Capitulo I - Primeiro ano

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Alya Black

-Senhorita, está tudo pronto- Maven, nosso pequeno elfo doméstico, alertou me encarando com seus olhos gigantes, mas simpáticos.

Fecho o pequeno e velho diário de minha mãe, de quando ainda era estudante de Hogwarts era sem dúvida meu livro favorito.

Sua capa dura, estampada com constelações, igual ao salão comunal da Corvinal, conforme minha vó, contém apenas o próprio nome, com uma caligrafia perfeita.

Tantas páginas cheias de anotações que a mesma fizera quando era pouco mais velha que sou hoje, e que provavelmente eu ja decorei.

Passo rapidamente os dedos no desenho que mamãe fizera na contracapa e suspiro. Ela realmente sabia desenhar.

-Muito obrigada, avise a vovó que já estou descendo, pode levar minhas coisas- peço para o mesmo assim que me levanto, e faço uma pequena careta ao me ver no espelho.

Vovó fazia questão que eu usasse meu vestido novo, cheio de babados, e sapatilhas de verniz que feriam horrores meus pés, com a desculpa não queria que sua única neta fosse completamente desarrumada para a plataforma.

Em partes sei que essa dedicação dela, é uma forma de se distrair desde meu vô, além de tentar me agradar. Mas sei que envolve também um pouco de vingança contra as outras famílias puro sangue, cujo julgam vovó excêntrica demais para criar uma Black.

Não gosto de carregar o fardo desse nome.

Faço o longo caminho de meu quarto até as escadas no corredor, até finalmente me deparar com a sala principal. Não sou uma expert em no mundo dos trouxas, mas tenho algumas revistas de quando mamãe e papai decoraram nossa casa, e sei que essa é bem excêntrica.

Alguns tricôs eram feitos sozinhos por agulhas flutuantes, das quais vovó acha que ainda dá tempo de eu levar para Hogwarts, a coruja da vovó, Nahina, voa em circulos perto do teto, além da cabeça do grande lobo cinza que uiva aleatoriamente.

Tudo isso para não citar os quadros que se movem, ou as bizarrices que acontecem na cozinha ou em outras áreas.

Observo vovó entrando da varanda, que dá vista para a estufa semi-abandonada. O coque impecável contrasta com sua maquiagem colorida e alegre, assim como suas roupas. Um terninho azul escuro, mas diversos colares, pulseiras, anéis.

Ela diz que usar tantas joias são seus amuletos, cada uma com um significado. Seja seu primeiro presente de casamento, ou o colar de micangas que fiz brincando com meu avô, aos cinco anos.

-Oh, aí está você estrelinha, não queremos que se atrase, ja pensou perder o trem no seu primeiro ano?!- fala acelerada, assim que me vê.- Certeza de que ficará bem minha querida? Queria tanto te acompanhar, não é todo dia que se pega o Expresso pela primeira vez, mas você sabe...- fala pela milésima vez, enquanto me olha no último degrau.

Em poucas horas, pegarei finalmente o Expresso de Hogwarts, e geralmente, todas famílias sempre levavam as crianças, infelizmente para mim, isso é bem complicado.

Vovô morreu tem apenas seis meses, o que deixou vovó bem abalada, eles foram casados por mais de cinquenta anos, eles se amavam isso, e eu quero ter isso algum dia. Vovó não teve tempo de sofrer, ela tinha que ser forte por mim e minha mãe que é completamente dependente de nós.

Mamãe ficou louca durante a temida guerra contra o senhor das trevas. Ele mandou uma de suas servas cruéis lá para casa, para saber informações dos Potter, das quais mamãe não deu, e foi atacada por uma maldição. Várias e várias vezes.

A Black [REPOST] // Draco Malfoy Onde histórias criam vida. Descubra agora