De onde o mais puro e apaixonante clichê Vinnie Hacker se ver completamente apaixonado por Aurora.
Ou
De onde Aurora Rae ver em Vinnie o amor que nunca teve, ou melhor, o romance que sempre desejou.
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*Mídia recomendada
|| 𝐕𝐢𝐧𝐧𝐢𝐞 𝐇𝐚𝐜𝐤𝐞𝐫
Com o carro estacionado próximo a calçada, o ar gélido embaçava as janelas do veículo tornando a visão do lado de fora quase impossível quanto mais o tempo passava.
Meu corpo repousava no bando de trás com o peso sobre minha coxa que formigava o local impedindo que o sangue circular se pelo meu membro. As baixas fungadas ainda quebravam o silêncio enquanto minha mão livre afogava seus fios ruivos de maneira tão leve.
Há quase um hora e meia estávamos aqui sentados no banco de trás do carro. Não me lembro ao certo o momento que sua cabeça deitou sobre meu colo em procura de conforto e seu choro compulsivo se tornou mais calmo com o passar do tempo.
- Eu tenho que ir... - sua voz sai como um sopro chamado minha atenção ao seu rosto vermelho pelo choro.
Aurora trás seu olhar azul de sofrimento aos meus olhos.
- Espero que durma bem Aurora. - reconforto a garota que suspira se movendo aos poucos até se sentar ao meu lado.
Seus grandes e avermelhados olhos azuis me encaravam por breves segundos enquanto seu peito subia e descia vagamente em uma respiração profunda, Aurora desviou seu olhar para a fachada da casa a poucos metros de nós antes de retornarem aos meus.
- Como você vai voltar para casa? - sua pergunta curiosa me pega desprevenido.
Havíamos saído da festa com seu carro já eu ao menos lembrava da existência do meu ao ser consumido pelo sentimento de proteção pela garota dos olhares que todos lhe dariam ao vê-la chorar de maneira tão íntima.
Com ajuda de Pope, consegui tirá-la daquele lugar sem que chamasse atenção das pessoas que rondavam por toda casa. Seu corpo não teria se desgrudado do meu que se mantinha em sua frente por todo o percurso até que finalmente estivéssemos dentro do carro.
- Uber talvez, ou eu posso ir a pé. sugiro a observando balançar a cabeça em uma fraca negação a minha resposta.
- São quatro da manhã é perigoso qualquer uma das suas opções. - sua afirmação me faz suspirar baixo limitando minhas alternativas. - Temos quartos disponiveis - a garota diz suavemente - Você pode ficar essa noite, e pela manhã o nosso motorista te leva de volta para casa.
- Não quero incomodar você e nem a sua família. - digo ao negar sua opção - Eu agradeço, porém dou um jeito de voltar para casa, em segurança. - lhe dou um mínimo sorriso a observando fazer fazer o mesmo de maneira espontânea.
Sem sua resposta o silêncio confortável se tornar presente dentro do carro, a garota encara suas mãos pensativa e para minha supresa a porta do carro é aberta pela mesma que se coloca para fora pisando sobre a calçada fria a fazendo resmungar baixinho em descontentamento oque me arrancando uma fraca risada.
