Capítulo 45

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Aisha Beatriz.

É tão reconfortante estar nos braços dele novamente, poder chorar no seu ombro e lamentar tudo o que ocorreu, é aliviante saber que pude mudar o trageto de um caminho cruel, e salvar não somente a vida de meu pai mas também da minha melhor amiga.

- Eu amo você papai. - Espalho beijos por todo seu rosto, e ele ri com minha infantilidade.

"Infantil" É assim que me sinto com ele neste momento, brincando e sorrindo aliviada e feliz como quando eu era pequena.

Almoçamos e conversamos sobre tudo um pouco, independente dos erros ou acertos do passado, claro que haviam alguns pontos que precisavam voltar aos seus lugares, e tiramos isso de letra colocando todas as cartas na mesa.

Foi um dia mais que agradável, que passou rapido demais.

- Boa noite querida. - Papai beija minha testa, e me cobre com um lençol fino.

- Boa noite pai. - Ajeito o travesseiro, ele sai e deixa a porta entreaberta.

Viro-me de um lado para outro tentando achar alguma posição que desencadeie o sono, mas não tenho sucesso algum.

Acostumei dormir nos braços de Seiji, sentindo o calor de seu corpo, prestando atenção na sua respiração e ouvindo as batidas do seu coração.

Preciso de algo que acalme essa ansiedade, então me sento na beirada da cama e pego o celular, disco seu número que chama quatro, cinco vezes e cai na caixa postal.

Frustrada e pensativa, a vontade é lhe enviar uma mensagem, mostrando o quanto estou magoada por ele nem se quer me mandar um SMS com a frase "Boa Noite" mas meu coração traiçoeiro não sabe guardar rancor daquele cretino lindo e gostoso.

Então puxo o ar o mais forte que consigo e solto bem devagar, escrevo uma mensagem fofa porque não sei me expressar quando se trata dele, envio com um emoji de beijo, coloco o aparelho de volta na mesa do abajur e me deito pensando nele, e só assim o sono me alcança.

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Abro os olhos procurando pelo quarto, com a esperança de encontra-lo em algum lugar, e fico um pouquinho desapontada.

"Pare imediatamente com isso Beatriz" minha mente grita comigo.

Levanto, me espreguiço e vou tomar um banho, vasculho a mala e pego uma calça jeans, uma resgata e um salto baixo, deixo os cabelos para secarem naturalmente, e saiu a procura de meu pai que está sentado na cabeçeira da mesa de 6 lugares, lendo seu jornal.

- Bom dia. - Beijo sua bochecha e me sento ao seu lado direito.

- Bom dia princesa. - Afasta o jornal para me olhar. - Dormiu bem querida?

- Sim. - Minto. - Como um anjo. - Minto mais ainda e sorrio.

- Que bom, tome seu café que vamos ao shopping daqui a pouco.

- Porquê? - Coloco um pouco de café na xícara.

- Porque essa noite haverá o jantar beneficente anual, e adivinha onde vai ser?

- Aqui na Flórida? - Arregalo os olhos surpresa, e ele balança a cabeça confirmando.

Esse jantar de gala é promovido por nossas empresas cada ano em um país diferente, somente com pessoas da mais alta classe, onde o intuito é arrecadar uma enorme quantia para as famílias carentes.

- Quero minha herdeira e futura dona da empresa neste evento. - Fico tão feliz com suas palavras que meus olhos lacrimejam.

- Será um prazer. - Respondo orgulhosa. - Só preciso avisar o Seiji.

Seiji Matsuno. A Paixão Do Mafioso[1]Onde histórias criam vida. Descubra agora