Capítulo 56

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Boa tarde Safari, chegamos ao antepenúltimo capitulo, postarei outro amanhã e o ultimo na sexta!!

Fortes emoções nos aguardam nessa reta final, boa leitura!!!

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Gizelly Bicallho precisava de uma bebida.

Forte. Uísque barato e que, de preferência, esquentasse seu corpo por inteiro. Que de preferência a fizesse esquecer do maldito nome, e de como ele soava melhor nos lábios de uma Dama muito específica; que dela não queria mais saber. Que tinha vergonha de quem ela era e de como vivia. Por isso, encostou—se no balcão do saloon. Ela só precisava se manter longe de confusão. De novo. Como sempre, prometia que seria a última.

Nunca era.

Bebeu outro gole.

E depois de Rafaella, tentava manter—se ainda mais segura, para manter a mulher que amava segura. Não havia adiantado. Mudar sua vida não trouxera mudança alguma. O perigo continuava à espreita, como uma maldita sombra. Era para isso que ela vivia, afinal. E Rafaella tinha todo o direito de não querer ser uma selvagem igual a ela. E talvez fosse melhor assim.

O anel brilhava em seu dedo, reluzindo além do amor que sentia.

Que jamais deixaria de sentir.

Mas precisava partir eventualmente. Não conseguiria estar feliz tão perto e tão longe de Rafaella; e a mulher precisava de alguém que lhe oferecesse segurança. Gizelly apenas conhecia sangue e mortes.

Enquanto a poeira de estrada feria sua garganta e seu estômago que implorava por comida era alimentado por álcool, ela pensou para onde poderia fugir. Qual seria sua próxima cidade. Deveria refazer—se só mais uma vez. Talvez encontrar Doc no Arizona. Partir para a Califórnia. Que fosse. Só precisava ficar longe.

O sol da tarde se derramava atrás das portas de vaivém do saloon. Havia uma foto de uma mulher com plumas vermelhas e pretas na parede, ela a reconheceu. Uma das dançarinas famosas de um dos cabarés que já havia estado. Mas ali não havia mulheres para ela. E ela não queria mais pensar em mulher alguma. A única que povoava sua mente parecia destruir seu coração aos poucos.

Então isso era a maldita entrega. De nada valia.

Para que ser vulnerável se no fim das contas apenas encontrava a dor e passava—a para frente. Não servia para Rafaella. Era apenas o rastro e a sombra de violência e sangue. Desde jovem sabia que esta era sua vocação.

— Estou surpreso em encontrar—te enchendo a maldita cara.

A voz de Doc Holliday soou deliciosamente em seus ouvidos.

— Me conheces melhor do que isso.

Ela tomou outro gole de seu uísque. Alcançou o bolso do casaco que vestia, buscou seu tabaco. Precisava de um pouquinho apenas, apesar de sempre se prometer parar.

— Não podes estar realmente sentada aqui desta forma.

— Posso, e estou, de fato. Queres me fazer companhia? Estou decidindo para onde vou daqui.

Bolou o cigarro enquanto o homem sentava ao seu lado.

— O que dizes?

— Irei embora. De uma vez por todas.

Colocando o cigarro na boca, ela acendeu com um fósforo.

— Rafaella?

— É melhor que fiquemos longe. Por fim, é o que ela merece. Estavas a se tornar uma selvagem como eu. E isso não é bom.

A regra de ouro (Adaptação GiRafa)Onde histórias criam vida. Descubra agora