Capítulo 39

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Bom dia pescoçudas, a fic entrou na reta final, restam pouco mais de 10 capítulos.

Se vocês quiserem adaptarei uma outra estória  quando essa terminar.

Bebam água, usem máscara e álcool gel.
E um recado importante: #FORABOLSONARO

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A notícia de que Gizelly Bicalho estava na cidade ao lado de John Henry "Doc" Holliday causou certo alvoroço ao final da tarde, quando o sol se encontrava com a lua para decidir quem brilharia mais. O homem era uma lenda, apesar de tudo, e mesmo estando terrivelmente doente, ainda era rápido como uma bala ao atirar. A única pessoa que era possível ganhar de Holliday em um duelo era a morena que cavalgava ao seu lado.

— Ouvi dizer que Kit estava em Albuquerque. — Doc disse ao saltar de seu cavalo. Gizelly fez o mesmo. — Preciso de uma boa bebida antes de cruzar seu caminho. Me acompanhas?

— É sempre bom estar em tua companhia, Doc.

Entraram no estabelecimento de Ivy e sentaram de frente um para o outro no balcão, pedindo um uísque para cada. Gizelly deixou o chapéu sobre os cabelos e Doc acendeu dois cigarros, um para cada.

— Faz muito tempo, little lady.

— Sabes como são as coisas.

Ele suspirou.

— Encontrastes tua mãe novamente?

— Sim. Netis está ótima. Feliz. Respeitada por sua tribo que se desfaz a medida que o homem branco se aproxima.

— Malditos de nós.

— Nem todos são ruins. Os homens, digo. Alguns são suportáveis.

— Sorte de teres me achado suportável, ou a tua bala teria atravessado—me o meio dos olhos.

A caótica lembrança de como se conheceram chegou em Gizelly como uma carícia suave; ela havia fugido da tribo de sua mãe com pouco mais do que quatorze anos, vagava sozinha com um cavalo furtado. Encontrou Doc enquanto ele revirava o corpo de um apache.

— Sorte de eu saber de quem tu reviravas o corpo.

— Isso também. — O homem tomou um gole, como quem brinda. Gizelly sorriu para ele. — Foram bons os tempos que passaste comigo.

— De certo que sim. Com exceção de Smith. O homem sempre foi complicado, desde antes da traição conosco.

— Já deveria ter passado por minha cabeça que ele me entregaria aos que queriam minha cabeça. A vida de um homem sem lei prepara armadilhas deliciosas ocasionalmente. E não fosse por ti, menina, nem aqui estaria este velho homem.

— Não és tão velho assim.

— Estou lisonjeado.

Gizelly tomou um gole seco do uísque e pediu outra dose.

— Foi fácil invadir o estábulo de Ringo.

— Porque tu és rápida como o diabo.

— Ele nunca valeu nada. Pena que nunca consegui matá—lo.

— E eu muito menos. Mas ainda encontraremos—nos.

— Nem que seja no inferno. — Ela repetiu a frase que Doc adorava falar.

— De certo que sim. Há contas para acertar. Earp não vai deixar de caçar o homem enquanto não o encontrar. E logo me juntarei a ele.

— Mande lembranças a Wyatt. E diga a ele para deixar de usar aquela frase estúpida.

A regra de ouro (Adaptação GiRafa)Onde histórias criam vida. Descubra agora