Capítulo 34

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Seiji Matsuno.

Não queria ser grosso com ela, mas o alívio de acha-la sã e salva se misturou com a furia por tudo o que senti ao imaginar que algo ruim possa ter acontecido.

O melhor para ela foi tranca-la no quarto e evitar vê-la por aquele momento, pois eu ainda estava fora de mim.

Porém posso dizer que paguei um preço alto, pois desde que voltou a dois dias atrás, tem agido como se eu nao existe.

Tentei conversar no café da manhã, mas assim que me sentei a mesa ela se levantou e saiu sem nem olhar para mim.

Porra o que essa garota quer de mim? Um pedido de desculpas? Que eu rasteje atrás dela? Que me humilhe pela sua atenção? Nunca precisei pedir desculpas, e nem sei como é que se faz isso, e suas atitudes além de me deixar frustrado e puto da vida, ainda me magoa por não ver mais o sorriso dela.

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Bati com raiva a porta do escritório ao entrar, Aisha me deixa de um jeito que não se lidar com nada. Pelo menos está sobre meus olhos novamente e não sairá nunca mais.

Sem nem perceber já tomei quase metade da garrafa de uísque, estou cansado sem ter feito nada, estou nervoso sem necessidade, estou confuso sem saber o porquê preciso descontar minha raiva, então coloco a proteção nos dedos e começo a socar o saco de pancada com vontade.

Tenho o controle de um país inteiro, e forte influência em outros vários, já tive inimigos que deram tudo pela minha cabeça, já passei por cada situação que quase me mataram, e ao invés de me preocupar com meu trabalho estou aqui remoendo meus pensamentos por causa da atenção de uma mulher.

- CARALHOOO. - Dou um chute com toda a minha força, querendo de algum jeito acalmar o que sinto.

Diogo entra no exato momento em que paro para recuperar o fôlego.

- Nossa, que clima ein. - Se joga no sofá. - Ela continua te dando um gelo?

- Pior, é como se eu não existe. - Passo a mão pelos cabelos úmidos de suor.

Diogo começa a rir me deixando mais fodido do que já estou.

- Porra Seiji, eu sabia que ela havia mudado algo em você, mas não imaginei que estivesse apaixonado.

- Não fala besteira, sabe que isso para mim não existe. - Volto a bater no saco a minha frente, dessa vez imaginando ser a cara de Diogo ali.

Suas gargalhadas se tornam mais altas, e estou a ponto de explodir com ele também.

- Porquê não assume o que está sentindo? Fala para ela que errou, e lhe dê um voto de confiança.

- A única coisa que sinto é a raiva que corre por cada gota do meu sangue, e em cada veia do meu corpo. - Paro novamente, e volto ao escritório me sentando atrás da mesa.

- Ah para de drama. - Faz pouco caso. - Só está assim porque nunca foi ignorado por ninguém.

- Exatamente, quem ela é para me tratar como se eu fosse um nada?

- Aisha Beatriz Ibrahim, a garota que tomou sua mente seu ser e esse coração de pedra ai que você carrega. - Fala sarcástico.

- Vai se foder Diogo. - Jogo um lápis nele que desvia e volta a rir.

- Seiji agora vou falar sério. - Ele se levanta e senta na cadeira a minha frente. - Cara eu nunca vi você assim, Nara nem chega mais perto de você, e Yuna está ficando preocupada, ela já ta achando que algum cachorro raivoso andou te mordendo, eu não ando reconhecendo, e olha que ninguém sabe de você melhor do que eu. - Ele cruza os braços e me encara, respira profundamente. - Vamos extravasar como antigamente, escuta Lis sai do hospital daqui a pouco, hoje a noite vamos ao Barontine Club, porque você e Aisha não vem com a gente? - Me analisa com o olhar.

Seiji Matsuno. A Paixão Do Mafioso[1]Onde histórias criam vida. Descubra agora