War of Hearts.

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— Não me faça perder a paciência com você, Henderson. — Ele queria parecer assustador, carregando aquele cano de metal de um lado para o outro, mas eu não abria a boca pra nada. A tortura estava na metade. O negócio é: nunca mexa com a máfia coreana, ou melhor, nenhuma, são uns filhos da puta, e estão sempre a um passo de você. Estava fazendo tudo isso pra tomar um tempo para Jeongguk dar um jeito nessa merda toda.


— Não vou falar nada. — Cheia de dor murmurei balançando a cabeça. Meu corpo havia vários hematomas, talvez um castigo por tudo o que eu fiz. Mas isso realmente agora não importa. Não tinha aberto minha boca pra falar absolutamente nada, provavelmente ele estava no limite de sua paciência. Em seu rosto havia algumas gotículas vermelhas, respingos tirados de mim.


— Amber Henderson, não sou conhecido por ser um homem generoso, mas, sei muito bem que é questão de tempo até você abrir sua boca nojenta. Então, vou lhe dar exatamente três horas para falar. — Aproximou-se de mim. Com as mãos presas no cano, com a ajuda das cordas, eu sinto minhas pernas fraquejarem. Estava fraca, com dor.


Ele saiu daquele buraco maldito me deixando sozinha, no escuro. Era uma espécie de túnel, esgoto, não faço ideia. E naquele momento eu sinto as lágrimas invadirem meu rosto, soluços altos e os lábios tremendo.


— Por favor, Jeongguk... não vou aguentar.



Jeongguk


"Seja breve! Vou encobrir vocês" A mensagem de Amber circulava minha mente a cada vez que minhas pestanas batiam.


— Nada por aqui. — Madson apareceu com as mãos no bolso da calça negando com a cabeça. — Talvez seja no próximo. A recepcionista disse que tem um hotel a uns três quilômetros, porém é o último de toda a estrada.


— A gente precisa resolver isso. Tenho medo do que pode estar acontecendo e... receio por Amber. — Um pouco receoso eu falo o que sinto e ela balançou com a cabeça concordando e disse.


— Eu também. — Sussurrou, quase não entendo. Nos olhamos brevemente e ela me chamou com a cabeça. — Vamos, temos mais três quilômetros para percorrer. — Entramos no carro, um silêncio ensurdecedor instalou-se. Estávamos apreensivos demais. — Acho que isso pode ser uma emboscada? — Finalmente ela quebra o silêncio e eu engulo em seco.


— Pensei sobre isso. Mas... — Olhei-a rapidamente. — Eu realmente não tenho certeza. E, é exatamente por isso que eu não queria que você viesse comigo.


— Nunca deixaria você sozinho, principalmente agora. — Diz rígida. — Eu tenho envolvimento. Querendo ou não, todo mundo está interligado nessa maldita trama. Eu me envolvi com um cara que ta ferrando todo mundo, eu não posso simplesmente colocar uma venda nos meus olhos e fingir que isso nunca aconteceu, por que... porra. — Suas mãos cobrem seu rosto e eu ouço seu choro. Meio sem entender, eu encostei o carro no meio fio da estrada.


Amor — Toquei em seu ombro com sutileza, chamando-a de uma maneira tão íntima que de certa forma me fez sorrir. Ela me olhou, com os olhos vermelhos e eu dei-lhe um sorriso meia boca. — Eu estou com você, não existe culpado nisso tudo, existe coincidências. Agora me olha, vamos focar nisso, ajudar os envolvidos, tem pessoas que dependem muito disso. — Ainda com os olhos úmidos, afirmou com a cabeça e eu volto a dirigir pela estrada.

Sinful Angels - jeonggukOnde histórias criam vida. Descubra agora