Perigo
Fiquei por tanto tempo observando a Tatiana de longe, eu observava cada passo dela e daquele comédia, eu observei a vida dela durante todo esse tempo longe.
Vi ela engravidando, passeando com tubarão e tive que ver essa palhaçada de longe sem nem fazer nada. Ficava no maior ódio, mas eu precisava calcular tudo certo pra mim poder matar aquele vacilão e ficar com a minha mulher e com minha filha. Isabella era linda demais, já vi várias vezes as duas lá na pista juntas, minha vontade era de abraçar elas e levar pra casa.
Hoje era o grande dia, tava decidido a invadir aquela porra e buscar as duas, ia finalmente poder morar com minhas mulheres lindas e curti a minha vida.
Antes de eu invadir aquele morro e conquistar minha família de volta, eu ainda tinha um assunto pendente, a Juliana.
Carioca: aí, maluco, Rbn ta aí já. — me avisou, fiz toque com ele e entrei no carro do cara— tô partindo pra lá, a gente se encontra na hora do confronto. —assenti.
Rbn: aí perigo, vou te deixar perto daquela mata, pra tu conseguir pular e entrar no morro sem ser pela barreira. Quando tu acabar de resolver do bagulho com sua ex, me liga e eu passo lá perto pra te pegar, você entra no porta malas e fica calado, pra não dar b.o.
Perigo: suave, tá com medo? Relaxa pô. Se fazer bem feito, eu devolvo sua filha.
Rbn: eu não posso morrer não, por isso tô fazendo na cautela.
Eu não tenho ninguém nessa vida tá ligado? Não tenho mais ninguém do meu lado, tudo bando de falso pau no cu, até o barão, viado do caralho, tava de Tróia pra cima de mim.
Pra mim conseguir alguém pra me ajudar tive que sequestrar filhinha dele pra ter uma garantia que ele não iria me foder nessa. Mas o Carioca veio me ajudar de livre espontânea vontade, combinamos que quando matarmos o tubarão eu ficaria com a Penha e ele com Jacarezinho.
Subi pelo barranco lá atrás, passei pela mata todo encapuzado. A casa aonde Juliana morava era a mesma que eu tinha deixado pra nós, vagabunda achou que eu morri e ficou com a minha casa e com aquele namoradinho dela.
Pulei pela janela da casa dela e ouvi um barulho no andar de cima, subi devagar e fui seguindo os barulhos baixos que eu ouvia, vi ela num quarto com um bebê pequeno no colo e logo depois ela colocou ele no berço.
Quando entrei ela ia gritar, logo botei a mão na arma e já saquei mirando nela.
Perigo: cala a boca, se tu gritar, mato seu filho.
Juliana: como você tá vivo? Você morreu, eu só posso tá ficando louca. —passou a mão nos olhos— como isso é possível?
Perigo: achou mesmo que eu ia morrer e ia deixar você na minha casa com aquele marmanjo?
Juliana: eu tinha que seguir minha vida, mas agora que você voltou, a gente pode nos reconstruir.
Perigo: que mané se reconstruir? Te comer foi o pior erro da minha vida, por sua culpa a minha verdadeira família se foi. —disse ainda apontando a arma pra ela— culpa sua!
Juliana: sua verdadeira família está aqui, eu e o Matheus. Nosso filho, abaixa essa arma, vamos conversar.
Perigo: nosso filho não, acha que eu não fiquei sabendo que esse filho é teu e do comédia? Tu me traiu, vagabunda. Não bastou ter destruído minha família e me traiu.
Juliana: e você vai fazer o que? Ir atrás da Tatiana? Aquela lá tá bem mais feliz sem você. —falou com raiva.
Olhei cheio de ódio pra ela. Minha irá só aumentava mais.
Juliana: ela tá feliz com o tubarão, você nunca mereceu ela! Você perdeu ela, por erro seu, quem devia fidelidade era você! Eu meti o chifre em você mesmo e metia de novo, sabe porque? Porque você é um lixo, você é um homem burro! Só liga pra mulher e luxo, se você acha que ela vai voltar com você, tá sonhando bebê! Agora ela tá com um homem de verdade e jamais vai escolher você ao invés dele.
Perigo: Acha mesmo que ela não me escolheria? Ela me ama ainda, vivemos anos juntos, só nós separamos por causa de você! Vou buscar ela e nós dois vamos viver nossa vida juntos. —ela riu.
Juliana: jamais ela vai largar aquele homem, por você, um moleque. —falou entre dentes.
Perigo: porque tu acha isso? Sou tudo que ela precisa. —sorri debochado.
Juliana: nenhuma mulher do mundo jamais trocaria um homem por um covarde igual você. A não ser que seja muito burra. —apontou o dedo na minha cara.
Sem nem pensar mirei na cabeça dela e atirei, logo a criança acordou chorando.
Vou mostrar pra todo mundo que minha família ainda vai estar de pé, Tatiana é minha mulher pro resto de nossas vidas!
Sai lá fora já vendo o carro dele, entrei no banco de trás e de lá pulei pro porta-malas. Agora eu vou atrás da minha família e finalmente vamos ser felizes.
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Tatiana
FanfictionEu fui mulher ora caralho, só você não percebeu que seus amigos queriam um fechamento como eu....