Capítulo XVI - NOMS

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Draco Malfoy

Mexo minha perna discretamente por baixo da mesa, tentando a todo custo me manter calmo.

-Senhor Malfoy, devo repetir ao senhor, que seu filho era o único que segurava a senhorita Lestrange?- Dolores questiona, sua voz aguda doendo meus ouvidos.

Desde ontem, tudo o que minha cabeça faz, é doer. Não consigo dormir, não dá, e devo estar com a pior aparência possível, pelas olheiras e o roxo do soco que levei de Thomas.

Que inclusive, não sei onde está, ouvi dizer que saiu de Hogwarts, mas não procurei saber se é verdade.

Aperto minha coxa com força, por baixo da capa, tentando me trazer para a realidade, tentando esquecer as últimas palavras da minha prima antes de se jogar.

"Seja feliz, não deixem que te transformem igual a mim", segundos antes de simplesmente puxar seu pulso, exibindo a marca que tanto odiava antes de cair.

A marca que logo terei que fazer. Está chegando minha hora de servir a ele também.

-Preciso repetir que meu filho não fez absolutamente nada de errado? A culpa é dele de que a garota era louca? Ou preciso te recordar de quantas pessoas foram necessárias para estar nessa cadeira?- contenho um gemido de dor, quando meu pai bate com sua bengala em minha perna que ainda tremia.

Garota louca, era apenas isso que ela era para ele. A mesma que ia para sua casa todo ano. A mesma que me ensinou a voar, que me ajudava sempre que eu queria fazer algo que minha mãe não deixava, que sempre me apoiava em tudo.

Quando era ela mesma.

Eu podia ter a segurado com mais força.

-Pode voltar para sua comunal Senhor Malfoy- ela anuncia enfim, após encarar meu pai por algum tempo.

Me levanto, e saio de uma única vez, sem olhar para trás, sem procurar saber o que eles dois ainda tem a conversar. Ando o mais rápido possível, antes que meu pai me alcance, não estou preparado para as broncas dele, não agora.

-Você vai ser suspenso?- Crabbe pergunta, já esperando do lado de fora, mas apenas nego com a cabeça.

-Calem a boca- mando, quando Goyle abre para falar algo, mas não quero ter que conversar.

Eu só preciso ficar sozinho um pouco.

Levando meu queixo, andando o mais confiante possível, ignorando completamente Pirraça fazendo alguma merda qualquer, e mostro o dedo do meio para um garotinho que vem falar comigo.

Empurro um menino, que acho ser do terceiro ano, que estava na minha frente da escada da comunal, e desço quase correndo,pegando uma garrafa de bebida antes de ir para meu quarto.

Bato a porta com força, ouvindo o grito irritado de alguém e ignorando, enquanto abro minha bebida, já pegando um calmante que roubei quando Aly e Tes estavam na enfermaria.

Bebo as duas coisas juntas, me jogando na cama, primeiro vendo tudo rodar, antes de começar a bater o sono. Espero que não seja um sono, e sim algo perto de um desmaio, pela mistura de bebida com remédio, porque ao menos assim, tenho um descanso.

A Black [REPOST] // Draco Malfoy Onde histórias criam vida. Descubra agora