Seiji Matsuno. A Paixão Do Mafioso[1]

Capítulo 23

Seiji Matsuno.

O dia havia amanhecido, trazendo consigo uma dor de cabeça quase insuportável para mim, que precisava me recompor para convencer os homens na reunião que acontecerá daqui a pouco.

Não sou um homem que tem o costume de se atrasar para os compromissos, mas precisei pedir um remédio a Yuna.

Graças aos céus, a reunião foi um sucesso.

No inicio fiquei preocupado com essa parceria, mas quando expliquei que eles estariam presente apenas para apoiar, eles concordaram.

Antigamente, a Bratva já foi inimiga da Calábria, passaram anos em guerra, mas depois que assumi a cadeira na chefia, uma das primeiras ações tomadas por mim, foi pelo menos fazer com que se dessem uma trégua, os aproximando de mim.

Assim que tudo acabou, fui para o escritório, e chamei Benjamim.

- Chefe. - Ele deu duas batidinhas na porta.

- Ben, você sabe para onde, ou com quem Nara anda saindo? - O olhei diretamente nos olhos.

- Não chefe, se ela anda saindo com alguém, está sabendo esconder muito bem, não a vejo conversar com homens ou estranhos, apenas algumas visinhas.

Eu andava de um lado para outro, até que parei e sentei na beirada da mesa, observando meu soldado mais fiel.

Diogo apareceu, e se posicionou na nossa frente.

- De agora em diante, Nara não sairá mais sozinha, quero uma pequena tropa de olho nela 24 horas por dia, até eu ter certeza do que está acontecendo, quando ela sair não diga nada apenas me mantenha informado.

- Sim chefe, irei reunir os mais discretos.

- E Benjamim o principal, ela não deve saber dessa conversa. - Levantei a mão, ele acenou com a cabeça e saiu, fechando a porta.

- O que aconteceu cara? - Diogo pergunta olhando para mim, soltei um longo suspiro.

- Nara está me deixando louco. - Esfreguei as têmporas. - Ela sai e chega tarde da noite, ontem quando cheguei Yuna estava tensa na cozinha, esperando ela chegar.

- Mas é claro, você trouxe a concorrência para casa, o que acha que Nara deve fazer?

- O quê? - Franzi o cenho, estranhando.

- Aisha Seiji, você levou a garota para jantar ontem, já imaginou o quanto deve estar sendo difícil isso para Nara? Depois de anos de atenção só para ela, derrepente chega uma qualquer e rouba isso.

- Ainda não tive tempo para sentar, e conversar com ela. - Respondo rápido.

- Não você teve sim, mas não fez porquê tem medo de que ela confirme o que acabei de dizer. - Ele cruzou os braços. - E aí? Falando em jantar, como foi ontem?

Me levantei e dei a volta na mesa, me sentando na minha cadeira atrás dela.

- Foi tranquilo, até Camilo aparecer fechando meu carro na estrada.

- O quê? Seiji me conta essa história direito. - Diogo se senta na cadeira a frente.

- Nos cercaram em uma encruzilhada, fecharam todos os caminhos, Camilo veio trazer um recado de Franco.

- E qual seria?

- Ele quer Aisha, e pelo jeito qual Camilo falou, Franco não vai desistir e aposto que tem um plano, que vai tentar usar contra nós.

- E desde quando Franco nos intimida? - Ele levantou uma sobrancelha. - Pelo jeito, o chefe Nissím já repassou seu cargo, pois Camilo se tornou um subordinado.