Seiji Matsuno. A Paixão Do Mafioso[1]

Capítulo 14

(Foto de Carlito a cima)
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Aisha Beatriz:

O dia já havia amanhecido e faziam poucas horas que eu havia dormido...

Durante a madrugada andava de um lado para o outro, pensando e pensando em alguma estratégia, ou até um jeito no qual eu possa sair correndo de perto desses homens.

Pensei em fingir passar mal, mas com certeza serei capturada antes de chegar na saída dos fundos do hospital, pensei em gritar, mas posso acabar colocando muitas pessoas em perigo e causar uma guerra no meio da rua, tentei sair escondido, mas há homens espalhados por todos os cantos lá fora, e depois de voltar completamente derrotada para o quarto me sentei no tapete, encolhi as pernas e as abracei, desistindo da minha "pose de durona".

Tem poucos minutos que abri meus olhos, e agora observo o relógio na parede marcando 08:23am, mas sou interrompida por batidas na porta.

- Espero que esteja vestida. - A voz abafada de Diogo vindo do outro lado da porta, ganhou um tom mais elevado quando a mesma se abriu, e ele entrou sem pedir licença.

Imediatamente visto minha "pose durona" novamente.

- Eu não disse que poderia entrar. - O encarei mau-humorada.

- Bom dia vossa alteza. - Seu tom descarrega seu sarcasmo. - Já vi que acordou do lado errado da cama está manhã.

- É acordei no lugar errado, isso sim. - Bufo alto.

- Seiji te aguarda para o café da manhã.

- Nossa, que gentileza dele, eu dispenso. - Diogo respira fundo, põe a mão nos bolsos, e me encara sério.

- Não vim lhe perguntar se quer tomar café, ou você desce de boa comigo, ou eu posso joga-la no ombro e leva-la a força. - Seu tom é autoritário.

- Posso tomar um banho e me vestir decentemente antes?

- Mas é claro, estarei te aguardando como um perfeito cão de guarda no corredor. - Ele dá um breve sorriso sem emoção, e fecha a cara virando direção a saida.

Respiro aliviada quando a porta se fecha.

Vou para o banheiro e tranco a porta, encaro meu reflexo no espelho por alguns segundos, retiro minha roupa, abro o chuveiro, fecho meus olhos, e deixo que a sensação da água me tranquilize.

Pego a escova de dentes ainda na embalagem e uso, por último lavo meus cabelos e enrolo uma toalha na cabeça e outra no corpo.

Abro a porta devagar, e saio depois de verificar que não tem ninguém aqui.

Vejo que a cama teve os lençois trocados, em cima dela tem um pacote com uma lingeri, um vestido florido da D&G esticado sobre o colchão, e no chão um salto rosa não muito alto.

Visto-me rapidamente antes que Diogo entre novamente, e deixo meus cabelos úmidos caidos sobre meus ombros, abro a porta e Diogo está encostado na parede.

Quando me viu, me olhou de cima a baixo com a boca aberta, mas logo arrumou sua postura.

Ele abriu espaço e pediu que eu fosse na frente, do alto da escada vi Carlos de terno e gravata, no grande Salão em pé de frente para a lareira, e Seiji sentado em uma poltrona perto dele.

Não evito reparar que seus cabelos foram jogados de qualquer jeito para trás, porque tem uma fina mecha caida diante de seus olhos, sua calça jeans combina perfeitamente com a camiseta escura de mangas, que chama a atenção para seu tórax largo e braços musculosos, as tatuagens em seu pescoço deixa esse homem mais misterioso do que já é, sua mandíbula quadrada o deixa ainda mais bonito, sinto meu corpo queimar com seu olhar, enquanto desço os degraus lentamente.