Capítulo 32

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Seiji Matsuno.

Passo pela porta feito um furacão, ouço a voz alterada de Diogo vindo da sala de jantar, sigo até lá e o vejo passando ordens a Nara e Benjamim.

- Diogo quer me explicar o que foi que aconteceu? - Falo já alterado.

- Aisha conseguiu sair da mansão. - Diogo começa. - As buscas foram expandidas para fora de Tóquio como você mandou, a central de trânsito está analisando minuciosamente cada imagem das câmeras de rua, temos um batalhão de soldados e a polícia a procura dela.

Yuna cruza a entrada carregando uma bandeja com uma garrafa de uísque e dois copos, deixa sob a mesa e se retira.

"Santa Yuna, é como se ela tivesse adivinhado"

- Ela não deve estar longe chefe. - Benjamim diz tranquilo e com naturalidade.

A fala dele me deixa mais irritado do que eu ja estou.

- Fazem 34 horas que ela sumiu, e por acaso alguém aqui tem sinal dela? Então não venha me falar que ela não deve estar longe. - Passo a não pelos cabelos em um ato nervoso. - Subestimaram-na, acharam que um bando de homens armados intimidaria ela? Veja no que deu, Aisha não tem medo de morrer e você já presenciou isso, a essa altura é perigoso ela já ter cruzado a fronteira.

- Deveria ter colocado um ponto final nisso quando teve a chance Seiji. - Nara fala com arrogância. - Ao invés de tranca-la e mostrar quem é que manda, deu liberdade a ela.

- Cala a porra da boca Nara, você não passa de uma subordinada aqui. - Cuspo as palavras afim de coloca-la no lugar dela. - Quero que vá procurar com os outros agora. - Aponto para a saida.

Ela arregala os olhos, mas não tem ousadia o suficiente para bater boca comigo, e para não passar vergonha logo abaixa a cabeça e sai.

- Benjamim coloque todos os nossos homens na rua, principalmente em pontos estratégicos, ofereça uma recompensa milionária para quem achar ela viva, quero a equipe de TI monitorando as gangues, se derem um passo eu quero saber, e se não tiver qualquer noticia dela em até 5 horas, pessoas vão começar a morrer começando por você. - Aponto o dedo na direção dele.

- Sim senhor chefe. - Sai as pressas para cumprir minhas ordens.

Sirvo uma dose e viro de uma vez, caminho de um lado para o outro, tentando acalmar o demônio dentro de mim.

Nervosismo não chega nem perto do que estou sentindo neste momento, talvez raiva de mim mesmo por não estar aqui, medo dela acabar em mãos erradas, e preocupação por imaginar pelo o que possa está passando.

- O que essa garota tem na cabeça? Sem dinheiro, sozinha, sem ter para onde ir, sem conhecer ninguém, e num país qual ela não sabe se comunicar. - Sentia a raiva correr em cada veia do meu corpo.

- Eu conversei com ela Seiji, ela não estava com raiva, e sim chateada pelo modo como a tratou, "Estrelinha" não é seu apelido, ela realmente não sabia de Franco.

- Eu sei. - O encaro e suspiro ao respirar fundo. - Zayn é um imbecil, mas amava a filha a ponto de colocar seguranças para vigia-la de longe, sem que ela ao menos imaginasse.

- Ele disse algo que te convenceu? - Balanço a cabeça positivo. - Saiu algo de bom dessa conversa?

- Tudo o que escutei, ele sempre soube do romance da filha com o professor casado, mas foi covarde demais para interferir, ele sabia de cada passo dado por ela.

- Espera ai, então ao invés de protegê-la, ele apenas a observava? Isso é ridículo.

- Não era nada tão urgente que merecesse sua atenção, ele não viu quem a pegou naquele dia, e pensava que Aisha havia morrido.

Seiji Matsuno. A Paixão Do Mafioso[1]Onde histórias criam vida. Descubra agora