Para sempre

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A escuridão tentava envolver o céu com seu crepúsculo e Alec olhava maravilhado para cima, seus olhos se atentavam a cada minúsculo detalhe. Sentados na grama ao lado de fora da casa, nós observávamos ao pôr do sol.

Eu descansava em sua perna, e Alec brincava inconscientemente com uma mecha de meu cabelo. Sua coluna tão reta que ele poderia facilmente ser apenas uma estátua.

— Você precisa treinar — eu disse a ele.

Ele desviou os olhos do céu e passou a olhar para mim.

— Posso derrubar um exército, Ness — sorriu.

— E se eles tiverem um escudo? — Arqueei a sobrancelha.

Nós só tínhamos ciência de duas escudos, mas e se houvessem mais? Eu não arriscaria Alec dessa forma, assim como eu tinha plena consciência de que não estaria sempre ao lado de Alec na luta para protegê-lo.

Ele respira.

— Eles não tem.

— Mas e se tiverem? — Franzi a testa.

— Você já parou para pensar — ele falou — que eu teria que treinar com seu querido tio?

Mordi meus lábios tentando não rir.

— Você tem medo dele?

— Não!

— Então...?

— Tenho medo da sua família toda?

Eu ri.

— Alec...

— Não, Ness. Se o seu pai ler nossos pensamentos ou se sua tia estiver vendo nosso futuro, eles não vão nos deixar explicar porque para eles eu sou horrível, cruel e mau.

Olhei para o céu que escurecia acima.

— Alice não consegue ver muito sobre meu futuro, e se ela tivesse tido alguma visão sobre nós, eu saberia. E bem, sobre meu pai, é só você pensar em unicórnios assassinos perto dele. Não deve ser difícil.

Alec soltou uma risada baixa.

— Unicórnios assassinos?

— Quando se convive com Edward Cullen, você precisa saber se autopreservar.

Nós dois rimos.

— Mas eu estou falando sério & o olhei com raiva — você precisa treinar.

— Você poderia me ensinar.

— Não sou tão boa quanto Jasper.

Ele segurou meu queixo.

& Você é melhor.

Sorri.

— Não posso discordar.

Ele deu de ombros.

— Sempre narcisista.

— Sempre desobedecendo minhas ordens.

Alec me olhou incrédulo, havia divertimento em sua expressão.

— Isso foi uma ordem, Renesmee?

— Tudo é sempre uma ordem comigo — repliquei.

Seus lábios se curvaram em um meio sorriso.

— Eu ainda preferiria que você me ensinasse.

— Certo, eu posso ensinar você - respondi.

— Mas...? — Seus olhos eram interrogativos.

— Por que você precisa assumir que tem um "mas"?

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