria ter dado bola para Diggory, deveria se focar em seu objetivo, no porque estava em Hogwarts. Entrou na sala do pai, recebendo um olhar carrancudo em resposta ao seu atraso.

    Olhou em volta para perceber que quase todos já tinham dupla, a aula era junto com os Grifinórios. Em um canto da sala, viu Granger, Potter e Weasley sentados amontoados em uma mesa, Theo estava na primeira mesa, ao lado de uma Beth sorridente. Suspirou, tentando decidir com qual dos grifinórios insuportáveis ou comensais encubados se sentaria, afinal, só sobravam sem par aqueles que realmente eram insuportáveis.

     Se sentou calada ao lado de Pucey, o menino loiro estava sentado na mesma á frente de Potter e seus amigos e atrás da mesa de McLaggen e uma outra garota Grifinória. Ela nunca havia tido mais que uma ou duas conversas com o garoto, apesar de ser menos provocante do que Malfoy, também era um dos Sonserinos obcecados pelos sagrados vinte e oito e a supremacia puro sangue.

'Till Forever Falls Apart - Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora