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Tatiana

Mais um dia eu trancada dentro de casa enquanto o bonito tá na farra, e só Deus sabe com quem.

Diversas vezes já tentei sair desse casamento, mas nunca deu. Fui ameaçada, tomei maior coça. Nunca peguei traição de fato, mas já ouvi boatos, e não duvido nada que seja verdade. E como estou com ele muito tempo, rola a questão da dependência, sou trouxa demais até.

Mas também nem sempre foi assim, me apaixonei por um homem totalmente diferente do que conheço hoje, mas boba fui eu que não me atentei aos sinais.

Peguei meu celular e era a Ju mandando mensagem, ela mandou uma foto do Alex junto com os amigos deles.

Ju 📸: amiga, ele tá aqui no pagode

Tati : acompanhado?

Ju: sozinho
Ju: se chegar alguma mulher te aviso

Tati: precisa não, vou brotar aí

Ju: faz isso não Tati, pior pra você

Mensagem off

Se ele quer graça, vai ganhar o que quer. Tem 2 dias que a bença não fica em casa, vem de noite e sai de manhã. Se eu pudesse eu metia o pé daqui agora, mas se eu sair, ele me caça até me matar. Essa é a vida de quem escolheu casar com bandido.

Coloquei uma roupa babadeira, mas nada muito cheguei pra não ficar feio, maquiagem mesmo passei só um corretivo, blush e um lip tint.

Catei uma bolsinha e fui pra saída de trás da casa. O idiota colocou 4 segurança na saída da frente, mas esqueceu de colocar atrás. Sai plena, mandei mensagem pra Ju me esperar lá e me adiantei.

Assim que cheguei e o olhar dele bateu com o meu, bichinho ficou com semblante péssimo, tadinho dele, ou de mim.. rs. Fui até ele com a maior cara lavada do mundo, sabendo que ia ouvir muita bosta.

Perigo: tá fazendo o que aqui Tatiana? Não falei pra tu ficar em casa?

Tatiana: e tu aqui curtindo? -cruzei os braços- quer ir embora? Vamos. Nós dois.

Ele puxou forte meu braço e colou nosso corpo.

Perigo: se fazer ceninha, tu vai embora apanhando. Fica namoral aí. —falou com rosto colado no meu.

Tatiana: vou ali com a Juliana. —tentei soltar meu braço.

Perigo: tu vai ficar aqui, não veio na minha intenção? Tão pronto. -falou rude.

Mandei mensagem pra ela vim aqui, depois de uns minutos ela colou na grade, ficamos somente nós duas, os outros caras não estavam acompanhados.

Tava sambando junto com a Juliana, sem tempo ruim com a gente. Fazia tempão que eu não botava a cara na rua assim pra curtir.

Pamela: achei que você não estaria aqui. —ouvi a voz dela e me virei sorrindo cumprimentando- oie. —falou com a Ju.

Tatiana: oi comadre, tá bem?

Pamela: eu tô menina, e você? Sumiu total né.

Tatiana: se conhece o teu compadre né? —ela negou com a cabeça— A Livia, tá bem?

Pamela: tá terrível.

Ficamos nós 3 curtindo, eu nem estava bebendo, não tava muito afim. Porém estava dançando igual e aproveitando a pouca paz que estava tendo.

Perigo: bora Tatiana? —chegou por trás. Olhei no relógio e já era 03hr. Não queria ir, mas também quero evitar confusão.

Tatiana: vamos. Tchau meninas. —me despedi delas.

Pamela: tô indo, vou ficar só aqui não.

Juliana: tchau Tati, qualquer coisa manda mensagem. Vou caçar um bofe pra finalizar minha noite. —falou alto por conta do som e saiu.

Pamela: ela não me desce. —fez cara feia— é vagabunda.

Barão: e quem te desce Pamela? —meu compadre chegou gastando. — oie Tati. —me abraçou beijando minha testa.

Pamela: ela é um caso aparte.

Barão: vamo fazer um churrasco na laje.

Perigo: pode deixar, fe aí pra vocês. —fez toque com o Barão e acenou pra Tati e eu fui indo atrás dele.

Ele subiu na moto e eu subi atrás, segurei na cintura dele e o mesmo acelerou. Chegamos em casa super rapidinho. Os seguranças quando me viram ficaram brancos, passei com a maior cara limpa e ouvi o Alex esculachando eles lá.

Perigo: tu nunca mais passa por cima das minhas ordens, Tatiana. Ouviu? -concordei- tu brinca muito, tua sorte é que eu tava tranquilo, se eu tivesse bolado, tua cara taria estourada já.

Tatiana: poxa Alex, tu me deixou em casa semanas, saiu sozinho por aí. Um dia que saiu tu quer falar? —falei bolada, eu hein— sou presidiária não.

Perigo: tu tem que entender que meu trabalho é na rua, se eu não trabalhar, não sustento a porra da casa. —falou tirando a arma e entrou no banheiro.

Eu trabalhava numa clínica de bronzer, fazia de tudo lá. Ganhava o meu tranquilamente, fora que eu fazia provador para as lojas direto, mas aí o Alex falou pra mim sair do trabalho porque era perigoso e que não precisava. Não queria ter saído não, sinto tanta falta de fazer minhas coisinhas e ainda mais de ter meu dinheiro, fruto do meu suor.

Perigo: pô, foi mal morena. Falei pra tu que tava cheio de problema no trampo. Vou tirar um dia pra nós. —falou depois de dez minutos no banheiro.

Tatiana: você sempre diz isso, e nunca faz nada. —falei e levantei indo pro banheiro— me cansa.

Tomei um banho e sai enrolada na toalha pra pegar meu pijama.

Perigo: pô Tati, amanhã vou ficar o dia todo contigo. —veio por trás beijando meu pescoço— prometo.

Tatiana: amanhã a gente vai no churrasco lá.

Perigo: então segunda eu passo o dia contigo, se vai ver. Só nós dois.

Ele começou a beijar meu pescoço e eu fiquei mole rapidinho. Ele puxou minha toalha e já foi chupando meu peito.

Perigo: gostosa. -falou e beijou a ponta da minha orelha.

Beijinhos ali, mãos bobas aqui. Acabou que em pouco tempo estávamos os dois na cama pelados e só socadão 700 por minutos.

Tatiana Onde histórias criam vida. Descubra agora