Capítulo XXI - Dumbledore está morto

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Draco Malfoy

    Acordo, gemendo levemente de dor, tentando me lembrar de algo. Flashes vêm em minha mente. Alya, Katia, o banheiro, Harry.

     Ele tentou me matar.

     Olho o recado, vendo a mensagem. A hora chegou, esse é o momento ideal.

      Suspiro me levantando, ainda com dor em tudo, enquanto me visto. Os corredores estão quietos e silenciosos, o que facilita para que eu vá em direção ao armário, passar o recado.

       Coloco a primeira coisa que vejo, uma peça de xadrez, fechando o armário. Poucos segundos depois, abro, vendo a peça quebrada.

        Thomas já sabe.

        Me apresso, literalmente correndo, apesar de toda a dor, indo em direção á comunal. Preciso me despedir de Crabbe, Goyle. E Aly, ela parecia querer falar comigo.

       Pouco tempo, tenho pouquíssimo tempo antes de eles chegarem. Meia hora, chutando absurdamente alto.

       Olho pela última janela, antes da escadaria, suspirando quando vejo a marca negra brilhando no céu. Thomas já alertou a todos.

      Desço a longa escadaria, já sentindo o ar quente e úmido, além da escuridão, por todos já estarem em suas camas.

      Mas ouço os passos correndo em minha direção, e não preciso nem ver quem é, para saber. Retribuo com força quando Aly me abraça, mesmo que isso doa pelos ferimentos ainda.

      -Você está vivo- ela fala surpresa, o que me faz acreditar que eu estava realmente muito mal. -Eu não iria aguentar te perder, não me deixe também, por favor- implora, chorosa, o nariz vermelho como sempre fica depois de chorar.

       Eu e Alya não temos o relacionamento mais saudável. Ela me acolheu como sua única família, e eu tenho ela, como tudo em minha vida.

      Preferi perder ela, pois não conseguiria viver em um mundo, onde não tivesse ela. Se ela morrer, acho que eu morro junto.

       -Eu espero que algum dia entenda por que fiz isso- falo honestamente. Se não fosse as ameaças sob ela, e minha mãe, possivelmente eu teria fugido.

        Sinto como se estivesse vivo novamente quando ela me puxa para um beijo, e a seguro com força, tentando memorizar isso para sempre.

       Depois de hoje, ela vai oficialmente ter nojo de mim. Mas eu preciso fazer isso. Ele mandou, eu tenho que fazer. Eu não quero fazer.

       -Eu preciso ir- admito com um suspiro, sem querer ir.

       -Fica, por favor, fica- dói tanto quando ela pede isso, que até mesmo a dor do ataque de Potter é fraca. Meu coração foi pisoteado e esmagado. -Ou me leva com você, eu não me importo para onde- ela gagueja, a perna tremendo como sempre faz quando está nervosa, e sei que a essa altura não consigo esconder minhas lágrimas.

      Não consigo responder. Ela já está toda fodida, hoje vou terminar de foder a minha vida, não posso leva-lá junto. E por isso a beijo novamente. Nossas lágrimas se misturam, acariciando seu rosto, seu cabelo.

       Intensifico o beijo, querendo mais dela, querendo que esse momento se eternize, mas paro quando ouço a porta da comunal abrindo, e o assobio característico.

A Black [REPOST] // Draco Malfoy Onde histórias criam vida. Descubra agora