Unwanted.

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Neste mundo normal. Onde nada é suficiente. Tudo é cinza. Engano seu amor pela luxúria, quando eu te abraçar em meus braços. Não há nada comum entre nós. — Zayn Malik (Common)


Repousei minha xícara sobre o pires branco de porcelanato, meu próximo passo foi encarar minha amiga, a mesma estava tomando seu chocolate quente. Os meninos estavam calados em seus cantos, apenas ouvindo aquela conversa. Massageei minhas têmporas suspirando pesadamente após ouvir ela ditar suas palavras sem cautela alguma.

— Você está sendo burra, Madson.

— Você é uma ótima amiga hein, Olivia? — Questionou Jimin olhando-a com uma cara nada boa. — Madson precisa do nosso conselho, não de suas grosserias sem cabimento. — Disse irritado e ela se calou, confesso que aquilo me fez engolir em seco, embora Jimin tivesse razão.

Ryan apenas ouvia tudo calado, estávamos na mesma lanchonete de sempre, o dia estava frio então resolvemos beber algo quente e eu acabei comentando o que estava acontecendo comigo. Mas, acabei descobrindo que Olívia nunca foi minha amiga de verdade, não estou surpresa com isso, mas também não significa que isso não está doendo em mim. Ela nunca mediu as palavras comigo e acho que nossa amizade se perdeu nisso.

— Grosseria? — Praticamente gritou irritada. Abaixo a cabeça suspirando. — Madson nunca sabe o que quer da vida. Eu não sou a mamãezinha dela para lhe dar conselhos e passar a mão na cabeça dela, sou a amiga dela. — Aquilo havia acertado-me em cheio.

Mamãezinha.

— Cala a sua boca! — Ryan diz alto chamando atenção de todos que ali estavam. Ele suspirou passando as mãos entre os cabelos e eu engoli em seco. — Você sabe muito bem o que Madson passou. Você não tem o direito de dizer isso dela, nunca. — A essa altura eu já engolia minhas lágrimas que estavam presas na garganta. Desde quando eu me tornei tão vulnerável assim?

— Eu sei disso. — Ela diz parecendo arrependida. Olivia sentou-se novamente ao meu lado e tocou em meu ombro, mas me esquivei logo em seguida. — Me desculpa, Maddie. — Olhei nos olhos dela e não consigo dizer nada a não ser sair dali correndo igual uma estúpida. Porque era isso que eu era, uma estúpida, idiota e chorona.

Sai daquela lanchonete indo atrás de um carro, nem me dei o trabalho de olhar para trás, não queria ver ninguém. Pode ser drama? Sim, mas eu só precisava de conselhos e apoio. Não queria ser lembrada que não tenho mãe. — e que eu estou sozinha e jogada nesse mundo. — O táxi me deixou em frente de casa, enxuguei meu rosto e entrei na mesma. Como de costume não havia ninguém ou se tinha estavam enfurnados dentro de algum lugar dessa casa enorme. — Sentei-me no sofá suspirando, apenas alguns dias para acabar o mês e eu não tinha feito nada, eu tinha apenas um mês agora para decidir tudo.

— Já chegou? — Ouço a voz de Jeon. Ele tinha vindo da cozinha e comia meu cereal, como sempre. — Ei… o que aconteceu? Que carinha é essa? — Sua expressão divertida mudou para preocupação. Jeon vem até mim colocando a tigela em cima do centro de vidro e analisou-me. Sorri fraco para ele, não conseguia esconder meus sentimentos de ninguém e ele me olhando daquele jeito, todo preocupado, me fazia derreter.

— Ouvi algumas coisas desnecessárias hoje. — Dou de ombros demonstrando não ligar muito para aquilo.

— Como… — A porta da sala se abriu e meu pai passou pela mesma, Jeon afastou-se pegando a tigela em cima do centro de mesa.

— Oi querida. — Sorriu pra mim. — Boa noite Jeon. — Papai sentou-se ao meu lado puxando-me para ficar perto dele. — Não encontrou um apartamento ainda? faz semanas já que vocês estão olhando apartamentos pela cidade ou você tem um gosto muito chato ou os apartamentos são deploráveis. — Papai ri por fim e Jeon sorriu amarelo.

Sinful Angels - jeonggukOnde histórias criam vida. Descubra agora