Capítulo 38

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Bom dia meninas, agora os capítulos serão postados nas quartas - feiras  e aos domingos.

Bebam água e só saiam se for estritamente necessário!!

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Naquela mesma noite Gizelly se viu tomando um copo de uísque em outro bordel, em outra cidade, cujo nome pouco lhe importava. Estava longe de Rafaella, era tudo o que conseguia pensar enquanto embriagava—se, sem estar de fato embriagada. Talvez estar embriagada fosse a melhor das soluções, haviam mulheres para todos os gostos, e com certeza alguma estava pronta para lhe acolher entre as pernas.

Mas nenhuma tinha o cheiro de Rafaella, o olhar, o sabor...

E menos ainda o sorriso.

Então Gizelly não queria nenhuma delas. Seu alvo era um homem muito especifico, que estava sentado em um dos bancos próximos ao seu. Fazia pelo menos algumas horas que o estava seguindo pela cidade, sem ser vista. Desde que chegara, se fosse para ser bem especifica. O preço era muito alto e ela não poderia errar naquele momento. Ou em nenhum outro. Tomou outro gole do uísque enquanto bolava um cigarro.

Acendeu.

Tragou.

Assoprou fumaça.

Tudo parecia acontecer em câmera lenta, apesar de a música estar alta, chamativa; e as pessoas estarem se movendo, falando rápido demais e até dançando. Era claro que o homem escolheria um maldito bordel para se esconder, covarde que era. O cigarro ainda pendia entre seus lábios quando um homem sentou ao seu lado. Espalhafatoso em demasia.

— Tu que és a famosa Pele—Vermelha Gizelly Bicalho? A mão mais rápida do Oeste?

A mulher sorriu por baixo do chapéu e fumaça.

— Já fui chamada de muitas coisas, homem. Que queres?

— Eres tu de fato?

Gizelly tomou outro gole de seu uísque, vendo que o copo estava quase no fim. Encarou o barman, que não tirava os olhos dela. Balançou o vidro para ele.

— Tem bife? Estou faminta.

O homem, que esperava ao menos algum tipo de atenção, ofendeu—se ao ser ignorado de forma tão estapafúrdia. O sangue ferveu com a masculinidade sendo colocada a prova daquela maneira e sua única reação foi ceder à raiva.

— Mulher alguma me desrespeita desta forma.

O homem puxou Gizelly pelos ombros, derrubando—a no chão de uma vez. Foi um estrondo que chamou a atenção dos presentes no saloon. Ela se ergueu silenciosamente, sem encara—ló, evitando mover—se demais. Recolheu o cigarro no chão e tratou de acende—ló de novo, como se nada houvesse acontecido.

E então sentou ao lado dele novamente.

— Eu teria muito cuidado com tuas mãos, homem, da próxima vez que me tocar irá perder ao menos uma delas.

O homem cuspiu no chão ao lado dela.

— Podes dizer de uma vez que queres comigo? Estou ocupada e definitivamente há mais o que fazer do que encarar tua carcaça.

— És muito abusada, não é? Eu deveria lhe ensinar uma maldita lição.

Gizelly soprou fumaça no rosto do homem.

— Pelo visto também és estúpido, além de tudo.

— Estás me insultando pele—vermelha?

— Como te chamas?

A regra de ouro (Adaptação GiRafa)Onde histórias criam vida. Descubra agora