20

13.1K 739 60
                                    

Tatiana

Acordei super cedo e fui ver o espaço, os pedreiros finalizaram tudo que precisava, agora só estão fazendo a pintura. Como eu não vou conseguir comprar as coisas tudo essa semana, talvez precise adiar a inauguração uns dias, mas vou abrir logo. E inclusive pra adiantar, fui na pista e comprei alguns móveis já, as máquinas de bronzer estão compradas, só falta chegar.

Tava morrendo de fome e cansada, já era 17hr e eu não tinha almoçado nada o dia inteiro, pedi uma quentinha e fiquei deitada esperando. Assim que chegou eu coloquei no meu prato e comecei a comer, nem precisava ter colocado no prato, porque eu comi a quentinha todinha sozinha. Deitei no sofá toda esparramada e dormi de barriga cheia.

[....]

acordei num puta susto com a porta sendo aberta, levantei vendo o outro entrando e eu não acreditei naquilo.

Tubarão: ainda não tá pronta?

Tati: você pode parar de entrar na MINHA casa assim. E eu não vou pra canto nenhum.

Tubarão: vai sim, por bem ou por mal. —continuou com a mesma cara seria de sempre.— se teu ex foi caçar problema comigo sem razão, vou tem que dar uma pra ele.

Ele era um pedaço de mal caminho, gostoso que só, porém como disse, estou bem sozinha, fora que outro bandido não dá.

Tati: sei nem seu nome, me deixa em paz eu hein. Cara chato.

Tubarão: se tu não for sair, eu vou ficar aqui. —sentou no sofá.

Eu tava tão nervosa, mas não ia da braço a torcer, esse cara só ia me trazer problema e era do que eu mais estava fugindo.

Tati: vai ficar aí sozinho então. —levantei e ia subir quando vi ele vindo atras— nem vem, se você entrar no meu quarto, eu vou te bater. —ele riu debochando.

Tubarão: tu vai me bater é? Para de enrolação pô, vamo dar um rolê.

Tati: você é chato. Invade minha casa pra isso, que raiva viu.

Tubarão: sei nem o que eu tô fazendo aqui, mas agora que tô, só saio contigo.

Como que eu ia tirar esse encosto daqui, meu Deus?

Tati: some daqui, vou me arrumar. —falei e ele saiu debochando.

Tubarão: meia hora. —gritou de lá de baixo.

Coloquei um body e um shots da maria gueixa, meu saltinho baixinho e fiz uma maquiagem simples, só pra não ir com a cara sem nada.

Tati: vamo logo, pra onde a gente vai?

Tubarão: ia te levar numa festa de uns parceiros, mas desse jeito aí vou te levar pra outro canto. —falou me olhando de cima a baixo.

Tati: vai me levar pra churrasco nenhum, sou nem tua mulher pra te acompanhar. Arruma outro lugar escondido. Ah, e não vai rolar nada.

Tubarão: qual?

Tati: se pode ir na rocinha?

Tubarão: essa hora é de boa pegar pista, pra que?

Tati: quero ir no mirante.

Exigente mesmo, ele invade minha casa, me tira do meu sofá pra sair, tem que me levar pra onde eu quiser mesmo.

Tubarão: acha que manda pô —falou baixinho— vamo logo.

Passei por ele deixando meu perfume no ar e sai na rua, mal pisamos na calçada e os olhares já vejo tudinho pra gente.

Tati: discreto você né —falei vendo a moto enorme dele na minha porta.

Tubarão: da nada não pô. Sobe aí.

Subi na moto e agarrei a cintura dele, por onde passávamos o povo olhava, tava doida pra sair desse morro, porque olha. O que era meia hora, ele fez em 15 minutinhos, eu morrendo de medo porque ele anda igual maluco.

A gente fez nossos pedidos e fomos conversando.

Tati: se costuma ser chato assim e invadir a casa de todas

Tubarão: a tua foi um caso a parte e como eu disse, a casa é minha. —arrumei a postura e olhei com ódio.

Tati: sua. —ri em deboche— vem com essa ideia não viu? Que tô pagando aluguel.

Tubarão: só brincadeirinha Tatiana, relaxa.

Tati: que mania chata tua de ser debochado, vontade de esfolar tua cara. —ele inclinou um pouco mais perto.

Tubarão: tu pode esfolar minha cara, sentando nela—falou e sorriu voltando a postura ao normal.

Tati: maldita carona que foi aceitar. —revirei os olhos.

Tubarão: mas nem entendo essa tua de se fazer de difícil. —me olhou com uma carinha de quem não vale nada, que eu bem queria esfolar a cara dele sentando mesmo.

Tati: muito anos casada, tô fugindo de homem. —falei e bebi meu drink— ainda mais bandido como vocês.

Tubarão: só sexo pô, sexo sem compromisso. —murmurei um "tchum" com a boca.

Tati: desiste nunca né? Acho que tu nunca ouviu um não.

Tubarão: já ouvi, mas era sempre pedindo pra não parar. —falou no duplo sentido com aquela cara de cachorro.

Tati: cheio de gracinha. Vim aqui só pra te tirar da minha casa e oportunidade de comer.

Tubarão: interesseira. —falou num tom brincando— mas vamo vê se vai segurar essa marra até quando.

Tati: vocês homens parece que gostam desse joguinho de desinteresse, aí quando tem, vocês vacilam. —falei olhando pra ele.

Tubarão: isso é coisa de moleque pô, homem mesmo não vacila assim.

Tati: hum.

A gente batendo maior papo e eu aproveitei e me acabei nos petiscos daqui, amo o mirante da rocinha, drinks diferentes e comida gostosa, tudo que amo. Na hora de ir embora, quando foi subir na moto ele colocou a mão na minha perna e eu encarei ele pelo retrovisor, ficamos um tempo de encarando por ali e depois ele ligou a moto e eu desviei o olhar.

Maior parada estranha, por mais que eu não queria fazer isso, tô com uma vontade imensa de sentar nesse homem gente, ele é gostoso e bom de papo. Assim que ele chegou na minha porta, pensei um pouco, mas chamei ele pra entrar.

Tubarão: me chamou que pra quem ?

Ele me virou pela cintura fazendo ficar de frente pra ele, não falei nada apenas grudei nossos lábios, ele entrelaçou os dedos no meu cabelo e a outra mão desceu na bunda apertando ela contra o corpo dele.

Próximo capito tem hot será????

Tatiana Onde histórias criam vida. Descubra agora