A Black [REPOST] // Draco Malfoy

Capítulo XXXIII - Oi, eu sou sua mamãe.

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Draco Malfoy

      Subo as escadas de casa, com uma garrafa em mãos, ainda puto com tudo.

       Um dos amigos do meu pai finalmente vai á julgamento e precisam de alguém para entrar na mente podre, e eu sou perfeito para isso. Sou perfeito para muitas coisas.

       Mas a porra do meu chefe decidiu que não posso me envolver, já que o maldito constantemente ia para minha casa, falar com meu pai, não comigo.

        Discuti por cerca de cinco minutos sobre minha imparcialidade no trabalho, mas eu nem preciso dessa porra. Eles precisam de mim, eu não preciso desse emprego.

        Ele ainda teve a audácia de dizer que não sabia se eu teria psicológico para isso.

       Já entrei na mente dos mais diversos tipos de criminosos, sejam assassinos, pedófilos, canibais, estupradores, Greyback que consegue gabaritar todas opções acima, e só uma única mente foi capaz de me traumatizar.

        Só entrei na mente dela uma única vez.

         Uma única vez, e ainda me dói lembrar disso.

         Foi logo após Thomas torturar Aly, ela estava tão quebrada, indefesa, olhando para o nada como uma boneca de cera que precisa de cuidados, e eu precisava saber se a mulher que eu amava ainda estava ali, ou se havia sumido como aconteceu com sua mãe por anos, com os pais de Longbotton.

         E eu acho que no dia que eu olhei, tinha sim sumido.

         Não era escuro e vazio, na verdade, era claustrofóbico, apertado, claro demais, quase um sanatório, e eu sentia tanta, tanta, tanta dor, medo, solidão, era triste, simplesmente triste.

        Minha esposa é tão forte.

        Eu não ajudei sequer meu pai a fugir ou se dar bem, porque ajudaria um qualquer? Ele ainda me deu um presente merda quando fiz sete anos, porque eu ajudaria ele?!

        Já é dia 23 de junho de 2004, meu pai está preso desde 18 de dezembro de 1999, se eu quisesse fazer algo, já teria feito, porra.

        Nem mesmo a reunião na casa dos Zabini foi o suficiente para passar essa raiva.

      E todos estavam reunidos hoje.

      Goyle finalmente vai se mudar para cá, já que além dos gêmeos, sua esposa apareceu já com a barriga enorme, que logo nasce.

        Pansy e Blaise mal esperaram a pequena Blair completar dois meses, para já engravidar novamente.

         Porra, está começando a ter crianças demais.

         Ainda tem Ted, a filha do Pucey, fora muitos outros da Sonserina. Até mesmo Atria tem filhotes!    

        Quando essa coruja botou ovos, pensei seriamente em doar os dois quando acabassem nascendo, mas assim vi aquelas coisinhas pretinhas, meio depenadas e com os olhos maior do que a cara, algo tocou em mim.
       
         Isso e minha esposa se negando absurdamente a se livrar dos seus netos. Netos, duas corujas.

         Paro na escada, observando Aly acariciando a coruja mais velha, que dorme aninhada com seus filhotinhos no poleiro improvisado aqui no andar de cima, já que ela quer ficar próxima dos netos, e logo indo para nosso quarto.