Seiji Matsuno. A Paixão Do Mafioso[1]

Capítulo 17

Seiji Matsuno.

Liguei para Benjamim, e mandei que reunisse nossos homens, e me esperassem prontos para agir.

Estava possesso de odio, aquele maldito não sabe com quem mexeu, cutucou a onça com vara curta.

Diogo já estava melhor quando entramos no helicóptero de volta para casa, Aisha não disse uma palavra desde que perguntei se ela estava bem.

Estacionei no jardim, dando de cara com a grande muralha de soldados me aguardando com Nara e Benjamim a frente deles, que caminham na minha direção assim que saio do carro.

- Seiji o que houve? - Nara pergunta preocupada.

- Ligue para todas as máfias do Japão, eu quero soldados a postos em todas as estradas de saidas do país, mande um alerta para os aeroportos, nenhum avião sairá sem a minha permissão.

- Em busca de quem chefe? - Benjamim questiona.

- Andrei Dorian, ex-sócio do Belmond Hotels & Risorts - O encaro, e ele acena com a cabeça em confirmação. - Nara quero total acesso a todas as câmeras do Japão, fale com nossos contatos na Polícia e mande que direcionem qualquer informação diretamente a mim.

Nara estava prestes a obedecer minhas ordens, quando olhou por cima do meu ombro e viu Aisha com Diogo atrás de mim.

- O que essa garota faz aqui? - Seu tom não esconde sua irritação.

- Dei a você uma ordem Nara, apenas obedeça. - Falei ríspido, ela me encarou por alguns segundos, mas logo abaixou a cabeça.

Fui até Aisha que se distraia olhando para a casa, e pedi que me acompanhasse, ela não questionou, nem reclamou, apenas caminhou comigo.

Demos a volta no jardim até meu escritório, entrei e pedi que ela fechasse a porta.

Me servi de uma dose de whiski, e fechei meus olhos ao tomar um gole, quando retornei a abri-los olhei para ela que estava extremamente quieta.

- O que mais sabe sobre Andrei? - Observo seus olhos azuis me observarem com espanto.

- Tudo o que eu sei, falei na sua frente. - Falou baixo.

- Não minta para mim. - Bati a mão na mesa fazendo ela pular de susto na cadeira. - Minha vida virou um inferno desde você cruzou o meu caminho, maldito dia que não dei um fim em você.

Encarei seu rosto, os lábios tremiam, os olhos estavam marejados era visível seu medo de mim.

Comecei a caminhar de um lado para o outro, sem tirar meus olhos dela.

- Por sua causa tudo o que planejo dá errado, tomei um tiro que quase me custou o braço, perdi varios soldados em uma guerra por você, Diogo quase morreu, e para piorar sai na mão com meia-duzia de homens que tentaram nos matar, você só me trouxe problemas garota, então vou perguntar mais uma vez. - Me aproximei dela que estava sentada e coloquei uma mão em cada braço da cadeira a cercando. - O que mais você sabe sobre Andrei?

As lágrimas desciam seu rosto, e eu podia ouvir com clareza os soluços abafados que ela tentava segurar.

Diogo entrou no anexo, e me puxou pelo braço parando entre mim e ela.

- Aisha me espera lá fora. - Ele diz, e rapidamente ela se levanta e sai fechando a porta.

Me sentei atrás da mesa, e Diogo se ajeitou na cadeira onde ela estava.

- Você podia pegar leve com ela, a garota está com medo.

- Não me importa, ela sabe mais do que disse Diogo. - Falo com irritação.