Capítulo 9

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Nova Petrópolis - Rio grande do sul...

Aisha Beatriz.

Acordo com os leves raios de sol, que passam pela cortina escura.

Apalpo o colchão do meu lado, e Saul não está mais na cama.

Olho para os lados, a procura do meu celular que está em cima da comoda no canto do quarto.

Vejo um roupão de seda azul escuro dobrado aos meus pés, me levanto e o visto dando graças que é de mangas cumpridas, no chão um par de pantufas que também coloco nos pés.

Verifico as horas, que são exatas 06:00 da manhã, e me pergunto onde Saul pode ter se metido tão cedo?

Estico meus braços para o alto me espreguiçando, andei devagar até a porta, e olhei para as escadas, a casa estava em um silêncio total.

Apenas escutava meus proprios passos arrastados por conta do frio.

Saul não parece estar em casa, não ouço um mínimo ruido se quer.

Vou a pequena cozinha, e resolvo preparar o café, olho nos armários e na geladeira.

Após colocar a água do café para ferver, passo a fazer a massa dos biscoitos, preparo o forno, e unto as assadeiras.

Quando estou colocando-as para assar, a porta da sala se abre, e Saul vestido em um conjunto moletom preto passa por ela a trancando.

- Ah oi. - Ele se mostra surpreso. - Bom dia gata.

- Oi, bom dia. - Respondo sorridente vendo ele deixar as chaves e a carteira em cima da bancada que separa a cozinha da sala.

- Huuum que cheiro gostoso, o que você está fazendo ai? - Ele se aproxima por trás de mim, que estou encostada na bancada coando o café.

- Sente-se, os cookies estão quase prontos, aonde você foi? - Pergunto curiosa. - Desculpa, não é da minha conta. - Digo sorrindo quando ele demorou a responder.

- Tudo bem. - Ele alisa meus braços, e beija o topo da minha cabeça. - Fui correr um pouco. - Ele pega duas xícaras no armário acima de mim.

- Antes das 06:00 horas da manhã em pleno domingo? - Me viro para olha-lo, e o vejo rindo de mim. - O que?

- Fora que você está muito sexy vestida com meu roupão? - Levanto uma sobramcelha. - Eu saiu para corrida matinal todos as manhãs antes do dia clarear. - Ele ri.

O forno apita, me avisando que os cookies estão prontos.

- Deixa comigo. - Ele toma a frente, veste uma luva de pano, e retira a assadeira do forno.

Me sento em uma cadeira da pequena ilha, vendo ele colocar os cookies em um prato grande de porcelana.

- Prontinho. - Ele empurra o prato até mim, e enquanto eu estico o braço e pego a garrafa com café, ele foi a geladeira pegar o leite.

Nos sentamos um ao lado do outro.

- Nossa, eu adoro um cafezinho com leite passadinho na hora. - Sirvo a mim e a ele, já bebendo o meu em seguida.

- Eu tenho cafeteira sabia? - Seu tom é divertido. - Não precisava de todo esse trabalho por um café. - Ele toma um gole.

- Não gosto de cafeteiras, prefiro ele passado manualmente. - Explico.

- E não é atoa, está maravilhoso. - Ele toma um gole, e em seguida morde o cookie - Os biscoitos também estão deliciosos. - Ele morde mais um pedaço.

Seiji Matsuno. A Paixão Do Mafioso[1]Onde histórias criam vida. Descubra agora