Tatiana

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Tatiana ✨

Levantei cedinho, passei na estética e fiz algumas coisas por lá. Deixei uma menina no meu lugar pra mim poder aproveitar bem esses dias que minha mãe estaria aqui.

Tati: fica de olho em tudo pra mim, Victor? Tô indo buscar minha mãe.

Victor: pode deixar, se vai aparecer aqui esse fim de semana?

Tati: espero que não, porém se der dou uma passada.

Victor: tá bom, quero conhecer sua mãe querida.

Tati: aparece lá então.

Victor: tá.

Dei dois beijinhos pro ar e sai entrando no carro, coloquei meu óculos e abri as janelas. Quando fui sair do morro tinha uma barreira, mandaram eu parar e eu concordei.

-vai sair pra que dona?

Tati: assunto pessoal querido, pode abrir?

-que assunto?

Tati: pedem pra abrir.

-vou acionar o chefe, vê se pode.

Tati: pede pra abrir logo caralho. —falei impaciente.

Eles não abriram, acelerei e pisei fundo, os cara da barreira saíram da frente do carro correndo e eu segui meu caminho bem plena. Já estou estressada, aí vem querendo me barrar pra nada? Ainda querer chamar aquele embuste que eu não quero nem olhar pra cara dele.

Olhei minha mãe vindo cheia de mala, ajudei ela.

Luciana: aí que saudade de você, filha. —me abraçou— está linda, bunduda viu. —ri.

Tati: oie mãe.

Luciana: se não tá grávida não né Tatiana?

Tati: tá doida mãe, falando isso do nada.

Luciana: sua bunda tá muito grande filha, a minha ficou assim quando eu estava grávida.

Tati: isso aqui é muito agachamento. —falei entrando no carro e ela riu.

Luciana: está mesmo morando na Penha?

Tati: sim mãe, montei até a clínica que eu te disse.

Luciana: e Alex? Aceitou isso bem?

Tati: se sabe que não né, viveu me infernizando, mas agora acho que já deu. —falei não tocando no assunto do Rafael.

Minha mãe nunca aceitou eu ter me casado com Alex ainda mais por ele ser envolvido e é claro, mãe nenhuma fica feliz vendo sua filha apanha de marido e não poder fazer nada. Se ela souber que eu ainda fiquei com Rafael e que ele é dono da Penha, ela me esculhamba legal.

Luciana: se não sai da favela de jeito nenhum né. —falou quando chegamos no morro.

Tati: se sabe que eu amo favela, largo por nada.