Capitulo XV - Alguém caiu da Torre

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Alya Black

Mentirosa.

Mentirosa.

É a merda da única palavra que ecoa em minha mente, porque é isso que eu sou, a porra de uma mentirosa.

Semanas, merda de semanas, na bosta da Armada, conseguindo não apenas conversar, mas realmente me entrosar com todos. Porra, no início do ano, nunca pensei que poderia chamar Luna ou Gina de amigas, e eu podia!

Mas não mais, eles me odeiam, acham que entreguei todos para Draco. Do qual, inclusive, estou mentindo mais do que tudo.

Passaram semanas me conhecendo, mesmo que minimamente, para no fim acharem qeu eu era capaz de ferrar todos, de me ferrar, me faz crer, que mentiam para mim, fingindo me aceitar.

Porra, porra, porra.

Tento me apegar a ideia, de que nunca pensei que teria amizade com as Greengrass, ou muito menos com uma Lestrange.

Aliás, uma das personalidades de Tessa. Draco me contou exatamente o que ela tem, e sinto dó por ser assim.

Uma de suas personalidades, a que gosto, apesar de tão boazinha e contra o que sua família faz, tem um longo histórico de surtos depressivos e tentativas de suicidio, o que me faz ter mais compaixão com ela. Apenas em partes. Essa parte.

E graças á Merlim, mal vejo seu gêmeo, apesar da estranha sensação de estar sempre sendo seguida, até mesmo quando estou com Draco, nas mais diversas posições.

Suspiro tomando o resto de minha bebida, provavelmente parecendo uma psicopata por ser a única na festa a estar sentada na poltrona perto das estantes, ao invés de bebendo em comemoração. A primeira festa desde Dolores, em comemoração á queda da Armada.

Além de estarmos comemorando antecipadamente o aniversário do meu namorado, já que as provas acabam essa semana, e ninguém terá tempo para isso no dia.

Sinto novamente a maldita sensação de estar sendo observada, e levanto a cabeça, olhando ao redor, desejando ver algum de meus amigos. Mas só vejo a pessoa que mais me assusta, em pé, escorado na parede, um copo de bebida em sua mão, o cigarro preso nos lábios, e uma ruiva em seu pescoço.

Me arrepio de forma negativa quando o mesmo solta o tabaco, enfiando a mão entre os cabelos dela, a puxando para beijar sua boca, mas sem desgrudar seu olhar de mim. Me sinto enjoada com a pegação, pois seus toques estão nela, mas olhos em mim. Quero desviar meu olhar, mas não quero me mostrar intimidada, assustada.

-Finalmente te achei- Blas murmura, e me seguro para não o abraçar grata por aparecer.

-Estava com dor de cabeça- minto, com um sorrisinho agradecido, sabendo que a desculpa vai colar, já que aqui a musica fica em mais baixa.

-Você está mentindo- suspiro quando ele fala isso, olhando no fundo dos meus olhos, e sei que ele não esta falando da dor.

Ele sabe. Ele sempre sabe.

-Por que?- questiona, e fico surpresa que ele não questiona o quão mentindo eu estou. Porque definitivamente eu minto muito.

-O proteger- admito sendo o mais honesta possivel, me sentindo ainda pior quando ele estica a mão para mim, e pego a mesma, levantando.

A Black [REPOST] // Draco Malfoy Onde histórias criam vida. Descubra agora