Vazia de amor.

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O meu corpo vadio, se espreguiça no sofá pela milésima vez naquela tarde, sobre o sofá. Não estava passando nada de bom na televisão, entretanto, eu não deixava de assistir as programações daquela tarde. Ryan, saiu com a namorada e Jimin está na cozinha comendo. A minha única função era trocar de canal diversas vezes e reclamar em todas elas, eu estava em um tédio horripilante, todos os dias a mesma coisa: presa nesse apartamento como um maldito feito uma prisioneira. Não tinha muito a se fazer naquela cidade, meus amigos eram mais tediosos do que eu e a minha casa com piscina está tomada pela naja da Amber.

— Deveria conversar com seu pai. — Depois de algumas horas, desolada pelo tédio eu estava sobre o parapeito do apartamento admirando a vista, os fones conectados em um som baixo, mas foi possível ouvir Park pronunciar. Apenas ergui a cabeça para olhá-lo e tirar um lado do fone do ouvido.

— Não rola. — Pisquei batendo as pestanas. — Gostaria que ele me conhecesse bem, sem segredos, ou qualquer coisa do tipo. Mas eu tenho tanta coisa que escondo dele, não consigo olhar na cara dele sem pensar no desgosto que ele teria. Oh, senhor conservador. — Brinquei em meio a um sentimento dolorido meu.

— E daí? — Questionou-me com um sorriso sarcástico. — Faça um jogo limpo com ele. O senhor conservador vai precisar entender, mudar e questionar. — Ele me olhou de soslaio após olhar brevemente para os prédios a nossa frente. — Você não é assim, está se segurando por medo? — Estava me provocando, buscando meu limite para me dar coragem. Creio que não adiantaria muito, mas eu sinto falta de tudo, de ao menos ter meu pai e minha casa.

— Filho da mãe! — Sorrimos. Eu realmente precisava consertar algumas coisas para me ver livre da culpa. Em disparada eu vou em direção ao meu quarto, coloquei uma calça preta e uma blusa branca com listras pretas, estava quase saindo de casa com o meu capacete em mãos quando o meu celular vibrou. Minha mão antes mesmo de entrar em contato com o trinco da porta, se direcionou ao bolso de trás do jeans e pegou meu celular. Desbloqueio o mesmo e já encontro uma mensagem, era Jeon. Estava dizendo que precisava falar comigo, parecia sério demais, bufei e praguejei diversas vezes.

Eu podia não ir e deixá-lo esperando, mas algo me pedia para ir. Não sei se era a necessidade dos meus desejos, pensamentos e sentimentos, mas eu só sei que eu precisava ir. Depois de tanto relutar, sobre ir ou não, resolvo apenas subir na minha moto e deixar que os pneus articulados me levem ao meu destino. Quando eu desligo a moto, e retiro o capacete que estava grudado em meu pescoço eu consigo visualizar a fachada do local. Tão aconchegante quanto as cafeterias de paris.

Deixei aqueles pensamentos bobos de lado e tratei de tomar coragem e entrar no estabelecimento, o mesmo estava um tanto quanto movimentado. A um tempo atrás, ainda quando eu morava em Atlanta, eu ouvi dizer que vinham apenas grupos de leitores aqui, mas ao que parece o lugar expandiu, ou, não se passava apenas de um boato da época. Passei os olhos por todo o lugar e nada de encontrar o moreno, o lugar de aparência rústica e tonalidades de lâmpadas mais apagadas, dava um clima bom. Apertei meu capacete com força quando vejo o par de orbes claras me encarar num canto.

— O que ela está fazendo aqui? — Questionei sozinha, em um murmuro, quase sem mexer os lábios. Caminhei até ela com um semblante confuso, ela tentava parecer uma boa moça com aquele seu sorrisinho sonso. — Amber, você por aqui. — Ela sorriu de canto e com um único sinal me pediu para sentar. — Não, estou esperando alguém.

— Eu tenho certeza que você já encontrou. — Seu tom foi suave, parecia que tinha controle absoluto sobre suas ações, completamente confusa eu me sento olhando-a. — Tenho certeza que está confusa, mas, eu tenho a resposta para tudo. — Bebeu um pouco de seu café espumoso e eu endireito-me no sofá sem perder minha postura, mas estava completamente tensa. — Eu lhe mandei a mensagem.

Sinful Angels - jeonggukOnde histórias criam vida. Descubra agora