Capítulo 49

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Seiji Matsuno.

Tirei a semana para distrair Aisha, mesmo que eu não fosse muito fã de passeios. Ela havia me dito que sempre achou o Japão um país incrível, então resolvi apresentar um pouco mais da minha cidade a ela.

Comecei pelo "Museu Edo-Tokyo" que conta o percurso de uma pequena vila de pescadores, ao poderoso centro econômico global. Tudo aqui visa dar uma clara ideia do cotidiano do cidadão comum, é um lugar bem interessante para se compreender a evolução social da cidade.

O dia seguinte estava perfeito para um passeio no parque, fomos aos "jardins Hamarikyu" que mantém um espaço natural e verde entre os arranha-céus reluzentes, são um símbolo da calma no coração da cidade. No almoço pegamos um barco para uma tradicional refeição leve na casa de chá flutuante.

A levei na galeria de arte digital "TeamLab Borderless" onde logo após entrar, já estavamos rodeados de flores e borboletas virtuais de todas as cores em uma espécie de labirinto, chegamos na "Crystal word"  que combina espelhos com inúmeras mangueras de LED penduradas do chão ao teto acendendo e apagando em cores e frequências diferentes, e por último quase na hora do fechamento foi o "Forest of Lamps" a sala é completamente espelhada tanto as paredes quanto o chão e as lâmpadas vai aos poucos mudando de cor, e direção a saida ainda passamos pela "Memory of topography"

Quando saimos para fora o sol estava quase se pondo, e Aisha tinha um grande sorriso no rosto e um olhar extremamente brilhante.

Com toda certeza valeu muito a pena, mas ainda não havia acabado.

Faltava algo para completar está noite, e eu tinha o lugar ideal para fecha-la com chave de ouro. "Tokyo Sky Tree" Uma das torres mais altas com observatório situado a 450 metros de altura.

Peguei sua mão entrelaçando nossos dedos, e passamos direto da fila direção ao elevador que é uma caixa de vidro, Aisha sorria mais a cada metro que nos afastamos do solo e eu realmente gostei de ver isso.

As portas se abriram no grande Lobby todo em vidro, oferecendo a panorâmica de até 70 km da região metropolitana de Tóquio.

Nos aproximamos um pouco da parede, rodeei os braços na sua cintura e Aisha encostou a cabeça no meu peito. Assistimos ao por do sol e vimos a cidade se iluminar com o cair da noite.

- Simplesmente Magnífico. - Sua voz estava baixa e suave. - É a coisa mais maravilhosa que já vi. - Beijei o topo de sua cabeça e permanecemos ali por mais alguns minutos.

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No caminho para casa Aisha estava contente e falando o que mais gostou hoje, quando pelo espelho lateral eu notei três SUVs atras de nós.

- Aperta o cinto de segurança. - Pisei no acelerador.

- Mas o que está havendo? - Ela gritou com o solavanco.

- Faça o que eu disse. - Rosnei, e ela obedeceu. - Estamos sendo seguidos. - Fiz uma curva arriscada em uma esquina para tentar tira-los do nosso pé.

- Quem são Seiji? Você sabe? - Ela olhou o espelho retrovisor, e quando eu ia responder um tiro acertou o vidro traseiro o estourando e a fazendo gritar e outro acertou a lataria.

- Porra. - Apertei mais o volante. - Abaixe a cabeça.

Dirigia em zig-zag me afastando do centro lotado, enfiei a mão no bolso do blazer, peguei meu celular e entreguei a Aisha.

- Ligue para Benjamim. - Abri o porta-luvas e peguei uma 380 que sempre mantinha ali para casos como esse.

Segurei o volante com uma mão e comecei a atirar para trás, alternando a visão entre os carros e a estrada.

Seiji Matsuno. A Paixão Do Mafioso[1]Onde histórias criam vida. Descubra agora